O fortalecimento da dissonância cognitiva e falta de ressonância da corretagem
Leon Festinger desenvolveu a Teoria da Dissonância Cognitiva. Segundo essa tese, plausível, do conflito no processo decisório em processo incoerente, da lógica, razão e ação pertinentes, que concebem diagnóstico da causa. E, traduzindo isso, "quando uma pessoa possui uma opinião ou um comportamento que não condiz com o que pensa de si, das suas opiniões ou comportamentos, ocorre uma dissonância. Quando os elementos dissonantes são de igual relevância ou importantes para o indivíduo, o número de cognições inconsistentes determinará o tamanho da dissonância cognitiva". [...]“Como Festinger descreve, é um estado psicologicamente desconfortável, mas gerado por cognições inconsistentes”[3]Em síntese, a dissonância cognitiva é um construto cognitivo e emocional, que resulta em um estado de desconforto, angústia e/ou ansiedade causada quando há inconsistência entre as cognições".
A Ressonância, porém, na maioria das vezes é aplicada aos conceitos da Física, como a Mecânica ou Magnética, e também pode desvendar o problema profissional a priori, quando é usada em metáfora.
Ademais, "Ressonância é um fenômeno físico que ocorre quando uma força é aplicada sobre um sistema com frequência igual ou muito próxima da frequência fundamental desse sistema. A ressonância ocasiona um aumento na amplitude de oscilação maior do que aquele ocasionado por outras frequências."
Partindo da combinação das duas situações descritas , temos:
1) O desequilíbrio da harmonia profissional (ressonância).
Esse retrocesso não está em desuso. Essa retrogradação surpreende a todos, e o comportamento imprevisível se efetivou. Esse grande detalhe, da própria estrutura de poder, que flagelou-se como com um açoite ; o que me leva a crer que o detalhe mais significativo foi ser surpreendido pelos conflitos de espreita, que desmistificou a corretagem, colocando-a no banco dos réus.
As relações ambíguas com o poder político, entretanto, em nossa classe, não são anormais. Em uma comparação difícil de se demonstrar, ressoa ainda o grande Voltaire: "Não existem grandes conquistadores que não sejam grandes políticos. Um conquistador é um homem cuja cabeça se serve, com feliz habilidade, do braço de outrem". Mas, em detrimento, o estimável autor nos imerge em uma outra complementar reflexão: "Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros, ipsis litteris.
Talvez alguém se pergunte o significado dessa última frase. Impressiona-me, trocando em miúdos, que ele queira dizer mais ou menos assim: todavia na política se mate a galinha dos ovos de ouro, que é baseada na fábula do pé de feijão. Sim, Joãozinho plantou uma semente mágica, que cresceu até o céu, onde havia um gigante.
Firmemente, ledo engano quem me considera um apolítico. Realmente, não há em mim uma aversão à política. Significativamente, não considero que a política não encurte o caminho. Definitivamente, sou Liberal. Esse senso não somente me encanta, mas me move em diversos conceitos. Sinceramente, sem política não haveria ganho profissional para ninguém.
Mas a ressonância política e profissional não se equalizam no presente momento. E essa evidência poderá provocar uma ruptura ameaçadora, quando os entes políticos apenas forem os contratados e terceirizados.
A análise, porém, compromete os valores sazonais, pois a sinergia aplicada à relação compreendeu uma dinâmica equivocada. Sim, a estrada dessa direção deveria ter sido convertida antes, sob a suspeita evidente do fracasso. E é o que se atestou.
Irracionais, e devidamente identificadas, são as pessoas que defenestraram a política da vida do ser humano. O que deveria ser alijada é a má política. E este momento é o mesmo em que introduzo Bertolt Brecht, a quem nem sempre dou muito crédito ao pensamento, exatamente por suas visões e conceitos políticos: "Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem".
A dissonância na corretagem tem esse viés hereditário. Em resumo, vou citar exemplos que podem mudar radicalmente toda uma categoria profissional, mas que talvez não sejam tão depreciativos. Essa ilustração nós teremos com a finalização do pleito em 30/10/2022. Porque o resultado das urnas dará continuidade ao movimento Liberal e de Direita? Desse modo, com um congresso afinado com as reformas, principalmente com a repaginação da MP 905/19 - "Contrato Verde e Amarelo", que foi revogada, isso não representa uma ameaça para a formação atual?
2) A constância da Dissonância Cognitiva Profissional.
Clarice Lispector tem uma boa abordagem, excepcional para o que ocorre antes dessa dissonância cognitiva: "Decifra-me, mas não me conclua, eu posso te surpreender". Neste caso, a falta de dois componentes verbais: decifrar e concluir. Em que um - decifrar - é conclusivo, mas o outro - concluir - emerge da não finalização dessa ação. Mas o que, virtuosamente desse contesto, a história nos conta? Simplesmente o que aconteceu foi exatamente o contrário do conselho de Lispector: Concluímos uma posição e não deciframos o procedimento.
Foram erros de cálculos muito significativos. E correr atrás do trem foi a melhor resposta ao magma da erupção no mercado de seguros. A condição necessária da liberdade empresarial quase eclodiu em um mercado que não se preparou. Mas foi a condição política que deu retorno ao pouco da sonância que restou. A condição política é como peças de xadrez, às vezes. Com certo contexto, são considerados a Rainha e o Peão como indispensáveis. E a política é esse alinhamento com o poder de reger sua orquestra, ou de jogar com ou fora de um sistema. Alinhando-se, ainda que peremptoriamente, o destino do jogo que se quis jogar.
A Dissonância cognitiva é exatamente esse mal de mal prever, de se jogar no risco, sem uma base sólida para se comungar. É exatamente a reza mal feita, que não chega aos ouvidos do destino, e que se sufoca sozinha. A fonte alternativa, porém, nunca se evidencia no contraste do poder. Os tempos sombrios podem se colocar a porta. E no mínimo um trabalho árduo e oneroso a se cumprir, basicamente, para se manter.
Mas eu concluo assim: Tanto essa dissonância cognitiva profissional como a disfunção da harmonia profissional têm condições de tratamento no tempo. O uso racional dessa inteligência corporativa pode mudar o destino que se faz presente.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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