Acredito, em detrimento dessa fidelização, que o cliente está comparando os atributos de sua apólice. Então, ainda no privilégio de uma profissão que comporta poucos profissionais, há certa nuance de trocar os corretores originais por outros comparados.

O que eu ainda creio, pois é um movimento visível,  que saem clientes de uma base e entram outros clientes de outras bases originárias, que também trocaram os produtores. Porém, os clientes são os mesmos.

Não posso, em hipótese alguma, informar que o mercado está ruim. O que eu tenho a colocar é que as mudanças irão continuar e o modo convencional de prospectar tende a se exaurir. De certo modo, graças a Deus, jamais poderia reclamar de produção!

Até porque, nenhum discurso atual tende a me colocar numa posição em que acredite confortavelmente nos prognósticos quanto à profissão do corretor de seguros. De modo geral, o que faço aqui é unir o pensamento quanto ao enxergar orgânico de uma atividade.

Pra quem ainda não entendeu, vou simplificar: o segurado paga por uma apólice a quantia de R$ 2.000,00 e fica segurado por um período. Na renovação, o novo veículo passa a custar, no mesmo corretor, o valor de R$ 3.800,00. Obviamente, sem que os proventos do cliente tenham aumentado neste índice, o consumidor passa a cotar com mais corretores, podendo deixar a base original, gerando um troca de profissionais, sem aumentar o número de objetos na composição atuarial das seguradoras.

Um grande detalhe é que isso está acontecendo em diversos ramos, mas especialmente no seguro de automóveis. E o que estou relatando aqui é a força do presente, sem qualquer indicação de outras concorrências, apenas no quesito preço. Também, não estou desqualificando a precificação, visto que o balanço negativo provocado pela Covid-19 e falta de peças e preços dos serviços descontrolados, entre outros fatores, certificaram a necessidade de se recompor os preços dos seguros.

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros