Home office foi realidade para poucos brasileiros
A pandemia de Covid-19 mexeu com as relações de saúde mental
De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), o home office não foi uma realidade para grande parte da população brasileira. Tal modalidade foi instaurada, aproximadamente, por 10% dos trabalhadores do Brasil, sendo mais proeminente em regiões mais abastadas e urbanizadas, como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. Em outras regiões, como Nordeste e Norte, o home office foi dificultado por haver infraestrutura precária e falta de equipamentos.
Além disso, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre maio e junho de 2020, a quantidade de colaboradores atuando de forma remota no Brasil não passou de 10% (cerca de 9 milhões de pessoas). Já em novembro de 2021, esse número foi para 7,3 milhões (8,7%). Em relação aos dados por região, Nordeste (6,3%) e Norte (3,7%) apresentaram números menores se comparados ao Sudeste (11,3%).
O estudo do FGV IBRE prospectou que o total de trabalhadores do Brasil empregados em cargos que permitiam o modelo remoto, formal e informal era de 25,5% do total de ocupados em 2019. Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) também chegaram a números próximos.
Home office e trabalho híbrido causam quadros de burnout entre jovens
Ainda falando sobre home office e a realidade corporativa, como benefícios flexíveis e alterações causadas pela pandemia de Covid-19 como um todo, segundo estudo feito pela LHH do Grupo Adecco, empresa suíça de Recursos Humanos (RH), a pandemia mexeu com as questões de saúde mental.
De acordo com o estudo - que contou com a participação de 15 mil pessoas em vários países -, 38% dos respondentes apontam terem sofrido com a síndrome de burnout no decorrer de 2021. Além disso, também foi apresentado que 32% dos respondentes dizem que a saúde mental decaiu fortemente devido ao trabalho a distância.
Foi mostrado que o maior público-alvo em relação à síndrome de burnout são as gerações mais jovens, essencialmente entre as lideranças mais novas. Entre esses líderes, 45% integram a Geração Z; 42%, a Geração Y ou Millennials; 35%, a Geração X; e 27%, os Baby Boomers.
O estudo também apontou que o trabalho remoto pode elevar a carga de trabalho dos colaboradores, influenciando um futuro com preocupações. Nesse sentido, 40% dos respondentes apontaram ter produzido mais antes da pandemia de Covid-1; já 42%, alegaram ter trabalhado na mesma proporção. Mesmo com a modalidade, disseram que foi preciso continuar executando o trabalho por mais de 40 horas semanais para concluir as demandas.
Conheça a síndrome de burnout
O burnout é caracterizado por ser um transtorno depressivo, com sintomas semelhantes ao estresse, ansiedade e síndrome do pânico, sendo causado por esgotamento profissional e causando insônia, problemas de concentração, irritabilidade e dores físicas. A patologia foi inserida na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019.
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