Seguro Paramétrico pode ajudar a impulsionar Mercado de Seguros

A moderação ficou por conta de Ivani Benazzi de Andrade, membro da Comissão de Seguros Inclusivos e da Comissão de Integração ASG da CNseg e superintendente de Sustentabilidade da Bradesco Seguros.

Ivani destacou que o seguro paramétrico é inovador, e um tema relevante na conjuntura global que se vive atualmente. “Quando falamos de riscos climáticos, todos sabemos que é um dos grandes desafios a ser solucionado pela humanidade. Não é mais um problema do futuro, e sim de hoje”, iniciou.

De acordo com superintendente, o mercado de microsseguros de brasileiro vem se preparando para estruturas inovadoras e foi agraciado recentemente com um novo marco regulatório, com a nova circular CNSP 409, que passou a vigorar em agosto de 2021. Essa nova regulação trouxe novas possibilidades para o mercado de microsseguros no Brasil, com a viabilidade de se desenhar produtos mais flexíveis, diversificados e acessíveis, além de proporcionar condições para inovação.

O CEO da MICRO explicou de forma simples o que é o seguro paramétrico, e em seguida a experiência da empresa com microsseguros paramétricos na América Central. Nos seguros tradicionais, a indenização se dá em função das coberturas existentes e das perdas ocorridas, por exemplo, com um excesso de chuvas na lavoura. Configura-se o sinistro e o ressarcimento é providenciado, isto é, a seguradora indeniza o produtor pelos danos sofridos.

Carlos destacou que o seguro paramétrico, por sua vez, toma como referência não as perdas provocadas pelas chuvas, mas o fato de eventos climáticos como as chuvas, terem atingido um índice determinado (parâmetro). Esse índice é acertado entre o produtor e a seguradora em função das características locais, diferentes em cada região do país.

No bate-papo, o vice-presidente da Newe Seguros, uma das cinco maiores seguradoras agrícolas do Brasil, contou a história da operação inédita do seguro paramétrico com os produtores de cacau no sul da Bahia. Foi emitida a primeira apólice de seguro rural paramétrico do país, que usou o tratamento de dados e as informações climáticas de estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) como indicadores de risco para o contrato entre seguradora e agricultores. O prêmio contou com a subvenção federal de 20% implementada no início do ano.

Na sequência, Fabiano pontuou como a B3 apoia as iniciativas relacionadas aos seguros paramétricos. “Vemos o mercado como um grande mar azul a ser explorado, em especial o paramétrico que é um segmento novo, tenho aprendido muito”, contou.

Ele acrescentou que uma das parcerias da B3 que tem funcionado muito bem é a parceria com o Inmet. “Buscamos informações dos dados climáticos e colocamos num painel de risco e monitoramento. Assim, conseguimos chegar em soluções customizadas para alguns clientes”, disse.

No evento, Paulo e Mabyr também fizeram suas considerações sobre a atuação do seguro paramétrico. “Nós do Inmet estamos trabalhando cada vez mais para deixar o risco de dados cada vez mais baixos e menor. Também estamos fazendo muitas parcerias com os provedores de formação meteorológicas, com clientes, que agregam informações para os nossos bancos de dados. O Inmet vem se estruturando e fomentando esse mercado”, disse o assessor do diretor do Instituto.

Mabyr finalizou destacando que na Colômbia, diversos setores veem o seguros paramétricos como instrumento de grande potencial no mercado de seguros, e como funciona o segmento no seu país. “Nos estamos convencidos de que o seguro paramétricos é um instrumento valioso que pode aprofundar a transferência do risco e que funciona dentro de um leque de soluções”, ponderou.