Saúde: o impacto da Covid-19 na comunicação
Gizele Leivas, head de Comunicação e Marketing do Hospital Dona Helena (Joinville/SC)
O ano de 2020 iniciou conturbado e difícil em todo o mundo. A preocupação com o avanço do novo coronavírus, que já havia levado o caos à China, ocupou a manchete dos veículos de comunicação. Começava ali uma corrida contra um inimigo invisível e mortal – e em sua esteira, crescia o volume de notícias ruins, muitas vezes inverídicas (as fake news). Com o avanço contínuo da pandemia, veio a necessidade do distanciamento social, uma medida de segurança que, juntamente com o uso correto da máscara e a higienização frequente das mãos, evita o contágio. Diante desse cenário, os profissionais de comunicação se viram diante de mais um desafio para condução dos seus trabalhos.
Buscando manter as equipes seguras, no Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), as ações de comunicação interna em ambiente online foram intensificadas, com a consolidação de uma rede social interna. Com a formulação de campanhas para que os funcionários buscassem ali a informação, conteúdos foram disponibilizados em formatos diversos, como vídeos, textos e links, incluindo o recém-lançado blog Gente do Dona Helena — espaço desenvolvido para que cada funcionário possa contar como a pandemia impactou a sua vida. É um canal aberto, no site do hospital, para que a comunidade possa compreender melhor a rotina de nossos profissionais. Um canal que torna o funcionário protagonista, que dá voz a seus medos, angústias e vitórias – sim, em meio à pandemia, cada alta hospitalar é uma vitória comemorada por todos: profissionais, pacientes e seus familiares. Outra medida adotada foi a fixação de cartazes e banners em locais estratégicos, para que não somente os funcionários tivessem acesso à informação, e sim todos os indivíduos que circulam pela instituição. A educação para evitar o avanço da doença, é uma medida coletiva de segurança, e foi intensificada.
Durante a pandemia, a produção de vídeos orientativos no Dona Helena mais que dobrou. Além do desafio de atrair e reter, há o de minimizar o ruído no processo — para isso, entendemos que é necessário estabelecer uma linha de comunicação limpa, tratando os assuntos de forma objetiva e mantendo as informações sempre atualizadas. Outro ponto importante é manter um canal de escuta. No hospital, foram criados os projetos “Roda de conversas” e o “Você de bem”, espaços conduzidos pela área de psicologia com a finalidade de ouvir e tratar, afinal o engajamento acontece de forma verdadeira quando cada indivíduo se entende como parte do todo, e só sairemos desta pandemia com a participação do coletivo.
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