Espetacular reação do comércio exterior brasileiro
O comércio exterior brasileiro teve um excelente desempenho em março de 2021. A corrente de comércio (soma das exportações com importações), um importante termômetro da atividade econômica, atingiu US$ 47,528 bilhões no mês passado. As exportações somaram US$ 24,505 bilhões e as importações US$ 23,023 bilhões, tendo o superavit de US$ 1,482 bilhão.
Em relação a fevereiro deste ano, as exportações aumentaram 51,42% e as importações 53,18%, resultando no incrível crescimento da corrente de comércio em 52,26% em apenas um mês. Na comparação com os números de março do ano passado, considerando a média por dia útil, o valor das exportações apresentou alta de 27,8% e, o das importações, avançou 51,7%.
Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia mostram que, no mês, as exportações da agropecuária cresceram 34,5% na comparação com março de 2020, puxada pelo início da safra de alguns produtos, como milho e café, e pela alta de 11,5% do preço internacional das commodities (bens primários com cotação internacional). As maiores altas foram observadas nas vendas de algodão bruto (+59,5%), soja (+36,9%) e café não torrado (+24,9%). Embaladas pela alta de 58,4% na cotação de vários minérios, as vendas da indústria extrativa aumentaram 72,6% em relação a março do ano passado. Os destaques foram o minério de cobre (+267,7%) e de ferro (+152,7%). As exportações da indústria de transformação cresceram 8,3% na mesma comparação, liderada por açúcares e melaços (+45,3%), ligas de ferro e de aço semiacabadas (+48,2%) e obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (+158,5%).
Em relação às importações, a entrada no país de plataformas de petróleo incrementou as compras externas. Sem as operações das plataformas, a balança comercial teria registrado superávit de US$ 6,988 bilhões em março. Outros destaques nas importações foram o aumento nas compras de gás natural (+229,8%), de medicamentos e produtos farmacêuticos (+52,9%) e soja (+215%). A desvalorização do real, que aumenta o preço das mercadorias de outros países, contribuiu para o aumento do valor importado desses produtos.
No acumulado do ano, as exportações somam US$ 55,635 bilhões e as importações US$ 53,987 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,648 bilhão e corrente de comércio de US$ 109,622 bilhões.
A projeção do Ministério da Economia para 2021 é que as exportações cresçam 27% e cheguem a US$ 266,6 bilhões, e as importações cresçam 11,6% e alcance US$ 177,2 bilhões. Se confirmado esses valores, significará um superávit histórico de US$ 89,4 bilhões na balança comercial do País, com aumento de 75% em relação ao resultado de 2020.
Com o avanço da vacinação contra o Covid-19, a expectativa é de um crescimento expressivo no comércio internacional em todo o mundo. Mesmo que ocorra uma nova onda da pandemia, ela não deverá ter impacto muito negativo para as economias como ocorreu no segundo semestre do ano passado.
Com a crise mundial instalada desde o surgimento do novo coronavírus e a consequente pandemia, os governos aprenderam a lidar com a situação e os consumidores continuam se adaptando e aprendendo a conviver em um ambiente cujo uso de tecnologias se tornou imprescindível.
Aparecido Rocha – insurance
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