Corretor de seguros, você está com medo do que vem por aí?
Foi um grande conselho o que ouvi certa vez, dado a um jovem: "Faça sempre o que tiver medo de fazer". Ralph Waldo Emerson
O que é medo?
"As definições dos dicionários indicam que a palavra medo significa uma espécie de perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Pode-se entender ainda o medo enquanto um estado de apreensão, de atenção, esperando que algo ruim vá acontecer".
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/medo.htm#:~:text=As%20defini%C3%A7%C3%B5es%20dos%20dicion%C3%A1rios%20indicam,que%20algo%20ruim%20v%C3%A1%20acontecer.
Esta sensação de perigo não é um caso fortuito, mas pede o cumprimento de uma obrigação. E Ralph W. Emerson tem razão quando estamos vivenciando mudanças profissionais. Porque sempre combinamos o lado mais cômodo de tudo o que estamos fazemos na vida, mas o porém disso tudo é a estagnação na vida. O certo é que não fomos preparados minimamente para a mudança, tanto seguradores como corretores sempre postergaram o conhecimento e a prática de uma necessidade extemporânea, de fazer. E a dança das cadeiras no governo, que sempre prima por uma atitude corporativista e de guarda-chuvas, até mesmo paternalista, desta vez envergonharia o próprio mercado de seguros, se pudesse voltar boa parte do que se fez. Entretanto, mensagem plantada ou não, o baile está ai para dançar, mas e a coragem de se fazer o que se deveria?
Mas o foco do temor de alguns está direcionado erroneamente. Algumas diretrizes dão conta de que o grande vilão do mercado é exatamente a demonstração do que ganhamos, esquecendo-se que o maior vilão da corretagem em nossos dias é o despreparo para se seguir adiante, uma verdadeira falta de alfabetização de conteúdo, provocada pelo falsa teoria educacional de preparação para o seguro neste país. Emergindo por aí, também, o analfabetismo funcional que provoca esse medo que as pessoas de nossa profissão estão sentindo, tremendo e morrendo. As vertentes deveriam ser o preparo e a disposição para se colocar esse sentimento a favor de nossas premissas.
Vou falar pra você o que o medo deveria te mostrar. Dezenas de empresas sofisticadas na internet. Oportunidades em Marketplace, um oceano azul - mas para os outros, uma verdadeira onda digital de venda em escala, uma abertura sem volta do mercado de seguros e diminuição de custo de seguro. Sim, uma verdadeira corrida contra o tempo que você não tem, porque estamos vivendo como os primatas. E a realização de tudo isso envolve outras coisas que nós não estamos dispostos a abrir mão nunca. Ah, se víssemos o passado, ainda neste parágrafo, quando nossa maior reivindicação era uma simples carteira de identidade profissional e estávamos todos felizes. Ah, quando adentramos aos eventos profissionais para rirmos em festas e comermos ao som da boa Bossa Nova, sem aprendizagem funcional. Tudo isso tinha um custo. Enquanto nós não buscamos a escalada de nossa atividade, poucos e brilhantes homens e mulheres deixavam sua marca na massificação. Enquanto nós brigávamos por fulano ou cicrano, em uma verdadeira e meretriz condição de subordinamento, sentávamos nas praias dos dias de semana para brindarmos a vida. E o resultado está aí, as despensas das nossas atividades vazias.
Escrevo neste canal há mais de 20 anos e não me lembro de não ter antecipado o que viria por aí. E, por isso, por ser um livre pensador, sem procurar láureas para o que eu sou, tenho recebido em alguns momentos aplausos e em outros as críticas normais de cada pensamento, mas tudo o que aconteceu já estava à caminho de nossa função. Quando eu verdadeiramente lutei, por exemplo de muitos, para que o custo da apólice de seguro estivesse em uma rubrica anterior ao prêmio líquido, via certos comentários " de técnicos no assunto" me informando que isso jamais seria possível, e hoje o custo de apólice está onde eu disse que deveria estar, simples assim.
A Susep hoje não está nas mãos da nossa atividade, e eu ouso dizer que bem pouco esteve sob nossos domínios. Mais, porque se esteve nas mãos da nossa indústria, não soube o que fazer nesta cadeira, sob meandros da boa execução e do preparo das normativas. Eu ouso dizer que a única vez em que a nossa indústria esteve em nossas mãos está simplesmente conjugada no agora. Hoje, o governo faz os ajustes necessários ao crescimento em escala do setor. No presente, sem amarras, está abrindo condições para o nosso mercado e atividades de corretagem. Porque nós precisamos estar adaptados e bem educados profissionalmente. E quem resistir , continuará existindo, mesmo com o medo crescente quanto ao futuro.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>