Teletrabalho é a solução em tempos de coronavírus
A rápida disseminação do coronavírus no mundo fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretasse, no dia 11/03, pandemia. Atualmente há mais de 130 mil casos da doença em mais de 125 países e territórios, com quase 5 mil mortes. No Brasil há mais de 80 casos confirmados, de acordo com o Ministério da Saúde. Os efeitos mundiais da pandemia incluem instabilidade social e econômica. Muitos governos começam a tomar providências para evitar a proliferação da doença. O teletrabalho foi uma das soluções encontrada por muitos países. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no último Censo, realizado em 2010, havia 20 milhões de trabalhadores que têm sua residência como local de trabalho.
O professor do mestrado de Administração do Ibmec/RJ, Fernando Filardi, acompanha o cenário e aponta vantagens e desvantagens do teletrabalho na administração pública. Segundo ele, o “teletrabalho necessita de um modelo de gestão que o torne mais aderente à esfera pública”. E esclarece que o home-office é uma realidade em muitas empresas privadas.
Segundo Filardi, entre as vantagens de trabalhar em casa estão: qualidade de vida, equilíbrio trabalho x família, maior produtividade, flexibilidade, criação de métricas, redução de custo, estresse, tempo de deslocamento, exposição à violência e conhecimento da demanda de trabalho. Entre as desvantagens estão: não adaptação, falta de comunicação, perda de vínculo com a empresa, problemas psicológicos, infraestrutura e controle do teletrabalhador.
No Brasil, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) foi pioneiro, em 2005, ao adotar o teletrabalho com um projeto-piloto. Mas foi somente em 2011, com a alteração da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) pela Lei nº 12.551/2011 que o teletrabalhador teve garantia dos mesmos direitos do trabalhador tradicional. Por ser recente, a regulamentação desse tipo de trabalho ainda requer refinamento da legislação que gere maior segurança na sua adoção.
Diante do cenário atual, o professor Fernando Filardi alerta para alguns pontos fundamentais no desenvolvimento das práticas de teletrabalho: a necessidade de cria mecanismos que ajudem a balancear as atividades profissionais e a vida pessoal dos teletrabalhadores, dando maior atenção à infraestrutura, tecnologia e ao suporte psicológico. Além disso, “é preciso introduzir ferramentas de gestão e controle para minimizar a falta de prática dos gestores em administrar pessoas nesse modelo de trabalho, buscando a isonomia no reconhecimento e na avaliação dos teletrabalhadores”, acrescenta o especialista.
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