Oferecer Seguro de Vida aos Colaboradores Não é Obrigatório, Mas Um Diferencial Estratégico
* Francisco de Assis Fernandes
Vale alimentação, vale refeição, assistência médica, plano odontológico, vale cultura e horário flexível são alguns dos benefícios que as empresas brasileiras oferecem aos seus colaboradores. Algumas vão além e embutem o Seguro de Vida ao pacote.
Pela legislação brasileira, nem todas as companhias são obrigadas a oferecer Seguro de Vida aos funcionários. Apenas algumas categorias são enquadradas na obrigatoriedade devido a convenções de Sindicatos. Porém, o projeto de lei 3.007, arquivado pela Câmara dos Deputados, propõe que a contratação de Seguro de Vida se torne obrigatória para todos os funcionários sem qualquer desconto em folha de pagamento. Pelo texto do projeto, estariam incluídas as coberturas por morte e invalidez. O empregador poderia escolher a seguradora e o valor total de cobertura deveria corresponder a pelo menos 50 salários mínimos.
Mesmo que o projeto não se transforme em realidade, as empresas poderiam avaliar a possibilidade de contratação do seguro como benefício independente de ser obrigatório. Proteger o capital humano das organizações é um fator importante para manter seu bom funcionamento. Por isso, não é incomum ver que as grandes empresas - cerca de 90% delas, inclusive - oferecem esse tipo de benefício aos colaboradores.
O seguro, em boa parte das situações, acaba se tornando um diferencial interessante para um profissional que precisa decidir, por exemplo, entre permanecer na empresa A ou encarar um novo desafio na empresa B. Ou seja, é um ponto de destaque para atrair e reter os melhores profissionais do mercado, que se sentirão mais valorizados e amparados pelas políticas da empresa. Essa valorização é positiva e auxilia a aumentar o engajamento do quadro profissional, gerando reflexos inclusive na produtividade e, consequentemente, nos resultados alcançados. Para o colaborador, é tão importante estar satisfeito com o ambiente de trabalho quanto sentir-se seguro e amparado pela companhia. O seguro funciona, muitas vezes, como item de valorização dos funcionários da empresa, uma forma de demonstrar preocupação não só com o profissional, mas com suas famílias.
É interessante notar que esse não é um benefício que precisa ficar restrito às grandes corporações. Em geral, ele é bastante atrativo e tem baixo custo. Por isso, pode ser implementado sem a necessidade de grandes despesas por parte do empregador. No caso das empresas que adotam o regime tributário do Lucro Real, há a vantagem de poder deduzir do Imposto de Renda o valor do seguro de vida pago aos colaboradores.
No universo segurador atual, há desde os seguros mais básicos, que cobrem casos de morte, invalidez por doença ou por acidente, até aqueles que cobrem doenças graves, despesas médicas, diárias por internação hospitalar, incapacidade, etc. Que tal refletir sobre esse assunto? Talvez este seja o momento adequado para valorizar os ativos mais importantes no seu negócio: as pessoas.
*Francisco de Assis Fernandes é diretor comercial da American Life, seguradora brasileira com mais de 25 anos de mercado, reconhecida por inovar e apostar em nichos específicos da economia
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