Venda de bicicletas no Brasil cresce junto com a ‘febre’ das bikes compartilhadas nas grandes cidades
Modelo de compartilhamento está ensinando brasileiro a usar a bicicleta como meio de transporte urbano; na Vela Bikes as vendas cresceram 130% em um ano
Elas estão por todos os cantos das cidades: práticas e simples de serem utilizadas, as bicicletas compartilhadas são a cara desses novos tempos em que o uso às vezes se sobressai à posse. Mas, ao contrário do que muita gente pode imaginar, o crescimento dessa modalidade não está interferindo na venda das bicicletas. Pelo contrário, o modelo trouxe ainda mais destaque para os benefícios do meio de transporte e impulsionou as vendas de bikes no Brasil.
O boom desse mercado pode ser comprovado pelo desempenho de negócios do setor. A Vela, por exemplo, que é uma das principais fabricantes de bicicletas elétricas do País, registrou um aumento de 130% nas vendas entre janeiro de 2018 e janeiro deste ano. O crescimento aconteceu justamente no período em que a Yellow implantou suas bikes compartilhadas nas cidades, disseminando a cultura de utilização de bicicleta no ambiente urbano. Só para se ter ideia da representatividade desse aumento basta olhar para o desempenho da Vela nesse mesmo período, mas entre 2017 e 2018. Nessa época o crescimento nas vendas foi de 30%.
Victor Hugo Cruz
“Enxergamos com bons olhos o crescimento do mercado das bikes compartilhadas porque ele contribui com a cultura do uso da bicicleta nos grandes centros. As pessoas que utilizam a bike compartilhada acabam percebendo que ela funciona muito bem para as suas vidas. Por causa disso muitas delas decidem fazer um investimento numa bicicleta melhor e personalizada de acordo com suas necessidades”, afirma Victor Hugo Cruz, fundador e CEO da Vela.
E é exatamente a personalização um dos destaques da Vela. Os modelos da marca podem ser customizados com diferentes cores e combinações de acessórios, permitindo unir a discrição de não parecer elétrica com a estética e praticidade do design clássico. Acessórios como bagageiros, caixas para carga e suporte para celular facilitam o uso da bike no dia a dia. As bicicletas da marca têm fios embutidos e são mais leves que as que tradicionais do mercado, com motor de 350w de potência, elas pesam, no máximo, 23 kg.
O desempenho positivo da Vela segue tendência nacional no segmento. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção do setor, no ano passado, chegou a 779 mil unidades, o que representa um aumento de 16,5% em relação a 2017. Foi o primeiro crescimento do setor em quatro anos. “Apesar de não ser possível comprovar a relação direta entre o aumento das vendas de bicicletas e o boom do compartilhamento de bikes, não há como negar que as bikes compartilhadas estão contribuindo com a visibilidade do setor”, finaliza o CEO.
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