Seguro de vida em grupo é disseminado, mas pode ter melhor apresentação
Com forte atuação no mercado de seguros, o seguro de vida em grupo tem se mostrado um ramo com alto grau de diversificação ao ser comercializado por cerca de 35 seguradoras, mas enfrenta o desafio de ser conhecido amplamente por corretores de seguros e consumidores.
Segundo levantamento realizado pela Comissão de Vida, Previdência e Capitalização do Sincor-SP (Sindicato dos Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Seguros do Estado de São Paulo), o ramo ainda é pouco explorado por boa parte dos corretores de seguros, principalmente pelo desconhecimento quanto à sua aplicação.
“Temos duas barreiras para vencer”, explica o coordenador da comissão, Roberto Lopes Passos. “O primeiro é o consumidor conhecer os diversos produtos que as seguradoras disponibilizam, bem como todas as coberturas disponibilizadas e formas de contratação. O segundo é o corretor ofertar o produto, uma vez que muitos desconhecem os procedimentos das seguradoras e as coberturas, e acabam não oferecendo produtos específicos”, explica.
Os dados também mostram que o ramo de seguro de vida em grupo é um segmento de grande potencial, tem crescido no encalço da inflação e movimentado R$ 10 bilhões em prêmios no ano de 2017.
O poder de oferta do produto também é um chamariz para os corretores de seguros, que podem considerar as diferentes modalidades de empresas para oferecer a melhor cobertura. “O corretor precisa estar atento às características das empresas e sindicatos, que exigem a contratação do seguro de vida para seus funcionários. Com isto, as empresas que não possuem a cobertura, ficam sujeitas aos pagamentos de multas”, exemplifica Passos.
Com base nessa possibilidade, cabe ao corretor fazer a oferta do seguro de acordo com as exigências do sindicato, lembra Passos. Pequenas e médias empresas também são outra opção, pois muitas efetivam a contratação como benefício aos seus funcionários.
Seguros em números
O setor de seguros evoluiu em 2018, de acordo com a Carta de Conjuntura. De janeiro até julho deste ano, o mercado faturou R$ 63,2 bilhões. No ano passado, no mesmo período, a receita era de R$ 59,4 bilhões – o que mostra um crescimento de 6%.
De acordo com o Sincor-SP, “apesar de tantas incertezas políticas e econômicas”, houve crescimento. “Um dos pontos a serem observados é a melhora do lucro agregado das seguradoras, após o ajuste a uma nova realidade de preços com a queda dos juros. E outro ponto, naturalmente, é o crescimento de receita”, diz a mensagem de abertura do estudo.
O ramo de destaque no período foi o seguro de pessoas (sem VGBL), com uma variação nominal de 10%, o que leva a um crescimento real, acima da variação inflacionária.
O crescimento é importante, ainda mais diante de uma série de fatores, como a manutenção da taxa de desemprego e o fracasso de reformas. “De um patamar de 3% de crescimento do PIB em 2018 passamos para uma estimativa de 1,5%. A todo momento sobe e desce a esperança de bons resultados. Em setembro, com base nos dados de agosto, o cenário está mais ou menos estável, mantendo o crescimento aos poucos”, diz a Carta de Conjuntura.
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