Médica brasileira lança série de animação sobre a Covid-19
Camila Maciel, pós-doutora em Epidemiologia e Medicina Preventiva pela Universidade de Boston, mostra por que crianças também devem aliar o uso de máscaras e distanciamento físico contra a disseminação do coronavírus
O Menino da Máscara Amarela. É assim, unindo informação com diversão, que a médica brasileira Camila Maciel busca alertar pais e crianças no combate à Covid-19, já considerada a maior pandemia do século, com um rastro de mais de 100 milhões de infectados no mundo todo, mais de 2 milhões de mortos, 226 mil deles só no Brasil. Com vídeos animados de 1 minuto, a médica, radicada em Boston, nos EUA, lança em seu canal no Youtube (https://youtu.be/qI5k2WjqL_A) o primeiro episódio de uma série sobre Covid-19 com dicas de prevenção e saúde.
Os terríveis coronavírus tentando ultrapassar a máscara, na animação “O Menino da Máscara Amarela”, criação da médica brasileira Camila Maciel, pesquisadora do MIT e da Universidade de Boston. Ilustração: Gabriel Bitar/CriatividadeX.
A animação idealizada por Camila Maciel tem direção de arte de Gabriel Bitar, roteiro de Emily Hozokawa, locução de Luciana Ramanzini, produção executiva de Reynaldo Marchesini e execução da Criatividade X, produtora educativa da qual Camila é sócia. O primeiro episódio destaca a importância do distanciamento físico aliado ao uso de máscaras por crianças para evitar a propagação do novo coronavírus. E ressalta que, sozinhas, as máscaras – sejam as de tecido ou de TNT, as chamadas cirúrgicas - não têm 100% de eficácia. É preciso manter o distanciamento físico. “As crianças são muito sensíveis ao trabalho educativo. E acabam se tornando grande influenciadoras na família, dando até bronca nos pais. Daí a importância de educarmos esse público. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), crianças acima de 5 anos precisam também usar máscaras, especialmente se há transmissão generalizada na área onde a criança reside. Mas as máscaras não podem dar a falsa sensação de segurança. Elas precisam estar acompanhadas de distanciamento físico e de cumprimento das orientações de quarentena de cada município, além dos hábitos de higiene, como a lavagem das mãos com água e sabão por 20 segundos”, adverte Camila Maciel, idealizadora do projeto. Médica endocrinologista pela Universidade de São Paulo, doutora em Cardiologia pelo Incor-USP, pós-doutora em Epidemiologia e Medicina Preventiva pela Universidade de Boston, professora de universidades públicas e privadas e que tem projetos premiados de prevenção em saúde voltados para crianças.
Camila aposta na força das redes sociais para disseminar conteúdos científicos durante a pandemia e combater as fake news, o fenômeno da “infodemia”, segundo a OMS. Mineira de Baependi (MG), ela coordenou, mesmo à distância, morando nos EUA, grupos de whats app, logo no começo da pandemia, em março de 2020. Produzindo áudios, vídeos e textos, Camila, ao lado de médicos, religiosos e líderes comunitários, mobilizou a comunidade local com dicas de prevenção, uso correto de máscaras, higienização e conscientização de que a pandemia era grave e de que não seria passageira. Conscientização que se faz ainda mais importante, agora, num cenário em que novas variantes e com maior potencial infeccioso do coronavírus se espalham pelo Brasil e num contexto em que a vacinação segue lenta e insuficiente para imunizar toda a população.
Com abordagens simples e divertidas, canal trará dicas de saúde aos pequenos e adultos durante a pandemia, em produção coordenada pela médica e cientista brasileira Camila Maciel. Crédito: CriatividadeX.
Sobre a médica Camila Maciel:
Educação em saúde. Essa paixão é o que move a médica, pesquisadora, cientista e professora Camila Maciel e que a fez sair da pequena e rural Baependi, no Sul de Minas Gerais, para o mundo. Aos 39 anos, Camila não se contentou apenas com uma bem-sucedida carreira em seu consultório. Médica endocrinologista pela Universidade de São Paulo, doutora em Cardiologia pelo Incor-USP e pós-doutora em Epidemiologia e Medicina Preventiva pela Universidade de Boston, Camila já na graduação se interessou por ações comunitárias e fez teatro em escolas na zona rural da sua cidade natal sobre Medicina Preventiva. Nascia ali a semente para ações educativas em saúde e o desejo de popularizar o conhecimento médico. Sua tese de doutorado analisou os componentes hereditários de doenças como obesidade, diabetes e hipertensão pesquisando núcleos familiares de Baependi (MG). Camila, através do projeto “Corações de Baependi”, o primeiro estudo familiar do Brasil em doenças cardiovasculares, foi indicada ao prêmio de pesquisadora sênior, em 2014, no Congresso Brasileiro de Cardiologia.
A paixão por ações comunitárias sobre prevenção de doenças a levou a cruzar fronteiras, inclusive as da Medicina, concretizando o internacional “Little Hearts”. Unindo arte, poesia e teatro de fantoches, o projeto levou conhecimentos sobre alimentação saudável e prevenção da obesidade a mais de 10 mil crianças de escolas públicas e privadas de Minas Gerais, do Paraná e até de Framingham, cidade com o maior número de imigrantes brasileiros nos EUA. Atualmente, Camila mora em Boston e colabora como pesquisadora nas prestigiadas Harvard University e MIT. Atuou também como pesquisadora no Framingham Heart Study, um dos maiores centros de estudos na área da Cardiologia do mundo, pioneiro, desde 1950, na pesquisa epidemiológica de compreensão das doenças cardiovasculares e seus fatores de risco. Divulgadora científica incansável e multimídia, autora de iniciativas e poesias, montou a Criatividade X, produtora que desenvolve projetos de ciência com entretenimento. Com formatos como vídeos, animações e, em breve, ebooks, busca aliar saúde e diversão, para impactar um público cada vez maior e para além dos muros acadêmicos. Criatividade com tecnologia para popularizar a ciência e humanizar a medicina.
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