Dores nas costas: atividade física é uma opção acessível, não medicamentosa e eficiente para acabar com o mal que afeta 80% da população no Brasil
Treinamento de força ajuda a fortalecer a coluna, músculos, ossos, articulações e ligamentos
Os primeiros sintomas podem ser uma leve pontada, fisgada ou uma queimação que percorre toda a coluna e irradia para uma ou ambas as pernas. A dor nas costas é uma enfermidade que pode afetar pessoas de todas as idades e não escolhe gênero, porém, acomete geralmente indivíduos entre os 20 e 45 anos, na fase mais produtiva da vida. O corpo envia sinais de que precisa de cuidados, mas infelizmente por causa da agenda complicada, e de compromissos, acabamos deixando para depois. Essa negligência pode resultar no agravamento da dor e do problema.
Em janeiro, o jornal inglês The Economist publicou um artigo que relata o crescimento do número de pessoas que sentem dores nas costas. Atualmente, esta é considerada a maior causa de incapacitação no mundo, e é a principal razão de abandono dos empregos na Europa e também é responsável pelo aumento perigoso de americanos viciados em opioides.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 8 em cada 10 pessoas terão algum tipo de dor nas costas no decorrer da vida, ou seja, 80% da população. De acordo, com dados divulgados pela Secretaria de Previdência, em 2017, foram 83,8 mil casos de afastamento por dores na lombar. A enfermidade nos últimos 10 anos, tem liderado o ranking de auxílio-doença concedidos pelo INSS.
Além do fator genético, outras situações podem potencializar a dor na lombar, entre elas, maus hábitos alimentares que acabam acarretando o aumento do peso corporal (atualmente 54% dos brasileiros estão com sobrepeso, e 18,9, obesos (VIGITEL, 2018)), sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, execução de movimentos repetitivos e inadequados tanto no trabalho quanto nas academias e/ou nos ambientes de ginástica/esportes, má postura e esforço excessivo.
Embora a dor seja bastante incapacitante nos primeiros dias, a dor lombar não é encarada inicialmente como um problema grave, já que, em 90% dos casos o incômodo irá desaparecer em oito semanas sem nenhuma intervenção e a grande maioria das que não desaparecerem espontaneamente podem ser curadas com um tratamento conservador adequado, dentre eles, o mais comumente indicado para efeitos satisfatórios de médio e longo prazo é o fortalecimento da coluna.
“Independente do fortalecimento muscular já ser um consenso entre os profissionais da área de saúde que cuidam do problema. Muitas pessoas acabam tendo as primeiras experiências com dores nas costas ao iniciar um programa de atividade física ou ainda acabam agravando o quadro quando iniciam o processo de fortalecimento após período de repouso, medicamentos e aparelhos de Fisioterapia para amenizar a dor. É preciso definir um programa de reabilitação com muito cuidado e cautela”, enfatiza Fábio Rodrigues José, fundador da OnWay Health, empresa especializada em reabilitação, qualidade de vida e promoção de saúde.
A facilidade de se praticar exercícios físicos aumentou muito nos últimos 10 anos, quando observamos o aparecimento de academias de baixo custo, aplicativos com séries de exercícios, resgate de modalidades de atividade física que não usam aparelhos e podem ser praticadas em qualquer lugar (pular e bater corda, pesos livres, circuitos de exercícios apenas com o peso do corpo com e sem transposição de obstáculos), assim como estações instaladas em avenidas, parques e praças. Esses são alguns exemplos de democratização e quebra de barreiras para a prática de atividade física.
Praticar ginástica em uma academia é muito agradável e pode custar uma média de R$ 80,00, podendo chegar a custo zero se o praticante optar por um ambiente público. Orientação profissional também não costuma ser um problema. Professores de Educação Física e Fisioterapeutas utilizam estes espaços para oferecer serviços bem mais baratos.
E aquilo que, em um primeiro momento, parece ser bem animador para o tratamento da dor nas costas, pode acabar se tornando um fato preocupante para especialistas na área, os quais frequentemente recebem em seus consultórios pessoas que sofrem do problema há muitos anos, mesmo realizando atividades de fortalecimento.
“Fortalecer a coluna de um paciente com dor lombar exige alto conhecimento teórico e habilidades manuais e observacionais (correções imediatas de postura) que, muitas vezes, não são praticadas por profissionais inexperientes. Do contrário, pessoas que sofrem de dor nas costas podem superar o problema e ainda melhorar imensamente suas habilidades físicas quando orientadas por profissionais competentes. Hoje, recebemos pacientes com dores nas costas que são tratados mesmo agudamente com exercícios de agachamento e levantamento de peso olímpico. Após controle do quadro, estimulamos o treinamento de potência em gestos funcionais, como saltos, corridas e esportes específicos. Tudo é controlado por um rigoroso processo de evolução baseado em artigos científicos na área de Biomecânica, protocolos com parâmetros de evolução e profissionais treinados a desenvolver habilidades manuais de facilitação de movimentos”, orienta Fábio.
O corpo precisa estar em movimento para ser saudável. Enfatizamos que a prevenção é sempre a melhor opção. A receita ideal é começar a praticar exercícios desde a primeira infância e levar para a vida toda. Essa é ótima maneira de manter a qualidade de vida, o bem-estar e a longevidade.
**Depoimento concedido por Elisabete de Oliveira, 34 anos, (administradora)**
“Sempre tive uma vida sedentária, nunca me dediquei a nenhum tipo de esporte ou atividade física. Com 22 anos, comecei a sentir dor na região lombar, consultei um ortopedista e descobri uma leve escoliose. Isso começou a me incomodar, mas não era nada muito sério. Fui administrando as dores (que não tinham frequência muito alta) com sessões de RPG e ministrando anti-inflamatórios e analgésicos.
Com 26 anos, tive meu primeiro travamento de coluna. Saí para o almoço durante o expediente, e, caminhando na rua, comecei a sentir um endurecimento de coluna com dor muito forte. Voltei ao trabalho e a dor piorou bastante. E tive que ir ao pronto-socorro, onde recebi altas doses de medicamentos.
Procurei um novo ortopedista, fiz ressonância magnética e descobrimos três hérnias de disco na região lombar. A indicação do médico foi continuar com as sessões de RPG, acupuntura, e um longo tratamento com muitos remédios. Dois meses depois mais um travamento da coluna e desta vez com dores cada vez mais fortes.
Passei, então, aproximadamente 1 ano e meio tendo esses travamentos de coluna a cada 1 mês e meio, e sempre recorrendo ao pronto-socorro, tomando os mais variados tipos de analgésicos e anti-inflamatórios, até que, um dia, uma forte crise me fez perder a força nas pernas. Fui tratada com Morfina, mas mesmo este medicamento teve um efeito de curto prazo, pois, no dia seguinte, a dor se mantinha exatamente igual.
Foi então que conheci o Fábio, estava no meio de uma crise, e com manipulação, ele conseguiu destravar minha coluna. Foi quando me propôs o treinamento de força, três vezes por semana para fortalecimento muscular. Iniciei meio incrédula de que meu problema pudesse ser resolvido com exercícios físicos, mas depois de um mês treinando, me senti plena e aproveitando todas as diferenças no meu corpo. A dor lombar sumiu, perdi 3 quilos e minha disposição para o dia a dia havia melhorado em pelo menos 50%.
Adotei os treinos como uma necessidade diária, e só obtive cada vez mais resultados positivos. No final de um ano, havia emagrecido 15 quilos, chegando ao meu peso ideal, e passei a realizar atividades que não fazia antes, como: caminhadas longas, patinar no parque, andar de bicicleta, levantar peso, fazer agachamentos. Meus hábitos mudaram completamente.
Nesse período eu não senti mais dor, e não precisei tomar nenhum tipo de remédio. Sentia-me muito feliz e realizada, por ter conseguido resolver de forma saudável e nada invasiva, um problema que já estava começando a ser tratado como cirúrgico pelos ortopedistas.
Hoje, oito anos após iniciar os treinos, passei por uma gestação sem sentir nenhuma dor nas costas e estou no final de uma segunda gestação, também sem nenhum tipo de dor. Faço ressonância a cada dois anos e as hérnias continuam iguais, mas não me causam mais nenhum incômodo. O treinamento de força bem orientado, com um profissional especializado foi essencial. O fato de não sentir dor é algo libertador. A troca de medicamentos por atividade física foi uma escolha perfeita e para vida toda”.
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