Crianças com perda auditiva estão entre as principais vítimas de bullying
De acordo com o Censo de Educação Básica, entre 2011 e 2016, houve redução de 23% no universo de estudantes surdos no país
Bullying: ação capaz de ferir física e psicologicamente crianças e jovens mundo afora, vítimas de chacotas e humilhações. É o que sofre muitos alunos deficientes auditivos, que usam ou não aparelhos auditivos e que, por isso, acabam desenvolvendo problemas de autoestima e de socialização; além de dificuldades no aprendizado e no desenvolvimento cognitivo. De acordo com o Censo de Educação Básica, divulgado pelo Inep (instituto de pesquisas ligado ao Ministério da Educação), entre 2011 e 2016, houve uma redução de 23% no universo de estudantes surdos no país. Um dos motivos pode ser a fuga da escola, por conta de bullying ou falta de apoio no aprendizado. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que aproximadamente 32 milhões de crianças, no mundo inteiro, têm algum tipo de deficiência auditiva.
O primeiro passo, fundamental, é tratar a deficiência auditiva do aluno o mais rápido possível. Quanto mais cedo, melhor. Bebês que não têm tratamento, por exemplo, mesmo com perda auditiva leve ou moderada, apresentam mais dificuldades para aprender a falar e, mais tarde, terão prejuízos em seu desempenho escolar. Exames como o PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) e o EOA (Emissão Otoacústica) podem detectar o grau de perda auditiva, servindo como ponto de partida para que o médico otorrinolaringologista indique o tratamento mais adequado para cada caso. Uma das indicações para suprir o déficit de audição é o uso de aparelhos auditivos desenvolvidos especialmente para os pequenos.
"A audição tem papel vital no desenvolvimento da linguagem e da fala, importantes na comunicação e na interação social da criança. A perda auditiva, se não for tratada, pode acarretar uma série de limitações: timidez, retraimento, problemas de aprendizado, de relacionamento, o que provoca, muitas vezes, o bullying, que agrava a situação. Por esse motivo, na Telex, bebês, crianças e adolescentes têm uma atenção especial para que possam alcançar seu pleno potencial", afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, gerente de Produtos Pediátricos da Telex Soluções Auditivas.
O segundo passo para ajudar a criança com deficiência auditiva deve ser dado pela família, que precisa estimular a autoestima da criança, para que ela se sinta segura ao transitar nos diversos núcleos sociais, inclusive junto aos coleguinhas na escola. Uma criança segura não se deixa abater pela 'zoação' das outras. O indicado é não esconder ou disfarçar os aparelhos auditivos, nem mesmo o implante coclear, atrás da orelha. Desse modo, os pais sinalizam que a deficiência não é motivo de vergonha. A aceitação deve começar dentro de casa. Hoje, já é possível encontrar no mercado aparelhos auditivos discretos, com design modernos, personalizados, coloridos e, para as crianças, existem até mesmo próteses com estampas de super-heróis, bem divertidas, que ajudam a dar autoconfiança.
Diretores e professores da escola também devem ficar atentos a qualquer sinal de discriminação contra crianças deficientes auditivas, a fim de agir logo, tomando medidas que evitem consequências mais graves. Uma dessas ações deve ser a de promover uma abordagem lúdica, em sala de aula, de temas que abordam as diferenças, mostrando os vários tipos de deficiência e enfatizando, principalmente, o respeito que todas as crianças devem ter entre si.
Para orientar os pais e professores nessa jornada, a Telex desenvolveu o programa infanto-juvenil 'Cuidado Auditivo Amigo da Criança', como conta a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia. "Por meio desse programa, a família recebe todo o apoio necessário, com atendimento pediátrico diferenciado, orientações e acompanhamento do tratamento, além de oferecer soluções auditivas pediátricas desenvolvidas especialmente para cada criança. E tudo isso, obviamente, com suporte médico especializado", explica Vidal.
Em sala de aula, para que o aluno deficiente auditivo possa assimilar melhor o conteúdo ensinado, a Telex oferece também o 'Sistema FM Amigo', que permite a comunicação direta entre professores e crianças com déficit de audição. O equipamento é composto por um microfone transmissor e um receptor. O professor usa o microfone acoplado à roupa e sua voz é transmitida diretamente para o receptor que está no aparelho auditivo do aluno. O sistema ajuda a suprimir os efeitos negativos de distância, reverberação ou ruído de fundo, e mantém o som da fala do professor original, alto e claro, possibilitando um aprendizado natural para esse aluno.
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