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"Coletes amarelos" apresentam lista com candidatos às eleições do Parlamento Europeu

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Débora Ramos
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"Coletes amarelos" apresentam lista com candidatos às eleições do Parlamento Europeu Crédito: divulgação

França irá escolher 79 nomes que têm direito a ocupar as cadeiras do órgão no final de maio

Um grupo de "gilets jaunes" ("coletes amarelos") franceses nomeou dez candidatos para as eleições ao Parlamento Europeu que acontecerão em maio, e ainda pediram que outros membros do movimento façam o mesmo nos próximos meses.

Os manifestantes, que até agora não tinham líderes oficiais ou organizações formais, anunciaram na semana passada que participariam das eleições no dia 26 de maio, após dez semanas de protestos violentos por todo o país. A lista é encabeçada por Ingrid Levavasseur, uma cuidadora de 31 anos que se tornou um dos nomes mais falados pelos "coletes amarelos" nas últimas semanas.

Os outros nove candidatos, cinco mulheres e quatro homens, têm entre 29 e 53 anos e são oriundos de vários setores distintos. Um comunicado do grupo disse que os outros 69 nomes a que a França tem direito no Parlamento da União Europeia estarão abertos às sugestões da população depois de 10 de fevereiro. Os candidatos serão escolhidos por meio dos votos dos ativistas internos.

Levavasseur acusou o presidente francês, Emmanuel Macron, de ignorar os "coletes amarelos". "Nós apenas queremos ser ouvidos", ela disse no último ato, em Paris.

O movimento surgiu em novembro durante um protesto contra uma nova taxa imposta ao diesel e aos combustíveis de petróleo. Desde então, o governo de centro de Macron já cortou o imposto, mas o movimento se transformou em uma oposição mais ampla ao presidente e à sua reformista administração.

Macron responde viajando por toda a França promovendo o que chama de "grande debate nacional", cuja ideia é responder à ira pública expressa pelos "coletes amarelos", mas os manifestantes continuam a ir às ruas todos os sábados. Em cidades maiores, como Paris, Bordeaux e Marselha, os atos se tornaram conflitos violentos entre a polícia e os manifestantes. Na capital, os protestantes chegaram a atear fogo em ruas adjacentes à famosa avenida Champs-Elysées e usavam capacetes e pedras, enquanto as forças armadas respondiam com gás de pimenta.

O caso mais grave foi o de Jérôme Rodrigues, um dos altos membros do movimento, que tomou um tiro de borracha da polícia no olho esquerdo e perdeu parte da visão. Segundo seu advogado, por causa do ataque, ele não poderá mais trabalhar.

O novo grupo se chama de Ralliement d'Initiative Citoyenne (RIC) ("Corrida da Iniciativa Cidadã") e tem as mesmas iniciais de uma das principais bandeiras dos "coletes amarelos": um referendo nacional para decidir as políticas da França. "Nós queremos que essa lista seja carregada pelas pessoas que estão envolvidas na mobilização desde o início. Não queremos tecnocratas", diz um trecho do comunicado.

"Nós devemos transformar a fúria em um projeto político humano que esteja apto a trazer soluções para a França", continua.

Tentativas anteriores dos "coletes amarelos" de organizar grupos levaram pessoas a se sujeitar a abusos e ameaças de grupos rivais. Levavasseur, da Normandia, foi designada pela TV estatal francesa como comentadora, mas deixou de trabalhar no canal depois que foi criticada por outros "gilets jaunes".

O jornal francês Le Figaro disse que o grupo precisa juntar R$ 3,01 milhões para abrir caminho à sua lista de candidatos nas eleições, mas tinha apenas 10% desse montante até janeiro. O RIC não diz quanto tem, mas considera apelar para doações por meio de uma campanha coletiva.

O programa será provavelmente antieuropeu. "Nós não queremos sofrer com as decisões das autoridades europeias e com os decretos de castas de financistas e tecnocratas que se esqueceram das coisas mais importantes: o ser humano, a solidariedade e o planeta", diz outro trecho do comunicado.

O Le Figaro publicou ainda que outro grupo de "coletes amarelos" talvez apresente sua própria lista para as eleições de 26 de maio. Uma pesquisa de opinião publicada na última semana de janeiro sugere que os candidatos amarelos poderiam atrair até 13% dos votos.


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