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Travel techs devem equilibrar perdas ocasionadas pela pandemia no setor de turismo

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Veja as 12 travel techs que devem movimentar o segmento de turismo em 2021. Quem ganhará com a concorrência será o usuário!

O mercado de turismo no Brasil foi um dos que mais sofreu com a pandemia de Covid-19. No último ano (fev. 2020-fev. 2021) a GOL e a AZUL perderam juntas cerca de R$9.5 bilhões em valor de mercado, já a CVC teve queda de 44%, passando do valor de R$6.9B para R$3.86B. A Decolar ficou em quarto, registrando menos R$1.94B no período analisado (veja tabela abaixo).

Contudo, a aceleração dos hábitos digitais em consumidores de todos os segmentos e a criação de campanhas atraentes no segmento evitaram que as perdas fossem ainda maiores.

Nunca se viu tantos pacotes promocionais e ofertas em sites e aplicativos de viagens como em 2020. Podemos até arriscar dizer que as travel techs (empresas de tecnologia e turismo) salvaram o ano e devem ter uma atuação forte também em 2021, ajudando consideravelmente a puxar os números do setor de turismo novamente para cima.

Neste cenário, acompanhe as 12 travel techs e mobility techs que tiveram destaque em 2020 e devem incrementar ainda mais a performance em 2021:

1 – Hurb: Foi uma das poucas empresas do setor de turismo que aceleraram em 2020. Chegaram a ofertar pacotes para Nova York e Tóquio, com passagem aérea de ida e volta e hospedagem por menos de R$3 mil reais, e com um dólar acima de R$5. É disparado o player líder de hotelaria no Brasil, e a meta da companhia é se tornar uma empresa global. Para isso, investe em tecnologia, big data, algoritmos de inteligência artificial, sem deixar de lado o calor humano, através de atendimento próprio ao invés de terceirizado, como algumas OTAs (over-the-air) internacionais.

2 – MaxMilhas:

Embora tenha perdido a liderança do setor para 123Milhas, a mineira MaxMilhas deve recuperar forte em 2021. A empresa já anunciou que vai atacar outros segmentos, como venda de pacotes e hotéis, prometendo ser uma das principais OTAs em 2021, já que conta com tecnologia de ponta e uma base de usuários extensa.

3 – 123Milhas: Depois de fagocitar todo o espaço de mídia nos principais aeroportos nos últimos três anos com fotos do Zezé di Camargo vestindo camisas baby look e até do ex-menino prodígio da Decolar, Bruno de Lucca, a 123Milhas é a bola da vez. A empresa saiu na frente na corrida contra a MaxMilhas, em 2020 colocou hotel, pacotes de viagens, seguros e até carro na plataforma, virando uma OTA completa. A grande novidade é o lançamento da loja física, a 123Milhas em modelo de franquia, o que deve escalar o seu crescimento em 2021.

4 – Instaviagem: A proposta aqui é oferecer viagens personalizadas através de um modelo híbrido que mistura tecnologia e especialistas. Com isso, a empresa captou ano passado um investimento da gestora de venture capital DOMO Invest. A startup ainda tem uma opção em que o cliente cria um “destino surpresa”, ou seja, com algumas variáveis, como tempo de viagem, destino (nacional ou internacional), tipo de hospedagem (resort, albergue, hotel etc.) e modal (ônibus, carro ou aéreo), fornecidas pelo usuário, a Instaviagem cria uma sugestão de viagem completamente única.

5 – Zarpo: Com sete milhões de clientes, a empresa tem uma proposta bem nichada, se preocupando em oferecer forte curadoria de hotéis. Para ter acesso a qualquer preço é preciso estar logado, o que confere uma vantagem interessante à plataforma, pois assim ela consegue burlar as regras de paridade exigidas pelos hotéis, a partir do momento que oferece preço exclusivo para os “membros”. Além disso, ao focar em menos conteúdo que as outras OTAs, ela pode ter um poder de barganha maior, que é revertido em mais descontos. No mês de novembro de 2020, a Zarpo registrou vendas recordes, se beneficiando do comportamento dos novos viajantes em época de pandemia, que com as fronteiras internacionais fechadas optam por viagens mais “curtas”.

6 – Onfly:

Marcelo Linhares, CEO da Onfly: startup recebeu aporte de 2 milhões em janeiro

A startup vem crescendo e só em 2020 faturou R$8 milhões com a sua proposta única de realizar a gestão de viagens no Brasil, focando clientes corporativos. Além disso, captou o investimento do Grupo Cedro Capital no início de 2021. Com uma plataforma intuitiva, a empresa busca democratizar uma tecnologia que antes era exclusiva para poucas empresas, permitindo reservas de viagens, ao fluxo de reembolso de despesas, digitalizando toda jornada do viajante, eliminando trocas de e-mails e papéis, entregando gestão e dados para o travel manager tomar decisões inteligentes, e garantindo segurança aos acionistas das empresas, com redução de fraudes e transparência.

7 – Bank3: A Bank3 é uma fintech focada em travel, com solução de cartão de crédito virtual (VCN), que ainda dá cashback. Trata-se de uma convergência entre serviços financeiros e serviços turísticos, com tudo para dar certo em 2021.

8 – Let’s book / Pmweb: A grande sacada aqui é a venda direta. A Pmweb com a solução Let’s book oferece tecnologia para os hotéis dependerem menos dos intermediários e OTAs. Trata-se de uma ferramenta de reserva para os hotéis e uma solução de CRM para ajudá-los a se relacionar com clientes depois do checkout e, assim, aumentarem a recorrência dos hóspedes.

9 – Asksuite: A empresa criou um chatbot para ser inserido no site dos hotéis, onde o usuário consegue fazer uma cotação e reserva de quarto em alguns segundos diretamente pelo chat. O interessante desta solução é que, além de permitir que o hotel aumente a conversão dos visitantes em hóspedes, elimina boa parte da necessidade da área de “vendas” dos hotéis, historicamente um departamento com pouquíssima tecnologia aplicada. A Asksuite é de Santa Catarina e no meio do ano passado anunciou um investimento de R$4 milhões da ABSeed, fundo especializado em empresas SAAS (software como serviço).

10 – Voa Hotéis: A proposta da startup é entregar uma marca para os hotéis independentes, com um modelo padronizado de gestão e uma gama de softwares sem custo para que o pequeno hotel consiga ter mais hóspedes e maior rentabilidade. No Brasil, a hotelaria independente representa 87.9% do mercado, portanto, um terreno fértil para modelos como o da Voa Hotéis.11 – Flapper: Sediada em Belo Horizonte (MG), mas com escritórios em várias cidades da América Latina, a startup tem a proposta de transformar a mobilidade aérea com uma solução “boutique” e com um preço muito acessível. Trata-se do “Uber dos helicópteros”. Em 2020, a empresa captou R$2.5M com equity crowdfunding para acelerar seu crescimento nos próximos cinco anos.

12 – Fly Adam: Lançada no começo de 2020, a empresa possui uma plataforma inovadora de mobilidade aérea que está revolucionando o mercado, pois permite o fretamento de uma aeronave em qualquer lugar do Brasil e do exterior a partir do próprio celular ou computador, sem ter que fazer diversas cotações em empresas diferentes. Recentemente, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou a compra de assentos individuais em voos operados por empresas de táxi aéreo, e a Fly Adam é uma das primeiras a distribuir a venda destes assentos.

Tabela Marcelo Linhares, CEO da Onfly Max Oliveira, criador do MaxMilhas


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