Gira, AgTech do Santander, inicia abertura de rede de lojas
Confresa e Matupá, no Centro-Oeste, terão as primeiras lojas com oferta de barter para pequenos e médios produtores Expectativa é comercializar 300 mil toneladas de grãos até o final de 2021
Após vender 80% de sua titularidade ao Santander, em agosto do ano passado, o Gira, AgTech de recebíveis do agronegócio, inicia a abertura de lojas físicas nas cidades de Confresa e Matupá, no Mato Grosso (MT), e planeja a expansão ainda neste ano. A startup oferece a pequenos e médios produtores operações de barter, que consistem na antecipação de insumos em troca de parte da produção futura. A expectativa para este ano é comercializar 300 mil toneladas de grãos, entre milho e soja, ou seja, 20 vezes mais sobre as operações de 2020, quando o Santander ainda não era sócio majoritário.
O Gira terá seis lojas no total, com atendimento a clientes em toda a região Centro-Oeste e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Pará. Por hora, as operações da AgTech são limitadas a R$ 10 milhões por produtor ou áreas de até dois mil hectares. “Este resultado pode ser alcançado devido à capilaridade da nossa operação, o que nos faz agregar produtores não bancarizados ou por não terem garantias além de sua própria produção”, diz Gianpaolo Zambiazi, CEO do Gira.
Para Carlos Aguiar, diretor de Agronegócios do Santander, a expansão do Gira fortalece os serviços do Banco para o setor, principalmente para os pequenos que dependem de barter para assegurar a produção. “Esta modalidade favorece o produtor na medida em que oferece um custo baixo e o protege contra variações de preços, entre outras vantagens. Hoje, além da estrutura do Gira, temos uma rede de atendimento exclusivo como parte do nosso modelo de negócios e já contabilizamos 41 ‘Lojas Agro’ no interior brasileiro para oferecer serviços financeiros e consultoria de negócios para os produtores”, afirma o executivo.
A empresa conta com plataforma tecnológica de ponta, capaz de garantir segurança às operações devido à revisão e registro digital das garantias fornecidas em contratos, além do monitoramento recorrente do desenvolvimento das produções como acompanhamento de riscos. “A vantagem do negócio, do ponto de vista do produtor, é a garantia de recebimento do insumo e competitividade, uma vez que consegue otimizar a precificação e valorizar o produto comercializado pelo Gira”, explica Zambiazi.
O Santander também dispõe de agências convencionais para atender o público geral, com equipe especializada em serviços financeiros para o agronegócio, como crédito para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, financiamento de lavouras, entre outros.
Desde 2016, a instituição vem reforçando esta estrutura e é o Banco que mais cresce na concessão de crédito ao setor. A carteira de crédito ampliada (que considera Recursos Obrigatórios e Livres, BNDES, Funcafé e os títulos CPR e CDCA) do Santander ao agronegócio chegou a R$ 24 bilhões ao final de 2020, crescimento de 20% ante 2019 (R$ 20 bilhões).
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