Especialista em exportação de café destaca dificuldades após recente alta nos combustíveis
Thomas Raad, CEO da Raad International Trading e exportador de commodities, comenta sobre as barreiras que o aumento no diesel e gasolina trouxeram para a exportação de café
O Brasil sempre foi referência na exportação de café e outros commodities ao redor do mundo. Mas o recente aumento no valor dos combustíveis, especialmente na gasolina e no diesel, tem impactado de forma negativa esse mercado.
Thomas Raad, CEO da Raad International Trading e trader de commodities, destaca as principais consequências que a alta dos combustíveis pode trazer à empresários e exportadores. “Afeta diretamente as exportações de café do Brasil. Isso porque o país transporta a maior parte de suas cargas pelo modal rodoviário. Desde o transporte inicial da fazenda, até a ida desses produtos ao porto. Isso atinge toda a cadeia de supply chain, fazendo com que o café fique mais caro para os importadores”, pontua o trader.
O especialista ainda detalha os principais pontos e motivos do aumento direto dos valores de commodities. “Quando convertemos os valores, os exportadores acabam ficando com uma margem cada vez menor, tendo que ajustar preços acima do mercado e, consequentemente, perdendo competitividade”, analisa o administrador. Junta isso com o aumento de outros produtos como a sacaria nova para exportação, encarece o produto quando for ofertar para as importadoras. Ano passado a sacaria de café nova estava em R$7,00 e hoje esta R$14,00. Dobrou o preço da sacaria.
Através de sua empresa, Raad tem grande experiência na venda de grãos ao redor do mundo inteiro, e ele demonstra preocupação com o atual cenário. “No momento atual, qualquer movimento errado pode quebrar exportadoras e importadoras no Brasil, e esses ajustes acabam atrapalhando muito na economia do país”, adiciona o especialista.
O CEO vai além, mostrando que esse receio já é uma realidade, com vários países abandonando as compras de café, pelo menos por enquanto. “Tive contato com vários clientes fora do Brasil, e eles já começaram a buscar outras alternativas para substituir o café brasileiro enquanto os preços mantem esses níveis. Eles pretendem adquirir café de países como a Índia, Vietnã e Indonésia”, finaliza o CEO.
Sobre Thomas Raad
Nascido nos Estados Unidos, Thomas Raad atualmente vive no Brasil. Fluente em árabe, inglês e português, cursou Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior e desde os 24 anos atua como trader de commodities, sendo especialista na exportação de café e outros alimentos e especiarias.
Sua trading company, Raad International Trading, já exportou produtos como café, arroz, pimenta do reino, derivados de milho, gergelim, açaí, carvão vegetal e amêndoas de cacau. Além de negócios no Brasil, já exportou café da Colômbia e Vietnã e orégano do Peru.
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