Aguarde a chuva estabilizar antes de semear pasto
Especialista da Agrocria Nutrição Animal e Sementes Forrageiras dá essa e outras dicas importantes para obtenção de um capim verdejante no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil
Está chegando o momento de reformar pasto no Brasil Central e no Sudeste do País. Todo o cuidado é pouco nessa hora porque alguns erros fatais no plantio poderão comprometer seriamente os resultados na engorda dos bovinos e até mesmo na taxa de prenhez das matrizes durante a estação reprodutiva.
Para obter sucesso no estabelecimento das gramíneas, veja algumas dicas importantes fornecidas pelo médico-veterinário Marcelo Mitsuyoshi Fukuda, gerente técnico da unidade de beneficiamento de sementes da Agrocria Nutrição Animal, em Anápolis (GO).
Segundo o especialista, ao evitar alguns erros que vêm se tornando recorrentes, o produtor conseguirá diminuir a incidência de invasoras, terá plantas mais vigorosas e maior oferta de matéria seca para os animais a partir da primavera.
1 – Vistorie a área
Entre os aspectos a ser observados, defina o tamanho da área. Dessa forma, é possível estimar se o plano é compatível com os recursos financeiros, a mão de obra, as máquinas, os equipamentos e os implementos disponíveis, para que, assim, o estabelecimento seja feito na época preferencial de semeio.
Aspectos relacionados ao solo também são importantes. Grau de drenagem, cor, textura, profundidade efetiva, pedregosidade e uniformidade são elementos que devem ser analisados, pois indicam a aptidão agrícola da área para o estabelecimento da pastagem.
Informações colhidas com o tempo sobre uma cultura anteriormente estabelecida e a produtividade obtida, se houve ou não emprego de fertilizantes, corretivos e outros produtos químicos também norteiam a decisão sobre qual material forrageiro plantar e seu potencial produtivo.
2 – Defina o objetivo da pastagem
Será para pastejo contínuo, rotacionado, confecção de silagem, feno ou capineira? Além disso, é importante se atentar à espécie animal, idade e sexo; o ciclo de produção, se é cria, recria ou engorda; bem como a produtividade esperada. Cada um destes fatores requer um planejamento diferente para a pastagem.
3 – Faça análise de solo
Esta é uma ferramenta básica para recomendações de calagem e adubação. Para o sucesso da atividade, deve-se seguir, criteriosamente, três passos igualmente fundamentais. O primeiro refere-se à coleta da amostra de solo, que, se não realizada corretamente, vai comprometer os passos seguintes.
O segundo passo diz respeito à escolha do laboratório ao qual será confiada, uma vez que erros na interpretação podem ser fatais. O terceiro e último passo é atribuir ao engenheiro agrônomo e/ou do técnico em agropecuária a interpretação dos resultados.
Junto à outra ferramenta básica, a “Recomendação para uso de corretivos e fertilizantes”, se obterá uma indicação de acordo com as condições do solo e também das exigências nutricionais da cultura que se deseja implantar.
4 – Escolha material forrageiro adequado à sua realidade
“Ao contrário do senso comum, não há a melhor forragem. O que existe é um material forrageiro mais adequado que outro, em uma determinada situação”, alerta Fukuda. Obviamente, há espécies que, por suas características, se adaptam a uma gama maior de situações, sendo mais adotadas.
É desejável que a área de pastagem seja composta pelo maior número de variedades possíveis, evitando assim, possíveis impactos negativos oriundos do monocultivo, como o aparecimento de pragas ou doenças, por exemplo.
5 – Prepare o solo corretamente
Entre os objetivos dessa operação estão controlar vegetação existente e indesejada, incorporar corretivos e fertilizantes ao solo, além de melhorar as condições para germinação das sementes e estabelecimento das plantas.
Entretanto, em algumas situações, não há necessidade do preparo do solo, destacando-se aqui uma situação cada vez mais comum, de integrar lavouras anuais com produção animal, em áreas de semeadura direta na palha.
Os implementos a serem usados e a quantidade de operações para o preparo do solo, variam bastante conforme a situação. O solo, antes do semeio, deve estar o mais nivelado possível e com o mínimo de torrões. “Isso melhora muito a germinação das sementes e o desenvolvimento do capim”, observa Fukuda.
Geralmente, se consegue este resultado com uma a três operações com grade niveladora. Para melhorar o resultado, uma estratégia que pode ser adotada é usar um tronco ou pedaço de madeira (plaina) atrelado à grade niveladora.
6 – Cuidado na semeadura
O primeiro ponto que deve ser observado é a qualidade das sementes. A germinação e a pureza física são fatores que determinam, em grande parte, a qualidade de um lote de sementes.
Para as regiões Centro- Oeste e Sudeste, a época de semeadura deve coincidir com o início das chuvas, pois, geralmente, nessa época há boas condições de temperatura e umidade à germinação e posterior desenvolvimento da plântula. Importante que seja no momento de regularidade.
As sementes dos materiais forrageiros diferem em forma e tamanho. As de tamanho maior podem ser plantadas mais profundas e sua distribuição pode ocorrer de duas formas: em linha ou a lanço.
De modo geral, onde a produção animal é a principal atividade, a segunda opção é mais indicada, por permitir uma melhor distribuição, ocupando de forma mais racional e equilibrada a superfície do solo.
A quantidade de semente por área é outro fator primordial para o sucesso do semeio. Fique atento ao valor cultural, ele indica a quantidade existente de sementes puras e aptas a germinar. Quanto maior melhor.
Sementes Agrocria
Essas dicas foram extraídas da grade técnica dos shows rooms realizados pela Agrocria em diversas propriedades pelo Brasil. A empresa atua no mercado de sementes forrageiras há 21 anos e a unidade de beneficiamento fica em Anápolis (GO), além de contar com laboratório próprio de análise de qualidade certificado pelo Ministério da Agricultura.
Após saltos consecutivos de produtividade, a Agrocria encerrou o ano de 2020 com 850 mil toneladas de sementes comercializadas. A meta de curto prazo é superar 1.000 toneladas. O portfólio compreende 14 cultivares das espécies Brachiaria, Panicum e Andropogon, além de uma linha pioneira de sementes revestidas e polimerizadas.
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