Santa Cruz do Sul acertou ao concentrar cadeia produtiva no agronegócio, diz economista da ESPM
Especialização no tabaco conduziu a ciclo virtuoso na região nas últimas décadas
A economia de Santa Cruz do Sul e região é reconhecida internacionalmente pela força da cadeia produtiva do tabaco. A especialização no setor foi a principal causa do avanço da economia local, hoje a sexta maior do estado, com 2,1% de participação no PIB gaúcho, de acordo com a Secretaria Estadual de Planejamento do Rio Grande do Sul. Nos últimos quatro anos, o avanço da cidade foi de quatro posições entre as dez maiores economias gaúchas.
Para Fábio Pesavento, economista e professor da ESPM Porto Alegre, a estratégia de concentração na cadeia produtiva do tabaco foi acertada. “A especialização na cadeia produtiva do tabaco ajudou a desenvolver uma alta expertise no produto ao longo de várias décadas. Hoje, a região exporta um fumo de excelência, de valor agregado muito maior do que no passado. Isso causa um ciclo virtuoso de ampliação da produtividade e da renda, que transborda para outros setores econômicos”, afirma.
Segundo o economista, o investimento da região na cadeia produtiva do tabaco traz benefícios para a indústria e os serviços. “A diversificação da economia na indústria e nos serviços se consolidou na medida em que Santa Cruz do Sul se posicionou como exportadora. A economia local está se diversificando no momento certo, após consolidar os ganhos de produtividade de sua especialização. O Brasil deveria adotar a estratégia de Santa Cruz do Sul -- utilizar com excelência as suas potencialidades no agronegócio para que o ciclo virtuoso se estenda a outros setores da economia”, diz.
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