2025 será o ano de soluções compactas e eficientes para banda larga
Os provedores de serviços irão priorizar soluções com materiais menores e mais simples para escalar suas instalações de banda larga
Por Koen ter Linde*
As redes de banda larga continuam passando por um ciclo de expansão e atualização de vários anos, tanto nos EUA quanto no resto do mundo. Isso não deve desacelerar em 2025, mas acredito que a abordagem será modulada para priorizar soluções menos complexas e mais fáceis de gerenciar. Assim, opções menores e mais simples serão as prioridades.
O impulso social por acesso universal à conectividade de banda larga de alta qualidade tem orientado as estratégias de implantação há anos. A esta altura, a conectividade finalmente é reconhecida como o quinto serviço essencial, tão crítico para a vida moderna quanto o acesso à eletricidade, gás, água e telefonia. Assim como esses serviços mais antigos, a conectividade universal leva anos — talvez décadas — para ser plenamente concretizada. Ainda assim, os esforços governamentais renovados para financiar essas implantações em comunidades rurais e carentes estão avançando significativamente para tornar isso uma realidade.
Isso vai além dos Estados Unidos, onde programas de infraestrutura como Broadband, Equity, Access, and Deployment (BEAD), o Enhanced Alternative Connect America Cost Model (E-ACAM), o Rural Digital Opportunity Fund (RDOF) e outras iniciativas do Congresso estão distribuindo mais de US$ 100 bilhões para subsidiar a expansão da banda larga com base em fibra óptica em todo o país. Inclui também o Gigabit Infrastructure Act, na União Europeia, e o apoio da ONU e do setor privado para ampliar a infraestrutura e atender cerca de 25% da população mundial que, atualmente, não possui conectividade confiável. Grande parte desses fundos está disponível em um formato contínuo, com prazos que se estendem até depois de 2025.
A fibra continuará sendo o pilar central dessas implantações de banda larga, mas vejo algo mudando em 2025: são os tipos de soluções que podem melhorar a velocidade das implementações e, consequentemente, a economia.
Desafios de mão de obra, sustentabilidade e escalabilidade
Embora haja financiamento específico para ajudar os provedores de serviços (SPs) a conectarem milhões de residências - que, de outra forma, não seria economicamente viável -, outros desafios persistem e serão sentidos fortemente em 2025.
Em primeiro lugar, técnicos especializados em fibra óptica são difíceis de encontrar e ainda mais difíceis de contratar, devido à alta demanda por seus serviços. Em segundo lugar, a implantação de grandes volumes de fibra é disruptiva para o ambiente das comunidades atendidas, e a quantidade de materiais necessários muitas vezes não está alinhada com os compromissos dos SPs em manter suas práticas comerciais. E, terceiro, essas implantações precisam ser realizadas com capacidade suficiente para acomodar o crescimento futuro, mesmo em mercados rurais. A fibra é uma infraestrutura de longo prazo – muitas vezes, geracional – e, portanto, deve estar preparada para lidar com o inesperado.
Reduzindo tudo - incluindo a fibra - para aumentar a densidade
A distribuição de fibra até a residência (FTTH) para um bairro ou uma comunidade inteira depende de caixas de distribuição e terminais, que podem rapidamente ficar sobrecarregados com conexões de cabos. Esses pontos de distribuição são caros para implantar, então, qualquer solução que permita mais conexões em um espaço menor ajuda a simplificar a rede e reduz os custos de capital e os custos operacionais a longo prazo.
Fibras ópticas monomodo individuais têm cerca de 200 a 250 micrômetros de diâmetro, aproximadamente um quarto de milímetro ou três vezes o diâmetro de um fio de cabelo humano. No entanto, o núcleo de vidro da fibra, onde os dados trafegam, tem apenas oito micrômetros de largura — equivalente à largura de uma célula vermelha do sangue e bem abaixo do limiar de visibilidade do olho humano. O restante da fibra é composto por um revestimento de vidro ao redor do núcleo e uma camada de acrilato ao redor do revestimento.
A oportunidade para uma interface de cabo menor é evidente. Data centers já estão aproveitando a maior densidade de redes, possibilitada por fibras de diâmetro reduzido. Embora a escala de implantações externas (OSP) em áreas rurais seja muito menor, vantagens similares podem ser alcançadas na distribuição sem comprometer a largura de banda. De 2025 em diante, a tendência para perfis de fibra mais finos continuará, impulsionada pelo amplo interesse do mercado.
Simplificando as instalações
Lidar com fibras mais finas também reduz a mão de obra, o tempo e a interrupção necessárias para a implantação. Com os provedores de serviços (SPs) correndo para aproveitar o financiamento à medida que ele se torna disponível — e para cumprir os marcos que são condição para esse financiamento —, essa vantagem se tornará ainda mais crucial.
Ao lidar com a falta generalizada de mão de obra qualificada, "menor" não é a única abordagem. "Mais simples" é igualmente importante, e os fornecedores de soluções priorizam o manuseio e a instalação plug-and-play em seus portfólios de produtos atuais e futuros. O boom na construção de data centers movidos pela nuvem e IA atraiu muitos dos engenheiros de redes mais talentosos. Os provedores de serviços (SPs), cada vez mais, buscarão essas soluções simplificadas para aumentar a velocidade e a produtividade da mão de obra disponível.
Uma nova geração de produtos de conectividade FTTH reforçados está entre as soluções mais promissoras. Esses portfólios são definidos por arquiteturas mais simples, que reduzem os SKUs de inventário e cabos terminados em fábrica, diminuindo ou eliminando a necessidade de emendas demoradas — que também exigem grande especialização do instalador. Assim, auxiliam os SPs a implantarem rapidamente e com mínima exposição a erros de instalação potenciais. Sem um fim claro para a escassez de mão de obra, essas tecnologias FTTH plug-and-play continuarão a ganhar espaço entre os SPs nos EUA e no mundo.
Escalabilidade sustentável
Além de seus próprios objetivos de sustentabilidade, os provedores de serviços (SPs) que trabalham com financiamento governamental também devem estar atentos ao impacto ambiental de suas implantações. Isso é importante não apenas nas comunidades onde a fibra é instalada, mas também nos impactos gerados pelos materiais utilizados nessa fibra, e pelo ciclo de vida do produto envolvido. Reguladores e clientes estão cada vez mais conscientes das práticas sustentáveis dos provedores com os quais escolhem trabalhar.
A fibra é um meio altamente sustentável por várias razões além de seu alcance longo e perfil fino. Quando usada, em lugar do cobre, ela evita o uso de recursos naturais limitados e a energia necessária para extrair o metal, que é considerável. De acordo com um relatório de julho de 2024, publicado pela Fiber Broadband Association, que comparou a infraestrutura híbrida de fibra-coaxial (HFC), a emissão de carbono associada à fabricação de fibra é cerca de 60% menor. A emissão de carbono associada à energia necessária para operar uma rede FTTH é, impressionantemente, 96% menor do que a de uma rede HFC comparável.
A fibra oferece capacidade escalável por meio de multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM), que permite que uma única fibra transmita múltiplas frequências de luz — cores, essencialmente —, que não interferem umas com as outras. À medida que a tecnologia melhora, mais canais de comprimento de onda discretos podem ser adicionados, preparando o terreno para atualizações contínuas de capacidade sem a necessidade de melhorias adicionais na infraestrutura. Essa vasta capacidade explorável é uma grande razão pela qual os operadores de redes sem fio usam redes de fibra para fazer o backhaul do tráfego agregado de suas redes celulares, apresentando uma oportunidade adicional para os SPs com capacidade para carregar esse tráfego.
Outro benefício de sustentabilidade, que se tornará cada vez mais importante em 2025, é que as redes de fibra exigem menos manutenção e têm uma vida útil operacional mais longa, resultando em menos visitas técnicas e menos impacto no ambiente das comunidades.
A mudança de 2025 está em andamento
Para os provedores de serviços (SPs), 2025 trará o apoio tão necessário de seus fornecedores de soluções. Produtos menores, mais simples e mais sustentáveis ajudarão a superar a escassez de mão de obra, os desafios econômicos das implantações, assim como as questões de sustentabilidade.
A fibra continua sendo fundamental para a conectividade universal de banda larga — servindo inclusive como base para o backhaul de redes sem fio. Soluções mais avançadas ajudarão os provedores de serviços (SPs) a utilizarem melhor os recursos de financiamento, os talentos disponíveis no mercado e as credenciais de responsabilidade ambiental.
Muitos dos produtos que apoiam essas prioridades já estão no mercado e, no próximo ano, esperamos que os provedores de soluções aprimorem ainda mais suas ofertas relacionadas à fibra.
*Koen ter Linde é vice-presidente sênior e presidente de soluções de conectividade e cabos da CommScope
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
https://www.facebook.com/groups/portalnacional/
<::::::::::::::::::::>
IMPORTANTE.: Voce pode replicar este artigo. desde que respeite a Autoria integralmente e a Fonte... www.segs.com.br
<::::::::::::::::::::>
No Segs, sempre todos tem seu direito de resposta, basta nos contatar e sera atendido. - Importante sobre Autoria ou Fonte..: - O Segs atua como intermediario na divulgacao de resumos de noticias (Clipping), atraves de materias, artigos, entrevistas e opinioes. - O conteudo aqui divulgado de forma gratuita, decorrem de informacoes advindas das fontes mencionadas, jamais cabera a responsabilidade pelo seu conteudo ao Segs, tudo que e divulgado e de exclusiva responsabilidade do autor e ou da fonte redatora. - "Acredito que a palavra existe para ser usada em favor do bem. E a inteligencia para nos permitir interpretar os fatos, sem paixao". (Autoria de Lucio Araujo da Cunha) - O Segs, jamais assumira responsabilidade pelo teor, exatidao ou veracidade do conteudo do material divulgado. pois trata-se de uma opiniao exclusiva do autor ou fonte mencionada. - Em caso de controversia, as partes elegem o Foro da Comarca de Santos-SP-Brasil, local oficial da empresa proprietaria do Segs e desde ja renunciam expressamente qualquer outro Foro, por mais privilegiado que seja. O Segs trata-se de uma Ferramenta automatizada e controlada por IP. - "Leia e use esta ferramenta, somente se concordar com todos os TERMOS E CONDICOES DE USO".
<::::::::::::::::::::>
Adicionar comentário