MADA – Produção audiovisual em destaque no Barreiro a partir de 07 de março
Trabalhos selecionados apresentam panorama da diversidade na produção audiovisual
A MADA - Mostra Audiovisual de Arte do Barreiro selecionou oito entre 156 obras inscritas para 2ª edição da mostra, com a curadoria do cineasta e artista plástico, Cao Guimarães. O evento, que celebra a produção audiovisual de BH e região, acontecerá entre os dias 7 de março e 3 de abril, com programação no Viaduto das Artes (Av. Olinto Meireles, 45, Barreiro, Belo Horizonte) e no Mis Cine Santa Tereza (R. Estrela do Sul, 89 - Santa Tereza, Belo Horizonte), com sessões gratuitas.
A MADA é realizada por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com apoio da Fundação Municipal de Cultura (FMC) e do Centro Universitário UNA. Além dos trabalhos selecionados, a programação conta com a participação de Kátia Maciel, poeta e professora titular da UFRJ, como artista convidada. Além das videoartes, a mostra apresentará palestras e oficinas. A programação completa está disponível no site mada.art.br.
Incentivo à produção local e descentralização
Entre as propostas da MADA está a valorização da produção audiovisual e a descentralização das exposições para um espaço cultural fora da região Centro-Sul de Belo Horizonte, ampliando o acesso da população às produções.
De acordo com Cao Guimarães, cineasta responsável pela seleção das obras, os trabalhos escolhidos apresentam diversidade e abordam questões relevantes para o nosso tempo. “Uma multiplicidade de formas e assuntos - recorrentes e contemporâneos - está presente nos trabalhos inscritos, mas eu gosto de trabalhos que questionam o que estamos vivendo, que vão na contramão disso, que colocam uma luz no que é esse mundo tão bombardeado por imagens. E destaquei os trabalhos que apesar de tantas formas e efeitos possíveis conseguem dizer alguma coisa de forma simples”, comenta.
Segundo o cineasta, o processo de curadoria da MADA 2020 foi difícil devido ao grande número de inscritos. “Mas foi muito prazeroso, gostei de ter feito, pois é uma forma de me atualizar, de ver as produções das gerações mais novas”, conclui.
O Centro Universitário Una, parceira da mostra, é hoje uma das principais referências em Belo Horizonte na formação audiovisual e tem assumido ao longo dos anos o compromisso de apoiar iniciativas que fortaleçam o setor. “A MADA fomenta a cultura audiovisual da cidade, atendo-se a um aspecto vital, que é a descentralização do circuito artístico de Belo Horizonte”, avalia a coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual da Una, Vanessa Santos.
Ela destaca que dentre os trabalhos selecionados para a MADA, encontra-se o filme “Looping”, de Maick Hannder, ex-aluno do curso e sócio-fundador da produtora Ponta de Anzol. “A obra, que tem uma trajetória de destaque no circuito dos festivais, reafirma aquele que é um dos diferenciais do nosso curso. Temos priorizado uma formação que abra os horizontes artísticos e criativos dos profissionais, preparando-os para atuar nas mais diferentes esferas, com uma visão integrada da técnica e das diversificadas manifestações estéticas do audiovisual”, explica.
Programação MADA 2020
CONVIDADA MADA
UMA ÁRVORE
Videoinstalação | 55'20"
Kátia Maciel
Brasil, 2009
Maison Européenne de la photographie, Paris Cavalariças do Parque Lage, Rio de Janeiro
Sobre a obra
Uma árvore respira em uma paisagem fixa.
Sobre a autora
Katia Maciel é artista, poeta e professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A obra da artista investiga o imaginário próprio das imagens em suas relações com a paisagem, os objetos, a palavra e os clichês amorosos. Em seus vídeos e instalações a influência do cinema é flagrante na escala, na poética do movimento, na “desnarrativa”, em sua expansão para além da tela como modo de incluir o espectador. Uma certa desrealização do mundo surge em colares que ocultam um rosto, mares que escalam o horizonte, árvores que se movimentam em paisagens fixas, bem como, na distorção entre os objetos e suas funções, e no reviramento na interação do que se vê com o que é visto, na presença de uma imagem que insiste em ser imagem de si mesma.
Seus trabalhos estiveram em exposições no Brasil, na Colômbia, no Equador, no Chile, na Argentina, no México, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França, na Espanha, em Portugal, na Alemanha, na Lituânia, na Suécia, na China e na India.
SELECIONADOS VIA EDITAL
Sobre a obra
Estranho animal a ditadura: homens sem asas, pássaros sem pés.
Sobre o autor
Arthur B. Senra é belo-horizontino, formado em Cinema e Vídeo, especialista em Processos Criativos em Palavra e Imagem. É diretor, montador, curador e programador audiovisual. Trabalhou no MIS-BH de 2006 a 2008, foi responsável pelo audiovisual da ONG Favela é Isso Aí de 2009 a 2011 e assistente de direção do MUMIA – Mostra Udigrudi Mundial de Animação de 2006 até 2015. Além de participar na curadoria e do júri em alguns festivais. De 2016 a 2018 foi programador e curador da sala de cinema do Sesc Palladium em Belo Horizonte. Atualmente vive em Brasília e trabalha no festival Curta Brasília.
“UNREAL”
Vídeo | 14'44"
Luiz Will Gama
Brasil, 2018
Sobre a obra
Como seria se existisse um aplicativo capaz de alterar a nossa realidade durante a capturas de fotos e vídeos para as redes sociais ? O que escolheríamos alterar em nossa realidade ? A nossa aparência, o local onde tiramos as fotos ou quem sabe o som ambiente? Mas como saberíamos o que é real ou não ? Quais seriam os impactos dessa falsa realidade ?
Sobre o autor
Luiz Will Gama é o nome artístico do artista visual Luiz C. Carvalho. Ele tem 31 anos, mora na cidade de Vitória - ES, Brasil. Graduando em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Graduando em Fotografia pela Universidade Vila Velha (UVV) e Produtor Cultural e Designer pelo Centro Estadual de Educação Técnica "Vasco Coutinho" (2012). Atua e produz nas áreas: audiovisual, teatro, produção musical, produção cultural. Interessa-se pelas seguintes temáticas: Fotografia, produção audiovisual, tecnologia, arte, processos alternativos na geração de imagens. É fotógrafo, artista visual, produtor audiovisual, editor e pós produtor de vídeo, atuando há mais de 06 anos no mercado Televisivo no Espírito Santo. No cinema, participou de produções de um longa-metragem e vários curtas-metragens. Trabalhou como editor de vídeo na TV Gazeta (GLOBO-ES) e na TV Tribuna (SBT-ES). Desenvolve atualmente pesquisas independentes na área da fotografia analógica e processos alternativos.
“Sintomas”
Fotografia, Vídeo | 2'18"
Carolina Santana
Brasil, 2017
Sobre a obra
A partir da apropriação de um álbum de fotografias de uma família desconhecida a narrativa se desenrola em uma ficção que remonta e reencena um resgate do passado desconhecido, de pessoas cujas de vozes foram soterradas.
O esgotamento da vida se alia ao esquecimento e abandono das imagens na história, onde os sentimentos e experiências das personagens se combinam ao abandono das imagens e ao resgate da legitimação da memória.
Sobre a autora
Graduada Artes Visuais, pela Universidade do Estado de Minas Gerais – Escola de Design. Investiga processos de apropriação e reinvenção dos corpos e suas ontologias potenciais, em múltiplas linguagens como a videoarte, a fotografia, a escrita, a dança e o desenho. Atua também como consultora e coordenadora de projetos educativos voltados à exposições de arte contemporânea no núcleo criativo Malacaxeta.
“Resílio”
Vídeo | 25'00
Carlosmagno Rodrigues
Brasil, 2018
Sobre a obra
Resílio é uma compilação de imagens de arquivos pessoais geradas principalmente entre 2012 e 2013. Seguida por pensamentos que soam como as abominações de uma “Estrela Errante”, reservada a uma possível claridade das telas. Pensamentos randômicos cinematográficos ressignificam ícones culturais diversos como Sukurov, Trótski, Vertov e até mesmo uma paródia gráfica de “Blackstar” - último álbum de David Bowie - pareado a Hồ Chí Minh, líder revolucionário vietnamita que tem em seu nome a alcunha oficial de "Aquele que ilumina". Um retirar-se sobre si, reduzir-se, recuar, desdizer-se do fazer e pensar cinema na América Latina, uma proposta intoxicada ou uma nova medicina para a alma.
Sobre o autor
Graduado em artes e cinema de animação pela Escola de Belas artes da UFMG, desenvolve trabalhos em vídeo desde 1994.” Seus trabalhos apresentam narrativas autobiográficas onde personagens e situações com ironia e poética, são construções "randômicas" de imagem e pensamento mesclando precariedade visual de imagens caseiras, construções iconográficas de inspiração religiosa, política e guerrilheira, também é designer, crítico e curador pelo TIMELINE:BH Festival Int. de arte eletrônica. Trabalha em regime de ateliê aberto sem patrocínio de instituições.
“LOOPING”
Ficcção | 11'58"
Maick Hannder Lima Porto
Brasil, 2019
Sobre a obra
Os gritos de desespero num parque de diversão anunciam o escândalo que é o amor. Looping, de Maick Hannder, encena, por meio de fotografias, o con- flito de olhares entre o ser que ama e aquele que é amado. Estaríamos nós, também, obcecados por essa personagem, elevada pelo afeto ao estatuto de entidade? No desejo de segurar o momento, as fotografias são animadas, flertando com uma estética de redes sociais, e as hipérboles da paixão retor- nam irresistíveis neste filme. Sem poupar os clichês, o curta é um retrato intenso da coincidência, da vertigem e do acaso que é o início de um amor.
Sobre o autor
Maick Hannder é sócio-fundador da produtora Ponta de Anzol Filmes e graduado em Cinema e Audiovisual pelo Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte. Seu curta "Ingrid" (Maick Hannder, 2016) foi selecionado para mais de 40 Festivais nacionais e internacionais, entre eles o 44º Festival de Cinema de Gramado, 27º Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo e o 31º BFI Flare: London LGBT Film Festival, além de ter sido exibido na TV aberta pela Rede Minas e na TV por assinatura através de um prêmio de aquisição do Sesctv. "Looping" (Maick Hannder, 2019) é seu segundo curta metragem. Em 2017 foi curador de cinema da Mostra de Artes, Cultura e Diversidades do Galpão Cine Horto, Belo Horizonte-MG. Desenvolve seu terceiro curta metragem, “Mãe do Ouro”, contemplado recentemente no edital BH nas Telas 2019. É voluntário no projeto de extensão “UNA-Se Contra a LGBTfobia”.
“AY Aypire”
Vídeo | 5'28"
Melquior Brito
Brasil, 2018
Sobre a obra
Crianças Guaranis Mbyas brincam, brigam, cantam,e dançam em sua tekoa.
Sobre o autor
Cineasta da periferia de São Paulo, um dos fundadores do Coletivo Baluarte Filmes, trabalha com audiovisual há dez anos, já dirigiu e roteirizou mais de 10 curtas-metragens, todos eles realizados de forma independente, com os quais já participou de festivais nacionais e internacionais. Formado em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, em Direção Cinematografica pela Academia Internacional de Cinema e Teatro pelo Escola Recriarte
“Estamos todos Aqui”
Video, GIF | 21'00"
Pedro de Filippis
Portugal, 2019
Sobre a obra
É um GIF de 21 minutos resultado do encontro entre o documentarista Pedro de Filippis com o detento número 70 no presídio de Viana do Castelo em Portugal. A dramaturgia do texto surgido espontaneamente durante os encontros justificam a linguagem dos GIFs cíclicos. A obra provoca a reflexão sobre liberdade, questionando o quanto dela é uma manifestação física ou uma condição da mente.
Sobre o autor: Pedro de Filippis é um documentarista de Belo Horizonte e viveu e dirigiu filmes no Brasil, Portugal, Hungria e Bélgica. Graduou recentemente programa Europeu de mestrado em direção de documentários DOC NOMADS, pelo qual foi aluno de documentaristas e acadêmicos de destaque como Bill Nichols e JP Sniadecki. Os seus filmes exploram o fantástico na não ficção, convocando o transe e ritual através do audiovisual. Atualmente, ele trabalha em seu primeiro longa de co produção internacional “Rejeito” com previsão de lançamento para abril de 2020.
“postal”
Videoperformance | 7'38"
Rafael Amorim
Brasil, 2019
Sobre a obra
Quais os limites entre uma escola de artes e um ponto turístico?
O vídeo, gravado na piscina da escola de artes visuais do parque Lage – zona sul carioca – aparece como provocação para ilustrar o cotidiano do autor, estudante bolsista no curso de formação gratuito oferecido durante o ano de 2019.
A obra é um registro das negociações entre corpos e estruturas, entre quem come e quem paga para comer, entre a fotografia no cartão postal e tudo aquilo que se esconde em seu verso.
Sobre o autor
Rafael Amorim vive e trabalha na cidade do rio de janeiro, é poeta, graduando em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ e pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Existe em trânsito, percorre longas distâncias e trata disso como a metodologia de seu trabalho em artes. Atualmente desenvolve uma pesquisa voltada para as conexões entre as Artes Visuais e a poesia, tendo o território urbano como pano de fundo e experienciando, além da escrita letrada em seu trabalho, também uma variedade de métodos e linguagens como performance e escultura. Em 2019 fez parte da residência artística Terreno Baldio: Experiência n.2 no Centro Cultural da UFMG, onde foi propositor e recentemente foi anunciado como o vencedor do Prêmio Rio de Literatura com seu livro de estreia Como tratar paisagens feridas
SERVIÇO:
Mostra MADA 2020
De 7 de Março a 3 de Abril
Horário de funcionamento
Segunda à Sexta: De 10:00 às 17:00 horas
Sábados: 12:00 às 17:00 horas
Entrada Gratuita
Programação VIADUTO DAS ARTES
Abertura MADA 2020
Sábado, 7 de março - 17:00 - 21:00
Endereço Viaduto das Artes: Av. Olinto Meireles, 45 - Barreiro, Belo Horizonte
Entrada Gratuita
Endereço Viaduto das Artes: Av. Olinto Meireles, 45 - Barreiro, Belo Horizonte
Telefone: (31) 98802-5140
Visitas Agendadas para Escolas e Grupos:
Contato MADA:
Programação MIS Cine Santa Tereza (somente em Abril)
MADA Sessões*
Dia 07/04 - terça-feira - Sessão das 18h às 19h
Dia 08/04 - quarta-feira - Sessão das 18h às 19h
Dia 09/04 - quinta-feira - Sessão das 18h às 19h
Dia 10/04 - sexta-feira - Sessão das 18h30 às 19h30
Dia 11/04 - sábado - Sessão das 19h às 21h30
Entrada Gratuita
* Consultar dia das exibições dos trabalhos, no site: http://www.mada.art.br
Endereço MIS Cine Santa Tereza: R. Estrela do Sul, 89 - Santa Tereza, Belo Horizonte
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