5 dicas para as redes de ensino incluírem a transformação digital na rotina escolar
As TIC’s no setor educacional vão além de oferecer acesso à internet e impulsionar mudanças estruturais e comportamentais sobre o seu uso no cotidiano escolar, também facilita o aprendizado do aluno
As tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) chegam como uma grande aposta das redes de ensino. Isso se dá porque a transformação digital possibilita uma experiência em sala de aula que facilita o aprendizado do aluno. “Este tema na educação se tornou mais evidente com a pandemia, momento em que as escolas tiveram que se adequar ao isolamento social e, ao mesmo tempo, incentivar o ensino. Por isso, as TICs ganharam ainda mais espaço e passaram a ser vistas como aliadas na qualidade do ensino”, comenta Lucas Madsen, Gerente de Soluções Escolares dos Anos Finais e Ensino Médio da Rede Decisão.
No entanto, podem surgir dúvidas entre as redes de ensino sobre como incorporar a transformação digital. Para ajudar nesse quesito, Madsen dá cinco dicas úteis. Confira!
1. Utilize tecnologias que contribuam para cada tipo de aprendizado: quando pensamos sobre o ensino de geografia, por exemplo, as novas tecnologias permitiram o uso de ferramentas como o Google Earth, em sala de aula. Ou seja, ao trabalhar o conteúdo de escalas, por exemplo, o professor não só conta com um mapa que contém uma escala, como também pode “brincar” com essa escala, aumentando ou reduzindo a aproximação e discutindo isso com os alunos. Isso melhor os recursos que já existiam para o ensino. Um terceiro nível foi a própria redefinição do processo de ensino. Neste processo, as tecnologias permitem a realização de atividades que antes não eram concebíveis. Um exemplo é a realização de atividades em que os estudantes manipulam o Google Earth, tiram fotos comparativas e montam juntos um trabalho em um arquivo compartilhado. Isso tudo é compilado em um vídeo feito pela turma. Os estudantes passaram a manipular ferramentas para sua própria aprendizagem, que antes não existiam e, assim, literalmente aprendem de novas formas.
2. É preciso reconhecer que o campo da tecnologia também pode aumentar as desigualdades: se, por um lado, falamos de democratização de certas ferramentas e recursos, por outro, é necessário reconhecer que o campo das tecnologias também pode aumentar as desigualdades. Podemos pensar em três desafios principais que encontramos nas escolas: por um lado, dispor de recursos financeiros para construir uma boa infraestrutura dentro das escolas: salas de aula com internet, bons projetores, tablets, computadores ou outras ferramentas que permitam ao estudante realizar atividades no mundo digital, quando estão na escola. Por outro lado, existe um desafio da própria formação do professor. É necessária a construção de caixas de ferramentas, bem como o treinamento para que os professores de fato saibam como tirar o melhor proveito dos recursos que estão disponíveis para serem implementados em suas aulas. Por fim, é preciso reconhecer que existe um desafio em relação à educação em casa, do estudante. Embora muitas vezes pensemos que as novas gerações já nascem plenamente conectadas ao mundo digital, é importante reconhecer que as habilidades que desenvolvem com as redes sociais são limitadas. Tal como a leitura em casa contribui para o trabalho de alfabetização na escola, ter disponíveis equipamentos em casa e acessar o conteúdo digital de forma crítica e construtiva é importante para a alfabetização digital. Contudo, nem sempre as famílias estão prontas para dar esse suporte, de forma que a escola tem o desafio de dar um salto geracional, permitindo que os estudantes aprendam habilidades que seus responsáveis não dominam.
3. Desenvolva práticas inovadoras junto aos professores: o principal, do ponto de vista do professor, é ter uma percepção clara de que esse processo é tripartite: por um lado, o estudante pode consumir conteúdos vinculado ao mundo digital. Estamos falando de trazer vídeos, depoimentos, animações ou outras ferramentas que tornam mais fácil a aprendizagem. Por outro lado, compreender que os estudantes devem ser participantes do processo. Para isso, é importante terem oportunidades durante as aulas de manusearem as diferentes ferramentas: trabalhar com plataformas colaborativas, postar vídeos, áudios, desenvolver atividades de avaliação entre pares, com práticas de publicar comentários, criar conteúdo para publicação online como textos, fotos… Por fim, a percepção de que todo esse processo pode gerar dados importantes sobre a aprendizagem. As tecnologias educacionais não se resumem a um elemento para tornar as aulas mais lúdicas. Elas permitem novas práticas repletas de intencionalidade pedagógica.
4. Separe outros tipos de mídias/ferramentas virtuais para o aprendizado fora do ambiente escolar: as melhores mídias e ferramentas dependerão da idade do estudante. Temos desde canais do YouTube, que estão repletos de conteúdos interessantes até aplicativos voltados para o desenvolvimento de habilidades. Mesmo dentro de Rede Sociais como Instagram e TikTok possuem bons canais de conteúdo. À medida que amadurecem, podem começar a se interessar por plataformas de aprendizagem mais sofisticadas, como Coursera, sites de aprendizagem de programação, entre outros.
5. A participação da família é fundamental na utilização das TIC’s no aprendizado: Embora o mundo continue mudando e nos surpreendendo com o rápido avanço das tecnologias, as relações humanas e a força de uma comunidade nunca foram tão marcantes e necessárias. Nesse sentido, a relação de parceria entre família e escola continua essencial. É interessante que os responsáveis se envolvam nessa jornada com seus filhos, aprendendo mais sobre as tecnologias e incentivando o uso responsável dos dispositivos eletrônicos. A participação da família é essencial para que os jovens aprendam sobre os momentos de utilizar ou não seus eletrônicos, mas também para que desenvolvam competências essenciais para o século XXI com responsabilidade e senso de ética.
Sobre a Rede Decisão
A Rede Decisão é um grupo educacional brasileiro fundado em 1984 e responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação básica (“K-12”). O grupo tem 15 unidades localizadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. E, atualmente, conta com cerca de 7.000 alunos e ocupa o 8º lugar no Brasil em número de alunos na Educação Básica. A companhia educacional também prepara alunos para o Ensino Superior, o desenvolvimento pessoal e profissional, promove um ambiente de diversidade e busca criar impacto positivo nas comunidades do entorno.
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