Fundação Jacobs investiu U$ 44 milhões para apoiar edtechs

A Fundação Jacobs convocou investidores, empresas de edtech e academias do Brasil e do mundo para aprofundar sua colaboração e apoiar mais pesquisas no desenvolvimento de novos produtos de tecnologia educacional. A Fundação também pediu aos fundos de capital de risco edtech que façam maior uso de métricas na tomada de decisões de investimento, depois que as startups brasileiras, desse segmento, receberam um total combinado de mais de US$ 550 milhões em financiamento de capital de risco no ano passado.

A Fundação Jacobs fez esta chamada antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial de maio em Davos, na Suíça, onde os líderes mundiais se reunirão sob o tema “Trabalhando juntos, restaurando a confiança”. Eles analisarão o papel da cooperação público-privada na reconstrução da confiança e na formação de um futuro mais sustentável. Isso ocorre, pois a pandemia interrompeu o aprendizado de mais de 1,5 bilhão de estudantes em todo o mundo.

Para ajudar ainda mais nesse projeto, a Jacobs Foundation investiu US$ 44 milhões globalmente para promover uma maior cooperação entre investidores de edtech, start-ups e pesquisadores. Esses apoiadores se reunirão em maio, deste ano, na Conferência Unlocking the Impact of Edtech da Jacobs Foundation na Alemanha, onde discutirão maneiras de fazer um melhor uso de métricas em edtech.

Globalmente, os analistas preveem que até US$ 150 bilhões em capital de risco podem ser aplicados em edtech até o final desta década. A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em seu Digital Education Outlook 2021, pediu mais evidências sobre como a tecnologia beneficia a aprendizagem e como ela deve ser avaliada. Um estudo publicado no início deste ano pela Digital Promise, organização sem fins lucrativos dos EUA, descobriu que os produtos baseados em pesquisas em ciências da aprendizagem têm maior probabilidade de melhorar continuamente e atender às necessidades de alunos e educadores.

Fabio Segura e Simon Sommer, co-CEOs da Jacobs Foundation, disseram:

“Com montantes expressivos de investimento no setor de edtech brasileiro, não devemos perder de vista o que realmente importa: se essas inovações realmente beneficiam o aprendizado das crianças.”

“Hoje estamos pedindo uma mudança de cultura na edtech. As comunidades brasileiras de investimento e pesquisa devem trabalhar juntas e com parceiros ao redor do mundo para integrar mais evidências no desenvolvimento de produtos de edtech. Esta será uma vitória para todos. Investidores tomarão as melhores decisões, startups que colaboram com pesquisadores melhorarão seus produtos e estudantes terão acesso a edtech que beneficia seu aprendizado. Não há mais tempo a perder, já que os alunos foram prejudicados durante a pandemia do Covid-19”.

Para preencher a lacuna entre o aprendizado de ciências e edtech, a Jacobs Foundation destinou, cerca de, US$ 44 milhões para três iniciativas de interligação em todo o mundo. Sendo elas: Learning Edtech Impact Funds (LEIF), com US$ 33 milhões por meio dos principais fundos de capital de risco de edtech que estão comprometidos em investir em projetos apoiados por pesquisas. Esses fundos de capital de risco de parceiros incluem: BrightEye Ventures, Educapital, Learn Capital, New Markets Venture Partners, Reach Capital, Rethink Education, Sparkmind.vc, Owl Ventures e Kaizenvest.

Os fundos trabalharão com o recém-lançado centro de pesquisa edtech Connecting the Edtech Research EcoSystem (CERES), da Fundação Jacobs na Universidade da Califórnia Irvine. A CERES colaborará com empresas de edtech e produzirá pesquisas científicas de ponta sobre como as crianças aprendem por meio da tecnologia. A Fundação Jacobs concedeu à CERES uma doação de cinco anos de US$ 11 milhões para reunir especialistas em ciência da computação, interação humano-computador, educação e psicologia.

Para apoiar ainda mais uma mudança em grande escala para investimentos baseados em resultados, a Jacobs Foundation liderará a EdFIRST – uma proposta de aliança de fundações líderes que trabalharão juntas para incentivar o uso de métricas nas decisões de investimento em edtech. Fabio Segura e Simon Sommer acrescentaram: “Esta aliança, em última análise, quer fortalecer o ecossistema de edtech e apoiar uma mudança em larga escala para investimentos de impacto em edtech, o que moldará a política educacional globalmente até 2030 e além”.

Marie-Christine Levet e Litzie Maarek, Sócias Fundadoras da Educapital, disseram:

“Nesta conjuntura histórica na educação, temos a oportunidade de moldar o impacto da tecnologia na aprendizagem e nas escolas. Ao combinar nosso profundo conhecimento do ecossistema de startups com a experiência dos pesquisadores em testar como as inovações realmente beneficiam o aprendizado, podemos garantir que o financiamento seja direcionado para inovações que farão uma diferença real no aprendizado das crianças.”

A Dra. Gillian Hayes e a Dra. Candice Odgers, co-líderes da Connecting the Edtech Research EcoSystem na University of California Irvine, disseram:

“De IA a VR, a edtech é um campo de crescimento incrivelmente rápido. Esperamos fortalecer os laços dentro do vibrante ecossistema de edtech, em particular colaborando com investidores e empresas de edtech para incorporar pesquisas no desenvolvimento e avaliação desse segmento. Trabalhando juntos, seremos capazes de realmente capturar a grande promessa da edtech.”

Notas para os editores:

A Fundação Varkey acredita que toda criança merece um ambiente de aprendizagem vibrante e estimulante que desperte e apoie todo o seu potencial. A fundação acredita que nada é mais importante para alcançar isso do que a paixão e a qualidade dos professores. Eles apóiam a capacidade de ensino global e semeiam excelência e inovação na próxima geração de educadores. Eles também fundaram o Prêmio Professor Global para destacar o trabalho incrível que os professores realizam em todo o mundo. Para mais detalhes: www.varkeyfoundation.org
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