Paixão pela medicina faz jovens de São Paulo (SP) estudarem na Rússia
Baixo custo das mensalidades e a oportunidade de viver um sonho em outro país estão entre os motivos para estudantes encararem o desafio
Se a pandemia alterou a maneira de ter aulas, o “novo normal” consolidou uma tendência que vinha crescendo nos últimos anos. Hoje, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), cerca de 302 mil estudantes vivem fora do país, uma marca 23% maior do que antes da Covid-19. A alta da procura se explica: além de mais barato, estudar fora é um diferencial no currículo e um sonho realizado para muitos estudantes.
Este é o caso de Eduarda Borges Amaral e de Marcio Francisco de Souza, alunos do 2º ano da Universidade Médica Estatal de Kursk, a KSMU, localizada em Kursk, a cerca de 500 km da capital Moscou. Cursando economia em outra faculdade do Brasil, Marcio viu a oportunidade de realizar um sonho antigo e não pensou duas vezes para ir à Rússia. “Eu conheci a universidade por meio de um canal no YouTube e acabei me interessando porque o preço era bem atrativo. Se eu fosse passar 1 ou 2 anos em cursinho e desembolar uma grande quantia para estudar, ficaria inviável. Entrei em contato com a Aliança Russa e apostei na aventura”, explica.
Já Eduarda tem um irmão no 5º ano da KSMU. A primeira visita a Kursk, como turista, conquistou a estudante. “Agora, como aluna, vim com a cabeça aberta sabendo que haveria alguns “poréns” da experiência: estudar muito, viver longe da família, ter que aprender uma nova língua”, diz. Para a jovem, uma das principais diferenças que já está no método de aprendizagem. “No Brasil, você vai para a aula, o professor ensina a matéria do dia e você só vai estudar perto da prova. Aqui não. Você estuda todo o conteúdo do dia e quando chega a hora da aula, o professor vai perguntar o que você estudou”, conta.
Para Marcio, a metodologia também foi um pouco complexa no começo, mas, segundo o estudante, é uma dificuldade passageira. “A cada dia vai melhorando um pouquinho. É preciso só um pouco de paciência”, garante.
Estudando em formato EaD (ensino a distância) desde 2020, a chegada à Rússia trouxe novos ares à jornada dos estudantes. Para Eduarda, os primeiros contatos práticos com a medicina na prática foram marcantes. “Quando estive na primeira aula presencial usando jaleco e o Second Shoes [calçado adequado à prática de medicina] me emocionei. Em questão de didática, de interação com o professor, convivência com os colegas é muito melhor no presencial”, diz. Sobre as dificuldades na língua, a estudante não se intimida. “Pretendo me formar sabendo falar russo. Não almejo sair fluente, mas quero saber o suficiente para me entenderem e para eu entender as pessoas”, explica
Já para Marcio, em virtude de a universidade contar com aulas de russo na grade curricular, o aluno já chega preparado para enfrentar o dia a dia. “Como eu fiz três semestres de russo, eu já sei alguma coisinha e consigo desenvolver a conversa. Mas quando aperta, eu tento me virar usando tradutor”, confessa. Sobre o retorno das aulas presenciais, o estudante é categórico: “O que tiver que fazer eu vou fazer! Estou bem animado!”
Os jovens viajaram ao país europeu com a Aliança Russa. Representante oficial das universidades russas no Brasil desde 2005, a instituição é responsável pelo embarque de todos os estudantes. Seu trabalho consiste na seleção dos candidatos, no processo de orientação da faculdade, no recolhimento da documentação necessária para permanência legal na Rússia, na obtenção da vaga, inscrição na universidade e na assessoria durante a viagem.
Baixo custo
Além da qualidade do ensino, a questão do custo também é um chamariz para estudantes brasileiros. Isso porque o governo russo subsidia os alunos estrangeiros que vão para o país estudar, o que diminui consideravelmente os preços. O semestre sai por aproximadamente US$ 3.100 (cerca de R$ 2.700 por mês, considerando o câmbio do dia 07 de fevereiro. O valor é fixo até o aluno se formar), incluindo hospedagem e seguro médico. Valor muito inferior ao cobrado pelo curso no Brasil.
Ao voltar para o país o estudante submete o diploma ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, o Revalida, que é um procedimento padrão para qualquer aluno que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Cerca de 80% dos estudantes obtêm o registro no Conselho Regional de Medicina no mesmo ano em que chegam.
Segundo Carolina Tellez, diretora da entidade, hoje perto de 500 estudantes de medicina na KSMU são brasileiros. As turmas têm apenas 12 alunos cada e as aulas são integrais, com professores bem rígidos. Ser responsável, ter boas notas e ainda realizar as atividades extracurriculares solicitadas são fatores fundamentais para ter sucesso na universidade. As vagas para os próximos semestres estão abertas. As inscrições podem ser feitas pelo site www.aliancarussa.com.br. Para dúvidas ou mais informações entre em contato pelo WhatsApp (11) 98120-8208.
Serviço:
Aliança Russa de Ensino Superior
Edif. Prime Office Park
Rua Adib Auada, 35, Sala 113-B
Granja Vianna – Cotia / SP
CEP: 06710-700
Telefone: (11) 4551-3836
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