Esforços buscam manter educação ativa durante quarentena

Sala Betha tem sido um dos espaços utilizados nas atividades virtuais

O momento atual exige esforços pela valorização da educação, algo fundamental para passar pelo atual momento de distanciamento social e também para pensar no futuro pós coronavírus. A palavra reinvenção parece se aplicar bem ao momento e esse processo tornou-se mais do que fundamental, seja para o estudante ou para o professor.

Os números ajudam a entender melhor como a relação com os estudos precisou mudar e o quanto essa postura certamente ditará novas formas para as instituições de ensino superior promover o ensino-aprendizagem. Na Unoeste, por exemplo, já foram mais de 11.100 atividades e recursos on-line no Aprender (plataforma digital da universidade), nesse período de quarentena, sendo mais de 15 mil horas de aulas por meio de lives ou com conteúdos gravados em vídeo, além de mais de 38.600 interações simultâneas nas atividades.

Para os professores, a mudança de postura envolve também a disponibilidade e organização nas rotinas diárias para o trabalho home office. A presença física foi substituída pela virtual e por meio de diferentes canais de comunicação.

“São mais de 700 professores que estão empenhados em dar continuidade ao calendário escolar e que realmente não estão medindo esforços para atender aos alunos com qualidade. É uma realidade a qual certamente não escolhemos, mas que temos que enfrentar e estamos preparados para uma nova postura que o mercado de trabalho certamente nos conduzirá daqui para frente”, diz o pró-reitor Acadêmico da Unoeste, José Eduardo Creste.

Experiências são compartilhadas em todas as áreas do conhecimento. A professora Milena Colonhese, por exemplo, tem potencializado a tecnologia a serviço da educação dos futuros profissionais da saúde, com um trabalho que muitas vezes repercute além da academia.

Uma estratégia que serve até para orientações sobre protocolos mundiais em saúde, utilizados no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), usando a estrutura do Laboratório de Habilidades e Simulação (LHabSim) da Unoeste para aulas virtuais. “Aproveitamos a enorme estrutura que a universidade nos proporciona. Fizemos algumas aulas em formato de lives dos conteúdos práticos e essenciais para o momento, como lavagem das mãos, paramentação e desparamentação, intubação orotraqueal ao paciente com diagnóstico de Covid-19 e medidas e prevenção para a doença. Nossos estudantes acompanharam em tempo real, participando ativamente e tirando suas dúvidas. Depois, o link foi disponibilizado nas plataformas digitais (YouTube), circulando e atingindo várias instituições e outros profissionais da saúde. É muito gratificante ver que uma atividade local circulou auxiliando na capacitação de vários profissionais em um momento tão delicado que passamos hoje na saúde mundial”, relata a docente.

É um desafio diário em busca de manter os universitários no constante processo de evolução para a formação profissional, mas também com novas oportunidades à população em geral, motivando o aprendizado constante mesmo diante do cenário atual, segundo informa o pró-reitor Administrativo da Unoeste, Guilherme de Oliveira Lima Carapeba. “Os cursos livres gratuitos pela internet e as palestras pelo nosso canal do Youtube possibilitam não deixar de lado a capacitação e percebemos que as pessoas estão aproveitando as chances oferecidas”, revela. São mais de 10 mil matrículas nos cursos livres e mais de 6 mil visualizações nas primeiras palestras no canal do Youtube.

Responsabilidade social

Entre os diferentes serviços prestados à comunidade se destacam os mais de 1.100 atendimentos pelo projeto Telessaúde, com orientações à população por meio de professores e alunos dos cursos de Enfermagem e Medicina, evitando aglomerações nos serviços de saúde; e a produção de mais de 2.500 litros de álcool em gel para atender a comunidade interna, sendo parte do produto doado para entidades hospitalares e sociais.