Brasil é o quarto maior mercado de beleza do mundo
A cada hora, 30 empresas do setor abrem no país, conforme levantamento do Sebrae
Entre janeiro e setembro de 2024, mais de 170 mil pequenos negócios voltados para a área de beleza e estética foram abertos no Brasil, incluindo serviços de manicures, cabeleireiros, clínicas estéticas e lojas de cosméticos. Os dados são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O número equivale a uma média de quase 30 novas empresas abertas por hora, consolidando o país como o quarto maior mercado global do setor, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.
Outro levantamento compartilhado pelo Sebrae aponta que, no último ano, o mercado de beleza no Brasil movimentou, aproximadamente, US$ 27 bilhões. A projeção é que o valor chegue a US$ 32 bilhões até 2027, conforme estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e da plataforma Statista.
Com a expansão, a expectativa é que o mercado de beleza se consolide como um importante gerador de empregos no país, se destacando como os segmentos mais rentáveis os cuidados com a pele, as fragrâncias e os cosméticos.
Mercado de trabalho aquecido para os profissionais da área
O aumento da demanda por serviços especializados impulsiona a procura por profissionais qualificados. Segundo levantamento do portal de empregos Indeed, áreas como depilação, estética facial e massagem modeladora estão entre as mais promissoras.
Profissionais da depilação podem atuar com técnicas variadas. Para trabalhar na área, é preciso fazer um curso técnico, livre ou profissionalizante. De acordo com o Indeed, o salário-base médio dos profissionais é de R$ 2 mil, variando de acordo com a localização, como acontece com os valores dos serviços prestados. O preço da depilação em São Paulo e em outras capitais tende a ser mais alto do que em cidades menores, do interior.
A profissão de esteticista é apontada como uma das mais versáteis do mercado de estética. Tratamento de linhas de expressão, limpeza de pele, celulite e terapias faciais são algumas das possibilidades de atuação, assim como as técnicas que melhoram o bem-estar, como a nutrição da pele e a drenagem linfática.
A média salarial para esteticista é de R$ 2.069 mensais, mas o valor também varia de acordo com a especialização escolhida. Para ingressar no ramo, é possível fazer cursos técnicos em estética, profissionalizantes e graduações, como tecnólogos.
Considerando que os procedimentos de massagem podem ser estéticos ou usados para promover o relaxamento, tratar e reabilitar os músculos e aliviar o estresse muscular e mental, as informações do Indeed mostram que os serviços para massagistas estão em alta.
Ao procurar por sessão de massagem modeladora em São Paulo, por exemplo, é possível encontrar uma variedade de SPAs e clínicas que oferecem o serviço. O Indeed indica que os interessados em atuar como massagista, que têm o salário-base médio de R$ 2.612 mensais, precisam fazer cursos sobre as diferentes técnicas de massagem.
Conheça as tendências para o setor
De acordo com o levantamento do Sebrae, a preocupação com sustentabilidade tem sido cada vez maior no mercado de beleza. Os consumidores estão mais atentos à composição dos produtos, buscando opções com fórmulas livres de substâncias tóxicas, embalagens recicláveis e produção ética.
Esse movimento fortalece a tendência da “beleza limpa”, na qual ingredientes que respeitam o meio ambiente e cuidam do microbioma da pele, como prebióticos e probióticos, ganham espaço. Além disso, produtos formulados para se adaptar a diferentes condições climáticas estão se tornando mais populares, atendendo consumidores que enfrentam variações extremas de temperatura e umidade.
O Sebrae também aponta a “Belez-IA” como uma das principais tendências do setor em 2025, que utiliza Inteligência Artificial (IA) para oferecer experiências personalizadas de beleza.
O uso de tecnologias, como aplicativos de diagnóstico de pele em tempo real e espelhos inteligentes, tem se tornado mais comum, permitindo que os consumidores recebam recomendações para os cuidados diários.
O levantamento mostra que, no Brasil, 62% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos altamente personalizados, que atendam às necessidades individuais. No contexto do país, no qual há diversidade de tipos de pele e condições climáticas, que afetam a saúde da pele e dos cabelos, essas inovações são vistas como “muito relevantes”.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>