Capital de giro: como calcular e controlar
*Por Gustavo Spinola
O capital de giro nada mais é do que a quantidade de dinheiro que a empresa precisa para desenvolver suas operações rotineiras de compra, venda e pagamento de funcionários, impostos e outras despesas sem que haja a necessidade de fazer novas captações com bancos ou aportes de investidores. Desta forma, existem dois jeitos para se calcular o capital, a primeira e mais tradicional é aquela que busca orçar a quantidade de dias para pagar ou receber, enquanto que a segunda pode ser medida como um percentual das receitas.
E para que uma empresa consiga se antecipar e controlar de forma adequada o seu orçamento, a RG5, consultoria especializada em gestão e potencialização de PMEs traz dicas para saber calcular corretamente o capital de giro.
Defina os limites de cada área: estabeleça previamente quais são os limites das áreas comerciais, produtivas e compras, analisando qual o prazo máximo para parcelamento, os dias de estoque por produto e os prazos mínimos de compras, respectivamente. Com isso a empresa conseguirá estabilizar as raízes de oscilações do capital de giro.
Entenda a necessidade do capital de giro: conheça a fundo as contas do seu negócio e identifique quais são os dias ou o percentual da receita que precisa ser separado para capital de giro.
Mantenha seu planejamento estratégico e orçamento em dia: saber definir e entender o impacto integrado das metas comerciais em todas as áreas da organização ajuda as equipes a se prepararem de maneira adequada, tanto em relação as compras, quanto em relação ao nível saudável de estoque de maneira que não ocorram gastos desnecessários ou excessivos.
Desenvolva mecanismos de alinhamento entre as equipes: é comum encontrar empresas que tenham dificuldades em implementar decisões por falta de alinhamento entre as áreas, portanto, evite que este problema interfira no resultado dos seus negócios e organize reuniões recorrentes de alinhamento, assim sua empresa previne ações de última hora, em geral mais caras.
Mantenha relacionamento com os bancos ou outras fontes de investimentos: as principais fontes de financiamento de uma empresa são os sócios, o fluxo de caixa gerado pelo próprio negócio ou os bancos. Nos dois primeiros casos a empresa pode definir internamente, porém, com os bancos é recomendado que o relacionamento seja transparente apresentando os planos de crescimento, resultados e necessidades de capital, assim são evitadas situações de stress financeiro e taxas elevadas.
Em geral, o aumento do faturamento está diretamente ligado a necessidade de capital, e a falta pode gerar sérios problemas para o negócio. É sempre bom se organizar financeiramente para suportar todas as contas por um tempo e saber que não estar preparado pode ter consequências terríveis para os negócios.
Resumindo, uma empresa que não vende simplesmente fecha as portas, mas uma empresa que não tem caixa pode entrar em falência, portanto, é necessário tomar cuidado com tudo aquilo que influência diretamente o fluxo de caixa, como exemplo, o capital de giro.
*Gustavo Spinola, sócio fundador da RG5, consultoria especializada em gestão e potencialização de PMEs.
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