Incidentes e falhas na Saúde podem ser compensados com seguros ‘RC’
Incidentes e falhas na Saúde podem ser compensados com seguros ‘RC’
Uma pesquisa de 2015 comprova que incidentes e falhas no setor de Saúde causam mais mortes no Brasil do que o câncer.
Uma evolução do setor de seguros contribui para amenizar os prejuízos financeiros e também o risco de um profissional de Saúde vir a perder seu registro junto às entidades reguladoras, em caso de incidentes e falhas no atendimento a pacientes. Além disso, os pacientes também podem contar com coberturas financeiras se for comprovado que foram prejudicados pelo eventual erro dos profissionais.
“O seguro de responsabilidade civil (RC) pode ser contratado individualmente por enfermeiros, médicos, nutricionistas e demais profissionais do setor para coberturas a erros de diagnóstico e procedimentos, além de cobrir gastos com a defesa em casos judiciais”, explica Luiz Carlos Gama Filho, diretor de Consórcios e Seguros da Bancorbrás.
Os valores desta modalidade de seguro variam de acordo com a especialidade e não é extensivo aos cirurgiões plásticos, em razão do alto risco dessa atividade: uma cobertura de R$ 100 mil para médico em geral custa R$ 1.481, válido por um ano. Este valor pode ser pago em até quatro vezes. Já para um endocrinologista ou um enfermeiro, por exemplo, o mesmo valor de cobertura (R$ 100 mil) exige um valor bem menor: R$ 596 por um ano de seguro; já para um cirurgião cardiovascular, o valor sobe para R$ 1.616,00.
“Praticamente qualquer ação indenizatória suplanta em muito o valor a ser pago por uma cobertura adequada por 365 dias, como os exemplos anteriores demonstram. Os casos de erros médicos e outras falhas podem custar vidas e também a eventual cassação dos registros para atuar em Saúde. Estamos realizando uma campanha junto a esse público para conscientizá-los do alto risco a que estão expostos”, diz Luiz Carlos.
Uma pesquisa de 2015 comprova que incidentes e falhas no setor de Saúde causam mais mortes no Brasil do que o câncer. O estudo foi elaborado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). “Segundo o documento, a cada três minutos cerca de dois brasileiros morrem em um hospital por consequência de um erro. Portanto, o seguro de RC para profissionais de saúde é um alento a esses profissionais e também aos pacientes”, acrescenta Luiz Carlos.
O estudo aponta falhas que vão desde erro de dosagem ou de aplicação de medicamentos até uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar. Seus autores estimam que as mortes de pacientes chegam a 1.000 ao dia, ou seja, uma estatística mais volumosa do que a provocada por doenças cardiovasculares e câncer que, em 2013, mataram 339.672 e 196.954 pessoas respectivamente.
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