Pesquisa Global sobre Gestão de Riscos 2017 da Aon conclui que uma volatilidade sem precedentes traz maior urgência e complexidade a riscos antigos
A pesquisa bienal examina a economia, demografia e geopolítica, além dos avanços tecnológicos, responsáveis por criar uma nova realidade para empresas no mundo todo
· O dano à reputação/marca é a principal preocupação das empresas, exacerbada pelas redes sociais
· Riscos/incertezas políticas retornam à lista “top 10”, impulsionados em grande medida pela escalada de turbulências em todo o mundo
· O crime cibernético ocupa a primeira posição nas preocupações das empresas da América do Norte
· As tecnologias disruptivas/inovação devem ocupar a lista de riscos “top 10” até 2020
· A prontidão para lidar com riscos ocupa os índices mais baixos desde o início da pesquisa, em 2007
As tendências na economia, demografia e geopolítica, além dos avanços tecnológicos, têm transformado os riscos tradicionais nas empresas globais, acrescentando maior urgência e complexidade a desafios antigos, de acordo com a Pesquisa Global sobre Gestão de Riscos 2017 da Aon (Aon’s) (NYSE:AON).
O dano à reputação/marca permanece como o maior risco às empresas. Embora os produtos com alguma falha ou defeito, as práticas comerciais fraudulentas e a corrupção continuem sendo as ameaças mais importantes à reputação/marca, as redes sociais têm amplificado seu impacto, tornando as empresas ainda mais vulneráveis. Além disso, os riscos tradicionalmente não seguráveis vêm se tornando mais voláteis e de difícil preparação e mitigação.
Com elevação significativa, da nona para a quinta posição, o crime cibernético se une a uma longa relação de causas tradicionais, podendo desencadear interrupções de atividades e altos custos. Com o aumento da frequência de violações cibernéticas, esse risco ocupa a primeira entre as empresas da América do Norte. Os planos de resposta a incidentes se tornaram mais complexos devido à regulamentação e aos requisitos de divulgação obrigatória. Essa tendência de requisitos de divulgação é também observada mundialmente, por exemplo, na entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção a Dados da União Europeia, em 2018. Como consequência, a preocupação com o crime cibernético deve continuar alta nas empresas.
Riscos/incertezas políticas, antes elencados na 15ª posição, agora retornam à lista de riscos “top 10”, na nona posição. Ao mesmo tempo, a prontidão para riscos caiu de 39% em 2010 para os atuais 27%. É interessante observar o fato de nações desenvolvidas, tradicionalmente associadas à estabilidade política, se transformarem em novas fontes de volatilidade e incertezas. Desta forma e de acordo com o último Mapa de Riscos da Aon de 2017 (2017 Risk Maps), incluindo Riscos Políticos, Terrorismo e Violência Política, o protecionismo comercial vem crescendo junto com os mais altos índices de terrorismo e violência política desde 2013.
“Vivemos uma realidade nova e desafiadora para empresas de todos os portes e no mundo todo. Muitas influências emergem e criam novas oportunidades, mas também criam riscos que precisam ser gerenciados”, afirma Rory Moloney, CEO da Aon Global Risk Consulting. “Com a evolução do cenário de riscos, as empresas não podem mais contar apenas com a atenuação de riscos ou com táticas de transferência de riscos. Elas precisam adotar abordagens multifuncionais na gestão de riscos e investigar novas formas de lidar com essas complexidades”.
As tecnologias disruptivas/inovação foram consideradas riscos emergentes, classificadas pelos participantes da pesquisa na 20ª posição este ano. A estimativa, porém, é que esses riscos passem a ocupar a lista “top 10” até 2020. Devido à recente introdução e adoção de novas tecnologias, como drones, veículos sem motoristas e robótica avançada, as empresas estão cada vez mais sensíveis ao impacto da inovação. Os participantes de diversos setores – não apenas dos setores de tecnologia – enxergam o risco de tecnologias disruptivas, dentro e fora de suas áreas de atuação.
Conclusões Relevantes:
· O crescimento global moderado ofereceu motivos para um otimismo cauteloso das empresas, o que resultou no enfraquecimento econômico/recuperação lenta, caindo para a segunda posição na lista de riscos “top 10”.
· O aumento da concorrência subiu para a terceira posição neste ano. Em muitos casos, a concorrência se tornou feroz a ponto de os executivos terem dificuldade cada vez maior em identificar com clareza em qual setor e com que concorrentes se trava a competição.
· Danos materiais, elencados na décima posição em 2015, caíram para a 13ª posição. Esse fato pode ser reflexo da mudança de prioridades, ocasionada pela maior urgência dos riscos/incertezas políticas.
· Distribuição ou cadeia de suprimentos caiu ao seu mais baixo nível desde 2009, da 14ª posição para a 19ª posição.
· A interrupção de negócios continua sendo um tema de grande preocupação, mas de menor impacto em determinadas regiões.
· A incapacidade em atrair ou reter talentos pode se acentuar caso as políticas de imigração sejam alteradas na América do Norte e Europa onde as empresas de tecnologia têm se utilizado o intercâmbio de trabalho, atraindo talentos de todas as partes do mundo.
Realizada no último trimestre de 2016, a Pesquisa Global sobre Gestão de Riscos 2017 da Aon recebeu contribuições de 1.843 entrevistados de empresas públicas e privadas em todo o mundo. Essa foi a maior participação desde o início da pesquisa, e a mais abrangente do gênero. O relatório completo está disponível em: www.aon.com/2017GlobalRisk.
Resumo
Sobre a Pesquisa Global sobre Gestão de Riscos 2017
A Pesquisa Global sobre Gestão de Riscos 2017 tem o objetivo de oferecer às empresas os insights necessários à concorrência em um ambiente de negócios cada vez mais complexo. Conduzida a cada dois anos, a pesquisa reuniu contribuições de 1.843 participantes de empresas públicas e privadas em todo o mundo. As conclusões da pesquisa de 2017, realizada em dez idiomas para vários países, destacam a batalha das empresas frente a novos riscos e as diferenças de opinião sobre as melhores formas de priorização e resposta a esses riscos.
Os dez principais riscos:
Dano à reputação/marca
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Aumento da concorrência
Mudanças regulatórias/legislativas
Crime cibernético/hacking/vírus/códigos maliciosos
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Interrupção de negócios
Riscos/incertezas políticas
Responsabilidade civil profissional (inclusive E&O)
Sobre a Aon
A Aon plc (NYSE:AON) é um fornecedor líder global de gestão de riscos (risk management), de corretagem de seguros e resseguros (reinsurance), soluções e recursos humanos (human resources). A Aon une para capacitar os resultados para clientes em mais de 120 países através de soluções inovadoras de risco e pessoas. Para mais informações sobre nossas capacidades e para saber como capacitamos resultados para clientes, visite: http://aon.mediaroom.com.
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