Seguradores da África do Sul temem rebaixamento da S&P
Associação de seguradoras prevê impactos negativos na inflação, juros, investimentos diretos e na demanda de seguros
A Associação de Seguros da África do Sul (SAIA, sigla em inglês) demonstrou clara preocupação com o rebaixamento da nota de classificação do país pela Standard & Poor, para BB +, prevendo implicações negativas para a atividade seguradora, economia e o conjunto da sociedade a curto, médio e longo prazos.
Diretor-executivo da SAIA, Viviene Pearson afirmou que os seguradores estão muito preocupados com os últimos fatos, assinalando que a decisão da S&P, com o viés de perspectiva negativa, pode resultar em uma nova redução da classificação em moeda estrangeira e em impacto negativo na classificação em moeda local.
"O rebaixamento da classificação", diz Pearson, "afetará a capacidade do governo de aumentar a dívida no mercado externo, obtendo taxas mais desfavoráveis. Segundo ele, os desembolsos já significativos da dívida aumentarão, e o investimento direto estrangeiro será ainda mais reduzido. Em consequência, haverá perdas de postos de trabalho, aumento da inflação e altas taxas de juros, exercendo ainda mais pressão sobre consumidores e empresas já pressionadas".
As preocupações foram reforçadas por outra agência de rating- a Moody's da África do Sul colocou sua nota em revisão de downgrade, após o anúncio da S&P. A notícia do downgrade provocou desvalorização da moeda local, o rand, em relação às principais moedas e provavelmente terá um impacto negativo na Bolsa de Valores de Joanesburgo (JSE). "As consequências serão sentidas por muitos anos. Esta é uma má notícia para todos os sul-africanos e empresas. Para o setor dos seguros a curto prazo, em particular, isto significa que o custo das peças de motor, que são na sua maioria importadas, aumentará exponencialmente, o que provavelmente irá conduzir a um aumento dos custos de reparação seguido de um aumento dos prémios para os segurados; além de um custo de vida já maior para os consumidores", assinalou.
Os produtos de seguros de curto prazo podem se tornar menos acessíveis, o que expõe os consumidores a riscos financeiros em caso de perda ou danos aos ativos, acrescentou. Além disso, as oficinas mecânicas, a indústria da construção e outros setores sentirão a pitada de trabalho potencialmente menor, levando a perdas de emprego. "Tudo isso é algo que nosso país não pode pagar numa época em que a economia está crescendo no ritmo mais lento desde a recessão de 2009 e com a taxa de desemprego oficial em 27%. O que precisamos é de estabilidade macroeconômica e certeza política, para promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável”, disse ele.
Este downgrade de rating também significa baixa confiança dos investidores - algo que o governo, empresas e o trabalho organizado têm trabalhado duro para evitar nos últimos 16 meses. "Estamos nos juntando ao apelo para que todos os líderes do governo, dos negócios, do trabalho e da sociedade civil, que tenham o interesse do nosso país e de todos os seus cidadãos no coração, trabalhem juntos. O que precisamos é de uma África do Sul que esteja no caminho certo para alcançar um ambiente político, social e econômico estável e sustentável para todos os sul-africanos", finalizou.
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