O Relatório Trimestral de Inflação, documento do Banco Central publicado nesta quinta-feira, afirma que “a consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom”.

Esta afirmação em prol de um ritmo mais intensificado de corte dos juros reforça a aposta de que, em abril, quando haverá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), haverá uma redução de pelo menos um ponto percentual na Selic.

Neste relatório de inflação, o BC previu alta de 4% do IPCA em 2017, cada vez mais distante do centro da meta oficial, de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em 2018, permanece a variação de 4,5% de alta do IPCA.

Como o mercado, o BC também piorou a perspectiva para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano, limitando o crescimento a 0,5%, contra 0,8% da projeção anterior. Algo que tem relação direta com o nível ainda elevado de ociosidade, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego.

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