Os novos números para a saúde suplementar
O mercado de saúde suplementar recebeu como bálsamo a divulgação pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS dos dados do setor de saúde suplementar de fevereiro de 2017. Os números mostram um leve crescimento do número de vidas em relação ao mês de janeiro de 2017.
Porém, o comparativo mês a mês é sujeito à variáveis de sazonalidade que podem conduzir a uma análise prematura do cenário. Analisando os últimos doze meses, no comparativo com fevereiro de 2016, fica claro que o setor tem muito ainda a crescer para efetiva recuperação dos números. Vale aqui trazer os dados divulgados pela Agência.
Número de beneficiários assist. médica
Entre janeiro e fevereiro de 2017 o crescimento no número de beneficiários de planos de assistência médica verificou-se somente para os planos coletivos empresarias. Para os demais tipos de contratação, o que que registra ainda é a evasão do sistema.
Outro dado interessante, divulgado pelo IESS em seu boletim “Saúde Suplementar em Números” ( https://goo.gl/mn3EY0 ), mostra que o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares com 59 anos ou mais cresceu 1,6% em 2016, diante de uma queda de 2,8% do setor como um todo no ano passado.
Um dado muito importante que a Sala de Situação trouxe e foi pouco destacado é a sinistralidade acumulada de 86,2%. Em outra palavras, a relação entre despesas assistenciais e o total das receitas com operação de planos de saúde (contraprestações efetivas) mostra que as receitas estão 80% comprometidas com as despesas relacionadas à prestação do serviço de saúde privada, sem contabilizar as despesas administrativas. Tal dado mostra como é preocupante o cenário.
O momento é de cautela, mas também de muitas expectativas para o crescimento do setor. As nuances de melhoria, especialmente para o setor empresário, já vêm sendo destacadas, como a volta da criação de empregos com carteira assinada após 22 meses seguidos de resultado negativo, conforme dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) em março de 2017. E a retomada do crescimento dos empregos reflete diretamente no setor da saúde suplementar, que tem como seu motor os planos coletivos empresariais.
As operadoras de planos de saúde estão atentas com as necessidades de melhorias para o setor. As propostas apresentadas em linhas gerais envolvem a necessidade de alteração do modelo de contratação e remuneração dos prestadores de serviço de saúde, regras prezando a transparência e que responsabilizem efetivamente os agentes da cadeia, alteração dos modelos de pagamentos dos beneficiários com aplicação de mecanismos de regulação, prevalência dos indicadores de qualidade dos prestadores, adoção de protocolos clínicos para beneficiar o poder de decidir do beneficiário
Para as empresas contratante de plano de saúde, nesse momento é essencial a análise do contrato para o desenho de planos adequados às necessidades da coletividade atendida, aliada os programas de gestão de saúde, com promoção de saúde e prevenção de doenças para os empregados. Esses são instrumentos importantes na redução dos custos com o benefício que gera maior comprometimento dos trabalhadores.
É importante que as empresas acompanhem essa nova regulamentação a fim de analisar medidas de contenção da sinistralidade dos seus planos de saúde. Até mesmo porque, é possível que mudanças sejam necessárias para as empresas se adequarem à nova realidade pensando no desenvolvimento da carteira a médio e longo prazo.
A necessidade de modernização do setor de saúde suplementar é clara e é preciso encarar o momento como uma possibilidade de pensar grande, em busca de inovação e criação. As medidas que tragam propostas de efetividade e rentabilidade para o segmento serão as vencedoras nessa corrida pela fórmula que confira perenidade equilibrada à prestação de serviço de saúde privada no país.
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