Títulos de capitalização distribuíram mais de R$ 1,0 bilhão em sorteios em 2016
Os títulos de capitalização nas modalidades Tradicional, Incentivo e Popular registraram a distribuição de R$ 1,1 bilhão em prêmios de sorteios em 2016, uma expansão de 8,28% em relação ao ano de 2015. Os dados são da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap).
Na análise por modalidade, o produto Tradicional atingiu uma arrecadação de R$ 17 milhões. O Garantia Locatícia, uma categoria da modalidade Tradicional, registrou um crescimento de 11,2%, tornando-se a opção para cerca de 18 mil clientes que escolheram esse tipo de garantia, em substituição ao fiador, na hora de alugar um imóvel. O produto Popular representa, hoje, 6,5% do segmento e é uma opção para consumidores que enxergam no sorteio uma forma de realizar ou antecipar seus planos. Por fim, a modalidade Incentivo, que representa 8,1% do segmento e está cada vez mais se consolidando como alternativa para empresas que pretendem promover ações promocionais.
"O balanço do segmento mostra que os clientes buscam a capitalização para desenvolver a disciplina de juntar dinheiro e resolver algumas questões objetivas, como alugar um imóvel, fidelizar clientes, incentivar a filantropia, entre outras ações. Com a queda da inflação e dos juros, nossa expectativa é de uma retomada da economia, ainda em 2017 e as empresas estão se preparando de forma positiva para atender a novas demandas", diz Marco Antonio da Silva Barros, presidente da FenaCap.
Ainda de acordo com o balanço, os resgates realizados antecipadamente, ou ao final do prazo de capitalização registraram um crescimento de 14,5%, alcançando os R$ 19 bilhões. Os números reforçam que os clientes estão recorrendo às suas economias com o propósito de atravessar o período de recessão. Ainda assim as reservas do setor se mantiveram praticamente no mesmo patamar, com redução apenas ao fim de 2016. "Isso demonstra que as pessoas têm procurado manter o dinheiro guardado e só resgatam antes do prazo no caso de emergências financeiras", avalia Marco Barros. As provisões técnicas - valores acumulados pelos clientes e que são resgatados ao fim do prazo de vigência dos títulos - ultrapassaram os R$ 29 bilhões. E a receita das 17 empresas que compõem a federação foi de R$ 21 bilhões.
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