Acidentes na Sapucaí expõem um ramo de oportunidades

Os acidentes do carnaval desse ano que aconteceram no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, com dois carros alegóricos nos desfiles do grupo especial das escolas de samba, mostrou uma grande oportunidade no mercado de seguros.

O seguro de eventos cobre desde uma festa de aniversário até desfile de escola de samba e show no Maracanã. “Uma escola de samba, até mesmo pensando na segurança de seus componentes pode contratar um seguro de acidentes pessoais por prazo certo, que é utilizado em seguro de evento, com cobertura de despesas médico-hospitalares. O que não é um plano de saúde, mas a cobertura reembolsa os valores de gastos médicos, até incluindo odontológicos e medicamentos, para qualquer acidente cocorrido dentro daquele período de cobertura e daquela abrangência do evento”, explica Fábio Lessa (foto), diretor comercial da Capemisa.

Lessa esclarece que tanto a escola de samba como a Sapucaí poderiam ter o seguro de evento. “Por serem seguros de acidentes pessoais eles não são concorrentes e poderiam comprar quantos seguros quiserem, pois a vida não tem preço. Então posso contratar quantos seguros de vida eu puder pagar e estiver dentro da minha necessidade de capital. E a mesma perspectiva para esse tipo de seguro”. E completa:

“a Sapucaí pode contratar um seguro para aquele ambiente comum, do público, dos camarotes, das pessoas que trabalham, ou seja, para toda a indústria do carnaval, e a escola pode contratar para seus componentes”.

Contratar um seguro de eventos é uma preocupação que faz parte do gerenciamento de riscos daquela ação. “É preciso ter um seguro para diminuir a responsabilidade e os prejuízos causados por acidentes como estes que aconteceram. Além disso, é preciso estar atento à contratação de fornecedores, ter acompanhamento de um engenheiro responsável”.

O diretor comercial da Capemisa diz que acontecimentos assim podem gerar uma preocupação maior com a contratação desse tipo de seguro. “Infelizmente podemos citar o acidente da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Depois desse evento, percebemos um crescimento no mercado para procura desse tipo de seguro. O nosso crescimento do 1º bimestre no período 2015/2017 foi de 52%”, conta Fábio Lessa.

O mercado para o corretor de seguros

Para Jayme Torres (foto), presidente do Clube dos Corretores do Rio de Janeiro, esse seguro de eventos tem nível específico de corretores que atuam nesse segmento. “Porque são poucas seguradoras também que aceitam esse tipo de seguro”.

Ele diz que “apesar de termos vários eventos, a atenção maior é para o entretenimento e os organizadores acabam não se preocupando com os possíveis acidentes. E, além disso, como é um segmento que já requer mais especialização, os organizadores já têm com quem tratar, não abrindo a possibilidade de qualquer corretor de seguros atuar”. Porém, ele ressalta que: “para atuar não é necessário um curso específico, mas sim conhecer as seguradoras e seus produtos”.

Torres ressalta que há muitas outras oportunidades que os corretores de seguros não aproveitam que surgem no mercado e na sociedade.

“Como, por exemplo, não exploram sua carteira de cliente e não oferecem o seguro residencial para aquele que possui somente o seguro de automóvel”.

O seguro de eventos acaba ficando à margem do interesse dos corretores. “Como já há corretoras especializadas, o seguro de evento acaba ficando de lado pelos corretores. Mas acredito que no futuro esse ramo deve ter uma percepção melhor”, finaliza o presidente do Clube dos Corretores do Rio de Janeiro.

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Segs.com.br valoriza o consumidor e o corretor de seguros