Zurich reúne especialistas em São Paulo para discutir resiliência climática no setor de seguros
Evento internacional debateu soluções entre governo, ciência, setor produtivo e seguradoras para enfrentar os impactos das mudanças climáticas no Brasil
A Zurich Seguros promoveu no dia 3 de abril, no Hotel Palácio Tangará, em São Paulo, um evento de grande relevância para o mercado segurador, autoridades públicas e especialistas em clima. Com o tema “Unindo Forças: O Papel do Mercado de Seguros em colaboração com a Ciência, Setor Público e Empresas para Promover a Resiliência Climática”, o encontro reuniu representantes do governo federal, executivos da Zurich de diversas regiões do mundo, além de lideranças do setor e da academia para discutir os desafios e as oportunidades diante da crise climática.
A abertura do evento foi conduzida por Edson Franco, CEO da Zurich no Brasil, e Laurence Maurice, CEO da Zurich para a América Latina. Edson destacou que o encontro marca a retomada de um importante ciclo de debates promovido pela companhia. “Esse é um evento que costumávamos realizar com certa frequência antes da pandemia. Agora, o retomamos com um tema urgente, que demanda uma atuação coordenada e proativa”, afirmou.
Laurence Maurice ressaltou que a questão climática é uma das maiores ameaças da atualidade: “Sabemos que a crise climática está entre as principais preocupações globais da próxima década. Chuvas intensas, ondas de calor e secas extremas já pressionam economias e ameaçam a segurança das populações”, afirmou. Ela pontuou ainda o compromisso da Zurich em liderar soluções sustentáveis no setor de seguros: “Sustentabilidade tem sido um foco estratégico da Zurich, gerando valor e protegendo nossos clientes diante de eventos extremos. Este evento é uma oportunidade de reforçar essa missão”.
A ciência como aliada
O primeiro painel do evento, “Da pesquisa à prática: o papel da ciência na construção da resiliência climática”, contou com a participação de Lincoln Muniz Alves, coordenador-geral do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Ele destacou o papel do Brasil como um “laboratório empírico” das mudanças climáticas, mencionando eventos recentes como a tragédia no Rio Grande do Sul e a seca no Sudeste.
“É indiscutível o impacto das atividades humanas no clima. O número de pessoas atingidas por desastres naturais aumentou dez vezes nas últimas duas décadas. Mais de 1,57 milhão de moradias foram danificadas e quase 280 mil estruturas impactadas”, alertou. Lincoln também apresentou plataformas desenvolvidas pelo governo, como o Brazil Climate Portal e o AdaptBrasil MCTI, que trazem dados locais sobre riscos climáticos. “A ciência está disponível, mas o desafio está em conectá-la à governança pública e privada para criar políticas resilientes”, completou.
O papel do seguro: muito além da indenização
No painel seguinte, “Resiliência climática: Uma visão global em seguros”, Penny Seach, Chief Underwriting Officer da Zurich Insurance, trouxe uma perspectiva internacional sobre o papel da indústria seguradora diante da crise climática. Ela defendeu uma atuação mais ativa das seguradoras, não apenas na compensação de perdas, mas também na mitigação de riscos e apoio à resiliência comunitária.
“Ajudamos uma empresa na Alemanha que enfrentou inundações devastadoras. Trabalhamos com engenheiros de risco, autoridades locais e a própria comunidade para desenvolver uma solução integrada. Não se tratava apenas de proteger ativos, mas de preservar toda uma região”, contou.
Penny também apresentou os três pilares que norteiam a atuação da Zurich Resilience Solutions: resiliência híbrida, proteção contra riscos cibernéticos e engenharia de riscos tradicional. “Não queremos apenas reconstruir após uma tragédia. Queremos participar da concepção de estruturas mais resilientes desde o início. Isso envolve colaboração com o setor público, empresas e a sociedade como um todo”, disse.
Incentivos públicos e metas nacionais
No painel “O papel estratégico do Setor Público na promoção da resiliência climática” trouxe a visão do Ministério da Fazenda, representado por Guilherme Mello, Secretário de Política Econômica (participação a confirmar). Em sua fala, foram destacadas as metas da nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que estabelece a redução entre 59% e 67% nas emissões de gases de efeito estufa até 2035, tomando 2005 como base.
“A visão do Brasil para 2035 é de um país que reconhece a crise climática, assume a urgência da construção de resiliência e desenha um roteiro concreto para um futuro de baixo carbono”, afirmou.
Empresas e sustentabilidade: um debate necessário
No painel de debate sobre os caminhos corporativos para a resiliência climática, participaram Felipe Bittencourt, CEO da WayCarbon; Daniel Godinho, diretor da WEG S/A; Penny Seach e Lincoln Alves. Felipe alertou para as perdas econômicas bilionárias já registradas em 2024 no Brasil devido a eventos climáticos, e sobre a baixa mobilização da população diante dos alertas científicos.
Godinho apresentou iniciativas da WEG em relação à sustentabilidade e os investimentos em inovação com foco na mitigação de riscos climáticos. Penny, por sua vez, ressaltou como a Zurich considera critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) como centrais no processo de avaliação de risco e subscrição. “Para nós, sustentabilidade não é apenas um diferencial, é parte do coração do negócio”, disse.
Ao reunir vozes importantes, o evento aponta para a necessidade de ação conjunta e coordenada, com foco na prevenção, adaptação e sustentabilidade. Mais do que mitigar riscos, o desafio é antecipá-los — e o seguro, neste cenário, se consolida como um agente estratégico na proteção de vidas, negócios e comunidades.
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