“Queremos usar a inteligência artificial cada vez mais para agilizar o atendimento aos clientes e garantir maior robustez aos processos de subscrição de risco e precificação dos seguros”, afirmou o presidente do Grupo, Ivan Gontijo, em encontro com jornalistas nesta terça-feira (10), em São Paulo.

A tecnologia tem sido usada pela empresa em diversas áreas — por exemplo, na subscrição de apólices, permitindo otimizar o processo e garantir mais agilidade para os clientes e os corretores. Já no acompanhamento de sinistros para os produtos de Auto e Ramos Elementares, a IA traz mais facilidade e agilidade para a rotina dos parceiros comerciais.

Outro exemplo é o uso da IA na identificação e orçamentação de avarias a veículos. Em caso de sinistros, a inteligência artificial pode reduzir em até 10% o tempo de devolução de um veículo. Além disso, a tecnologia oferece uma base de dados estruturada e usa a ciência e a estatística como suporte para avaliar com assertividade a extensão dos danos a um veículo, por exemplo.

De olho em IPO

Segundo o grupo segurador, 2025 será um ano focado no crescimento orgânico, independentemente do cenário macroeconômico. A ideia é ampliar parcerias estratégicas com outras instituições financeiras e cooperativas.

O Bradesco Seguros também não descarta a formação de novas joint ventures ou mesmo aquisições para crescer nos próximos anos e, quem sabe, um possível IPO de suas subsidiárias – Bradesco Saúde, Bradesco Vida e Previdência, Bradesco Capitalização, BSP Empreendimentos Imobiliários e Atlântica Hospitais estão debaixo de seu guarda-chuva.

Uma eventual abertura de capital das subsidiárias, de acordo com Gontijo, é um ponto em constante avaliação nas discussões do Grupo. “Isso está muito mais ligado à oportunidade, que não se fabrica. Ela é criada pelo mercado. Se fizer sentido, nós estamos abertos para planejar algo mais estruturado.”

Até setembro de 2024, o faturamento acumulado do Bradesco Seguros somou R$ 89,6 bilhões, cifra 14% maior que em igual período do ano anterior. Já o lucro líquido totalizou R$ 6,5 bilhões, ligeiro crescimento de 0,4% na mesma comparação.