Inovação e colaboração para enfrentar os desafios climáticos
O 1º Fórum IRB(P&D) promoveu um encontro técnico-científico em que pesquisadores e representantes de startups apresentaram pesquisas, cases e soluções para combater e mitigar os efeitos de fenômenos climáticos, que se tornam cada vez mais intensos e em intervalos menores. Eventos como o El Niño e o do Rio Grande do Sul estiveram em pauta.
De acordo com José Camilo Oliveira Nagano, superintendente de Projetos Especiais da CNseg, o fórum abriu um amplo leque de posições relacionadas ao clima, juntando o mercado segurador, ciência, startups e outros representantes de entidades para discutir a mudança climática. “Vemos que, em termos de modelagem, o clima vinha obedecendo a certas regras ao longo do tempo, mas agora a frequência aumentou. Tudo isso altera modelos, altera riscos. Em cima disso, a CNseg está trabalhando para oferecer aos seus associados uma solução adequada, visando tornar o risco mais previsível ou mitigado”, destacou.
Para Pedro Ivo Camarinha, do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres (CEMADEN), o encontro oportunizou a aproximação entre o setor de seguros, especialistas da área, instituições de pesquisa e empresas, para falar dos impactos decorrentes das mudanças climáticas e da variabilidade natural. “Essa combinação de diferentes perfis junto ao setor de seguros é fundamental para que a gente use esse instrumento como uma das formas não só de mitigar os impactos nos setores atingidos, mas também de criar oportunidades para o setor de seguros, podendo conhecer melhor as especificidades e as particularidades que existem em cada setor”, disse.
As mudanças climáticas estão impactando significativamente o mercado de seguros, com o aumento na frequência e intensidade de eventos extremos, como tempestades e enchentes. Esses fenômenos resultam em maiores sinistros e forçam as seguradoras a ajustar suas políticas de subscrição. A necessidade de estratégias mais robustas para avaliar riscos e precificar apólices é crescente, exigindo inovação e adaptação contínuas para garantir a sustentabilidade e adequação dos seguros às novas realidades climáticas.
O chefe de Divisão de Modelagem Numérica do Sistema Terrestre do Inpe, Saulo Ribeiro, destacou a combinação de diferentes áreas para debater a atual situação: “Acho que o mais importante de um evento como esse, que reúne a comunidade acadêmica e científica com o setor de seguros, é exatamente mostrar o que a comunidade científica está produzindo em termos de qualidade e previsões de tempo e clima, que possam nortear as ações dos negócios desse setor”.
Ainda considerando a atual situação, Daniela Fuzzo, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), ressaltou que a importância de um evento como o 1º Fórum IRB(P&D) no cenário atual de mudanças climáticas é muito grande, tanto para o setor agrícola quanto para o mercado de seguros. “Saber, de forma geral, como isso está sendo tratado no âmbito nacional é fundamental. Portanto, este é um evento de nível muito alto, com várias frentes. Espero que o resultado final permita um bom apanhado geral de tudo o que está sendo discutido, para a melhor tomada de decisão futura no mercado de seguros”, finalizou.
Segundo Gabriel Perez, cofundador da MeteoIA, a startup já vem trazendo para o mercado, há alguns anos, a previsão do risco climático com vários meses de antecedência. Para ele, foi “muito bom ver diversos atores reunidos para discutir ações de adaptação e mitigação, e como o mercado pode ajudar o Brasil, que está muito vulnerável nas próximas décadas em relação às mudanças climáticas”.
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