A importância da controladoria no combate das crises que as empresas enfrentam

Benito Pedro Vieira Santos, CEO da Avante Assessoria Empresarial, aponta que a principal causa dessas crises está frequentemente dentro das próprias empresas. "As pessoas sempre buscam desculpas externas para crises, como a economia nacional, impostos, crise internacional, contudo, na grande maioria das vezes, os problemas que levam a essa situação são internos. Com falta de acompanhamentos e de processos. Mas é complexo admitir que o erro pode ser nosso", afirma.

Dentro deste contexto, a área controladoria das empresas se mostra fundamental, desempenhando um papel vital na gestão financeira eficiente e na tomada de decisões estratégicas das empresas. Ela é responsável por acompanhar e analisar dados contábeis, financeiros e operacionais, além de realizar o planejamento financeiro, orçamentário e de custos.

“Em um ambiente econômico incerto, a controladoria se adapta utilizando tecnologias avançadas, como softwares de gestão integrada e inteligência artificial, que permitem o processamento rápido e preciso de dados. Além disso, a controladoria deve atuar de forma proativa, antecipando cenários futuros e desenvolvendo estratégias para lidar com a incerteza econômica”, explica Benito Pedro.

Ferramentas e técnicas avançadas

Segundo Benito Pedro, a evolução da controladoria é marcada pela adoção de diversas ferramentas e técnicas inovadoras, dentre as quais ele cita:

- Sistemas de Gestão Integrada: Automatizam e integram processos financeiros, contábeis e de controle, fornecendo informações em tempo real.
- Business Intelligence (BI): Transforma informações em insights relevantes, auxiliando na tomada de decisões estratégicas.
- Data Analytics: Utiliza algoritmos e técnicas estatísticas para analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e tendências.
- Balanced Scorecard: Define indicadores de desempenho alinhados com os objetivos estratégicos da empresa.

“Importante ter em mente que, quando as empresas passam por crises, a controladoria contribui significativamente para a tomada de decisões estratégicas através de análise de cenários. Sendo que realiza análises de cenários futuros, considerando diferentes variáveis econômicas, financeiras e operacionais, para desenvolver estratégias de mitigação de riscos”, alerta o diretor da Avante.

Ele complementa que a ferramenta também possibilita a revisão de custos, identificando oportunidades de reduções e otimizações de recursos, buscando maior eficiência operacional.

Assim, ponto importante é que as empresas devem observar diversas tendências e inovações na área de controladoria para se manterem competitivas:

- Automação e Digitalização: A automação de processos financeiros e contábeis por meio de softwares integrados permite o processamento rápido e preciso de dados.
- Análise de Big Data: Técnicas avançadas de análise de big data ajudam a identificar padrões e tendências valiosas.
- Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML): Automatizam tarefas rotineiras e permitem análises mais precisas e eficientes.
- Contabilidade em Tempo Real: Sistemas contábeis em tempo real fornecem informações atualizadas para a tomada de decisões estratégicas.
- Contabilidade Ambiental, Social e de Governança (ESG): A mensuração e monitoramento de indicadores relacionados a sustentabilidade e responsabilidade social estão cada vez mais presentes.
- Análise de Dados Não Financeiros: Utilização de dados de clientes, de mercado e operacionais para uma análise mais abrangente.
- Inteligência de Negócios (BI): Ferramentas de BI transformam dados em informações relevantes, permitindo uma visão estratégica do negócio.

Ou seja, as crises em muitas empresas, evidenciadas pela alta taxa de pedidos de recuperação judicial no Brasil evidencia a necessidade urgente de uma gestão empresarial mais eficaz.

A controladoria, com suas ferramentas e técnicas avançadas, é essencial para garantir a saúde financeira das empresas e para orientar a tomada de decisões estratégicas. Em tempos de incerteza econômica, a capacidade de antecipar cenários e de otimizar recursos pode ser o diferencial entre a sobrevivência e o fracasso das empresas.