2ª edição do “Workshop para Jornalistas” destaca o papel da imprensa na difusão da cultura do seguro (Destaque)
Reconhecendo os jornalistas como um grupo estratégico para a democratização do seguro no Brasil, a CNseg realizou no dia 5 de abril, em sua sede, no Rio de Janeiro, a 2ª edição do seu “Workshop para Jornalistas”. O encontro reuniu 32 jornalistas de diferentes estados do país, representando os grandes veículos de imprensa locais.
De acordo com a superintendente-executiva de Comunicação e Marketing da Confederação Nacional das Seguradoras, Carla Simões, o foco em ampliar a comunicação com veículos que tradicionalmente não tratavam de seguros tem gerado resultados bastante positivos, com o número de reportagens sobre os diferentes produtos do setor passando de 3 mil em 2021 para 10 mil no ano passado.
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, que participou dos debates do encontro, também destacou a importância de se ampliar a comunicação sobre o seguro, “que não é um tema de fácil compreensão”, dando ênfase à necessidade de se substituir o linguajar mais técnico e hermético do setor por um mais acessível ao grande público. “O grande objetivo é popularizarmos o seguro, que é um produto que só traz benefícios a todos”, afirmou.
Dyogo citou o lançamento, em 2023, do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, o PDMS, com foco em aumentar a participação do seguro na população e no PIB, e o combate às associações de proteção veicular, que anunciam a venda de produtos similares ao seguro, mas sem as mesmas garantias e geram perdas fiscais na ordem de R$ 3 bilhões ao ano.
A contribuição do seguro para o desenvolvimento de políticas públicas
O diretor de Relações Institucionais da CNseg, Esteves Colnago informou que outro grupo estratégico para a CNseg são os integrantes dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo que, segundo ele, “ainda utilizam muito pouco o seguro no apoio às políticas públicas”. E como exemplo positivo, citou a nova lei de licitações, a 14.133/2021, que condiciona a realização de grandes obras públicas à contratação de um seguro que permitirá que, na incapacidade da construtora finalizar a obra, a seguradora assuma a responsabilidade e a conclua. “Isso poderá acabar com o ciclo vicioso de obras púbicas inacabadas”, afirmou Esteves.
Outra importante proposta citada pelo diretor de Relações Institucionais foi o do Seguro Social de Catástrofes, idealizado pela CNseg com o objetivo de fornecer um auxílio de R$ 15 mil reais a vítimas de enchentes e inundações, cada vez mais frequentes e intensas devido às mudanças climáticas. O valor para o pagamento das indenizações, explicou ele, viria de uma cobrança a mais de 2 ou 3 reais na conta de luz.
O diretor técnico da CNseg, Alexandre Leal, também abordou outras iniciativas da CNseg e do mercado segurador, como site encontreseuseguro܂org܂br, de comparação e escolha de produtos de seguro, e o Open Insurance, de compartilhamento voluntário de informações dos consumidores de seguro para que estes tenham acesso a melhores ofertas.
O seguro no combate e mitigação das mudanças climáticas
Assunto transversal a todas as atividades econômicas, o tema da sustentabilidade foi abordado pela diretora de Sustentabilidade e Relações de Consumo da CNseg, Ana Paula de Almeida Santos, que apresentou o projeto "Construindo Seguros para a Transição Climática", elaborado pela CNseg, em parceria com a Iniciativa Financeira das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep Fi), com o objetivo de fornecer um melhor entendimento sobre os processos de avaliação dos riscos climáticos sob a perspectiva da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês). O painel de sustentabilidade e agronegócio contou ainda com a participação de Fatima Lima, presidente da comissão de sustentabilidade da CNSeg, e Joaquim Neto, presidente da comissão de seguro rural da Federação de Seguros Gerais, FenSeg.
Federações associadas à CNseg abordam as características se seus produtos
As federações que compõem a CNseg também contaram com um painel exclusivo no evento. Nele, a diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente, por vídeoconferência, apresentou um panorama do mercado, que conta com 51 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares e 32,7 milhões de beneficiários de planos odontológicos, tendo realizado 1,8 bilhões de procedimentos em 2023 e gerado R$ 172 bilhões em despesas assistenciais. Entretanto, o sistema é fortemente pressionado pelo envelhecimento da população, pelo aumento da utilização do plano pelos beneficiários, pela incorporação de novas tecnologias sem a devida comprovação de eficácia e, sobretudo, pelas fraudes, que só em 2022, geram perdas estimadas na casa dos R$ 34 bilhões.
O presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Antonio Trindade, que representa mais de 90 ramos de seguros e uma arrecadação correspondente a 45% de toda o faturamento do setor segurador, também citou a nova Lei de Licitações, afirmando que, “das 21 mil obras públicas no Brasil, atualmente, 8,6 mil estão paradas e o seguro garantia poderia mudar esse quadro”. Isso se daria, tanto pela possibilidade de a seguradora contratada finalizar a obra, como por meio da fiscalização que a seguradora faria para identificar a capacidade da construtora em executar a obra pretendida e, consequentemente, para aceitar o risco.
A diretora-executiva da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Beatriz Herranz, destacou a necessidade de a Susep autorizar a criação de produtos de previdência mais flexíveis e customizáveis para atender às necessidades individuais dos consumidores. Como exemplo, citou a proposta do Seguro de Vida Universal, que reúne em um mesmo produto um seguro de vida tradicional e um plano de previdência, com prazo determinado e capital segurado pré-definido.
O presidente da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), Denis Morais, informou que a Capitalização arrecadou R$ 30 bilhões no ano passado e devolveu R$ 25 bilhões à sociedade, mantendo, ainda, reservas técnicas no valor de R$ 40 bilhões. Ele também informou que a Capitalização conta com uma série de produtos, para diversas finalidades, como a Filantropia Premiável, o Tradicional, o Compra Programada, o Incentivo, o Instrumento de garantia e o Popular (clique aqui para obter mais informações sobre cada um desses produtos).
Superintendente da Susep destaca a importância do PL que trará uma série de medidas de estímulo ao setor
O último painel do Workshop para Jornalistas contou com a participação do superintendente da Susep, o órgão fiscalizador do setor, Alessandro Octaviani, que junto com o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, abordaram a agenda regulatória do setor, cujo principal objetivo é aumentar a participação do seguro na sociedade. E, para esse fim, afirmaram que o PLC29/2017, que traz uma série de medidas de estímulo ao setor de seguros, aumentando a transparência e a proteção dos consumidores, deve muito contribuir. E, assim como a CNseg, Alessandro informou que a Susep mantém uma forte agenda legislativa, pois “todo o potencial do seguro só será alcançado com a participação e envolvimento de todos os atores relacionados”.
Os dois executivos também abordaram a importância do seguro para a conclusão de obras de infraestrutura e no combate às mudanças climáticas, com Dyogo ressaltando o papel da Susep ao concluir que “não podemos ter um setor segurador forte sem um órgão regulador forte”.
Sobre a CNseg
A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem o setor, reunidas em suas quatro Federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap). A missão central da CNseg é prover serviços que melhoram a vida das pessoas e a realização dos negócios, permitindo o crescimento da economia brasileira. Acompanhe as novidades sobre o trabalho da CNseg no site cnseg܂org܂br ou no portal noticiasdoseguro.org.br, maior hub de notícias sobre o setor. Siga ainda os canais da CNseg no Facebook, LinkedIn, Instagram e Youtube.
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