Riscos Trabalhistas e a Felicidade Corporativa
A Taxa de rotatividade de funcionários e colaboradores impacta diretamente no risco de distribuições de Reclamações Trabalhista em face da empresa empregadora.
Como enfrentar esse desafio e diminuir o contencioso passivo das empresas?
Não existe distinção entre as gerações quanto ao interesse pela oportunidade de crescimento na hierarquia da empresa.
A empresa que implementa plano de carreira de maneira sólida e com ampla divulgação, costuma ter um índice menor de turnover.
No entanto, o funcionário deseja ser reconhecido como mais do que mão de obra, a nova geração de trabalhadores cada vez mais se vê como o ativo mais importante da empresa.
Portanto, um ambiente saudável, com programas de bem-estar, influencia mais na permanência da atual geração de colaboradores, do que: salários, cargos e benefícios.
A busca pela felicidade corporativa, auxilia as empresas não apenas a manter seus funcionários no quadro, como auxilia a diminuir o risco de reclamações trabalhistas, com condenações em Danos Morais; bem como, a reduzir o quadro de empregados em afastamento médico e por consequência a diminuição em condenação por doença laboral.
Para tanto é necessário o investimento na ergometria e salubridade dos ambientes de labor e na saúde mental dos funcionários.
Decorar os locais de trabalho tornando-os “descolados”, “instagramáveis”, instituir “salas de descompressão” apenas como mesa de jogos, não é investir nas equipes de mão de obra. Não proporciona o efetivo bem-estar.
O local de trabalho deve ter como base a dignidade da pessoa humana, ou seja, com condições e materiais/ferramentas apropriados para o trabalho, com menos pressão e stress, e com a inserção de uma cultura de cuidado.
A OIT em 1999 trouxe a base pilar para a Felicidade Corporativa, “trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna”.
Atualmente, os trabalhadores não buscam apenas reconhecimento financeiro, ou status, mas anseia por qualidade de vida no trabalho.
Trabalhadores motivados, procuram não faltar ao serviço, ficam menos doentes, e se dedicam ao cumprimento de suas metas, logo, geram lucros e diminuem passivos.
Portanto, vislumbra-se que evitar a rotatividade de empregados reduz custos e riscos legais. Neste contexto, a promoção de um ambiente de trabalho saudável e digno, é tão ou mais importante que o quadro de carreira.
O conceito de realização profissional se tornou mais abrangente e não está mais exclusivamente relacionada a ganhos financeiros.
As empresas que investem em programas de plano de carreiras e felicidade corporativa, possuem índice menores de turnover e reclamações trabalhistas.
Logo, se o funcionário se sentir reconhecido, tiver boas condições, ferramentas e ambiente de trabalho, pertencer a uma equipe com bom convívio interpessoal, produzirá mais e dificilmente ingressará com Reclamação Trabalhista.
Sobre o autor:
Marcia Gadben do Prado - Pós-Graduada em Direito e Processo do trabalho pela Faculdade Legale. Advogada Trabalhista desde 2007, membro do corpo de advogados do Vigna Advogados Associados.
Sobre o escritório:
Fundado em 2003, o VIGNA ADVOGADOS ASSOCIADOS possui sede em São Paulo e está presente em todo o Brasil com filiais em 15 estados. Atualmente, conta com uma banca de mais de 280 advogados, profissionais experientes, inspirados em nobres ideais de justiça. A capacidade de compreender as necessidades de seus clientes se revela em um dos grandes diferenciais da equipe, o que permite desenvolver soluções econômicas, ágeis e criativas, sem perder de vista a responsabilidade e a qualidade nas ações praticadas.
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