Como o consórcio pode ser uma alternativa aos juros altos
Diante da expectativa de cortes de 0,5 pontos percentuais ao longo de 2024 na Selic, projetada pela última pesquisa Focus de 22 de janeiro, é bem provável que a taxa termine o ano a 9,0%, segundo analistas consultados pelo Banco Central. O índice, que após a reunião do Copom de ontem, chegou a 11,25%, segue com previsão de cortes na mesma intensidade para as próximas reuniões.
Considerando este cenário econômico, o consórcio tem se demonstrado a melhor opção para compra de bens. “Diferente do financiamento, que possui taxas atreladas, a modalidade se torna mais vantajosa justamente pela ausência de entrada e juros em sua contratação e por ser uma compra programada”, explica Guilherme Carrasco, vice-presidente executivo da Ademicon.
Tais características motivaram Weslen Dias Moraes, microempresário, de 31 anos, que contratou três cotas de consórcio, sendo duas de imóveis e uma de veículos, enxergando a modalidade como forma de investimento. “Além de investir é possível utilizar o valor para quitar dívidas ou até realizar um sonho. Quando decidi fazer o consórcio, eu não tinha nenhum tipo de investimento e vi que era uma opção boa e segura. Analisei as propostas de cartas de crédito com meu consultor e achei muito vantajoso. Parte do valor da minha primeira contemplação foi destinada ao pagamento das despesas do casamento e lua de mel. Atualmente, tenho mais dois consórcios, um de veículo e outro de imóvel”, explica.
Números Positivos
De acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC), os negócios do setor bateram recorde em relação a 2022 e atingiram a marca de R$ 316,70 bilhões, 25,6% acima dos R$ 252,09 bilhões anteriores, no mesmo período. De janeiro a dezembro, o acumulado de vendas atingiu 4,18 milhões de novas cotas, crescendo 6,4% sobre as 3,93 milhões de adesões de 2022. Já o número de participantes ativos foi de 10,29 milhões, volume inédito e crescente mês a mês, durante 2023.
A Ademicon, maior administradora independente de consórcio do Brasil em créditos ativos, alcançou novo recorde de vendas. Em 2023, a empresa comercializou mais de R$ 18,5 bilhões em créditos, um crescimento de 54% em relação a 2022. O resultado anual supera em 23% a meta de R$ 15 bilhões estabelecida para o período. Para 2024, o objetivo é atingir 25% sobre o resultado de 2023, o que representa, cerca de R$ 22,5 bilhões.
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