Goiás lidera número de crimes virtuais na região Centro-Oeste em 2023
Relatório da Redbelt Security, consultoria especializada em segurança da informação, revelou que pelo menos 17 mil goianos foram vítimas desse tipo de golpe só neste ano
Goiás, um dos estados mais prósperos da região Centro-Oeste do Brasil, tem enfrentado um aumento preocupante no número de crimes cibernéticos, conforme aponta um levantamento realizado pela consultoria especializada em cibersegurança, Redbelt Security. Os números revelam que o estado deve fechar 2023 com um crescimento de mais de 1000% no número de casos em comparação com 2022.
A fraude eletrônica é o tipo de golpe que mais faz vítimas na região. Nesse tipo de crime, o cibercriminoso engana a pessoa por meio de redes sociais, contatos telefônicos (vishings), e-mails falsos (phishings) ou WhatsApp, para que ela forneça dados confidenciais, como senhas de acesso, informações bancárias ou número de cartão de crédito.
Estima-se que sejam registrados no estado pelo menos 1.340 casos de tentativas de fraude eletrônica por mês, ou 44 por dia, e a tendência é que no mês de dezembro o número triplique, devido ao Natal, quando as pessoas estão mais suscetíveis a promoções para a compra de presentes e itens de festa.
Para Matheus Borges, diretor da Redbelt Security, esta época demanda atenção redobrada, já que os cibercriminosos estão mais atentos e se aproveitam do clima otimista para persuadir as pessoas que, ao clicarem em links maliciosos, se tornam vítimas de diversos tipos de fraudes. Segundo ele, apenas neste ano, mais de 17 mil goianos caíram em golpes como esses.
A consultoria revelou que as empresas também estão na mira desses criminosos, podendo sofrer prejuízos financeiros altíssimos por conta de um simples clique em um link fraudulento. Borges explica que atualmente, 91% de todos os ataques começam com um e-mail de phishing enviado para uma vítima desavisada. “Ao conseguir dados legítimos por meio desse ataque, como login e senha corporativos da vítima, um cibercriminoso pode acessar o sistema da empresa em que ela trabalha e aplicar golpes mais destrutivos, como ataques ransomware, roubo de informações sigilosas e fraudes financeiras”, afirma o executivo da Redbelt Security.
Para não fazer parte dessa estatística, é recomendada a adoção de senhas seguras e a utilização de autenticação multifator (MFA), que adiciona uma camada extra de segurança à validação do usuário e reduz as chances de um efeito cascata de credenciais comprometidas. Borges também enfatiza a importância de as empresas terem o apoio de uma equipe especializada em segurança cibernética para orientação e destaca que pelo menos 95% das violações de segurança poderiam ser prevenidas se as recomendações básicas de segurança fossem seguidas.
“O conceito de senha segura mudou. Anos atrás, bastava inserir uma letra maiúscula, um número, e formar uma palavra como ‘S3nH@’ para despistar invasores. Hoje, o truque perdeu a eficácia. Já é conhecido. Hoje uma senha com 6 caracteres, entre números e letras maiúsculas e minúsculas, leva menos de um segundo para ser quebrada por um cibercriminoso”, alerta o diretor da Redbelt Security.
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