Jóias valiosas que foram de Hebe Camargo são furtadas. Como o seguro poderia agir?
Segundo informações do site G1, pelo menos sete joias, avaliadas em quase R$ 3 milhões, e que pertenceram à apresentadora de TV Hebe Camargo, falecida em 2012, foram furtadas, na semana passada, na casa da empresária Lilian Gonçalves, em São Paulo (SP). A vítima havia comprado os objetivos pessoais de Hebe após sua morte. Especialista ouvido pelo CQCS destaca ação do seguro.
Lilian Gonçalves contou ao G1 que havia pago US$ 600 mil (R$ 2.928.660,00 na conversão do Dólar para o Real) para ficar com as sete jóias da apresentadora: um conjunto de gargantilha e par de brincos de brilhantes, ambos no formato de estrela cadente (ou cometa); um anel de ouro branco que imita uma rosa; e outro par de brincos e anel em rubi vermelho. A Polícia Civil recuperou quatro das joias furtadas. Segundo a investigação, uma funcionária da vítima confessou o crime dizendo que furtou as peças porque tem oito filhos e estava precisando de dinheiro pois se encontrava em dificuldades financeiras. A mulher estava trabalhando havia dois meses na limpeza da residência.
Em entrevista ao CQCS, o sócio da BMEX Consultoria e Corretora de Seguros, advogado, Corretor de Seguros e professor da Escola de Negócios e Seguros, Fred Almeida, destacou que o caso reflete um exemplo de quando o seguro seria um instrumento eficiente para repor as perdas do ponto de vista financeiro. “Uma questão importante é o tipo de seguro que deve ser contratado nesses casos, isso porque algumas seguradoras oferecem a cobertura adicional para jóias, relógios e objetos de valor dentro do Seguro Residencial, porém, geralmente o limite máximo de indenização é bem mais baixo do que o do caso em questão, e ainda, por se tratar de uma apólice cujo objetivo principal não é a proteção esse tipo de bem, alguns requisitos para pagamento da indenização são exigidos, como por exemplo, que as jóias sejam guardadas em um cofre”, disse.
O especialista ressalta ainda que no seguro próprio para jóias e objetos de valor, o segurado tem a possibilidade de negócios em condições diferentes, sendo possível inclusive, contratar cobertura para as jóias fora da residência. Além disso, é importante que os itens tenham certificados válidos de procedência, e em alguns casos a seguradora poderá exigir que as peças sejam previamente inspecionadas por um especialista.
“No Brasil esse tipo de seguro ainda custa caro, e o número de seguradoras que oferecem a cobertura é bastante reduzido se comparado a outros ramos, o que faz com que a proteção seja inacessível a uma grande camada de consumidores. Uma apólice pode custar em torno de 5% do valor das peças, por exemplo. Uma medida que pode ajudar a reduzir esse valor é contar com um bom gerenciamento de riscos, como vigilância e processo de acesso restrito ao local de guarda, uso externo apenas em ocasiões especiais e em locais considerados “seguros” (determinadas festas e exposições controladas), e outras medidas indicadas pela própria seguradora ou especialistas”, explicou Fred.
Por fim, Fred Almeida frisa que o seguro não levará em consideração o valor sentimental da jóia, a análise técnica será pautada em parâmetros financeiros atestados por especialistas.
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