Cenário econômico global, incertezas política e incorporação de tecnologias disruptivas são os principais desafios de negócios dos executivos brasileiros nos próximos três anos
Estudo feito pela EY na América Latina também apontou os desafios internos para as empresas. No Brasil, os TOP3 são Melhorias operacionais, Crescimento na participação de mercado e Tecnologia e Transformação Digital
As empresas latino-americanas estão navegando em um cenário complexo – alta inflação e baixo crescimento – enquanto evitam a instabilidade geopolítica que continua impactando o mercado. Não à toa, o cenário econômico global (45%) e as incertezas políticas (40%) foram apontados pela maioria dos executivos brasileiros como os dois maiores desafios externos de negócios para os próximos três anos. Empatada em segundo lugar, está a incorporação de tecnologias disruptivas, apontada por 40% dos respondentes. Aumento dos custos e dos preços das matérias primas (31%) e entradas de novos concorrentes local e global (28%), completam o TOP 5.
Do ponto de vista local, os desafios externos são estabilidade econômica (64%), incerteza política (50%), inflação (37%), requisitos e incertezas regulatórias (33%) e taxa cambial (18%).
Os dados são do estudo Desafios e Tendências das Empresas em Latam 2023, produzido pela EY, uma das mais reconhecidas auditorias e consultorias do mundo, realizado com cerca de mil executivos de altos cargos em dezoito países, incluindo o Brasil. Do ponto de vista global, os dois primeiros itens também foram os principais desafios apontados pelas empresas dos demais países da América Latina, com 47% (cenário global) e 41% (incerteza política).
Internamente, os desafios das empresas brasileiras estão relacionados a melhorias operacionais, produtividade e custos (46%); crescimento da participação no mercado (36%) e tecnologia e transformação digital (33%). Em quarto lugar vem inovação (32%) e, em quinto, estratégia e transformação de negócios (31%).
E como lidar com esses desafios? A pesquisa mostra que ainda há um caminho importante a ser percorrido: 51% das lideranças dizem ter um modelo de negócios que lhes permite enfrentar a situação atual e os desafios futuros e 40% apontam o mesmo em relação ao seu modelo operacional. Em toda a amostra, 56% dos respondentes afirmam que o seu modelo de negócios está preparado e 49% dizem o mesmo em relação ao seu modelo operacional.
Em relação às tendências globais mais importantes para as indústrias, nos próximos três anos, as companhias brasileiras estão colocando o foco em inovação (87%), produtividade impulsionada por tecnologia (84%) e segurança cibernética e segurança de dados (78%). Na quarta e quinta posição estão a digitalização e indústria 4.0 (77%) e novos requisitos regulatórios (66%)
“As empresas latino-americanas enfrentarão uma economia frágil e políticas incertas nos próximos anos, tanto local, quanto internacionalmente. Contudo, três anos após o início da pandemia, as empresas sentem-se mais preparadas para enfrentar os altos e baixos do mercado. Os seus principais desafios serão continuar com a transformação digital, manter o crescimento e melhorar suas operações, além de aumentar a sua produtividade e reduzir custos”, ressalta Manuel Solando, sócio líder regional de EY para América Latina.
Quando perguntados sobre qual frase reflete o momento da empresa, na América Latina, 34% dizem que sua empresa está avançando na nova realidade, ou seja, implementando estratégias ou novos modelos de negócios, e 30% apontam que estão acelerando, crescendo e aproveitando essas oportunidades. Outros 20% dizem que estão reagindo à contingência e procurando maneiras de se adaptar e reinventar o negócio. Enquanto isso, 10% estão sobrevivendo para dar continuidade aos negócios e 5% estão esperando pelo cenário político para agir. No Brasil, 31% dos entrevistados afirmam que sua empresa está avançando; 39%, acelerando; 23%, reagindo e 5% sobrevivendo.
“Embora o percentual não seja maior que 50%, podemos observar que os dois primeiros itens assinalados pela maioria são os mais otimistas das opções. Parte desse otimismo e resiliência é reflexo da pandemia que obrigou as organizações a acelerarem seus planos de transformação digital. Após esse período conturbado no mundo inteiro, os executivos aprenderam a ‘trocar o pneu com o carro em movimento’. Isso significa que estão pensando e implementando soluções a curto prazo e, para isso, investem cada vez mais em tecnologia como um agente facilitador para os seus negócios”, afirma Victor Guelman, Sócio-líder de Markets e Business Development da EY Brasil.
O estudo Desafios e Tendências das Empresas em Latam 2023 foi realizado entre 20 de fevereiro e 6 de abril de 2023, com cerca de mil executivos, diretores e C-suite de diversos setores de 18 países: Argentina, Honduras, Bolívia, México, Brasil, Nicarágua, Chile, Panamá, Colômbia, Paraguai, Costa Rica, Peru, Equador, R. Dominicana, El Salvador, Uruguai, Guatemala e Venezuela.
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