Anbima amplia o número de fundos classificados como investimento sustentável
A reunião de 9 de agosto da Comissão de Integração ASG da CNseg, realizada em conjunto com a Comissão de Investimentos, contou com apresentação de representante da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre a expansão da regra de autorregulação da entidade que permite a classificação de fundos de investimento como “Investimento Sustentável” ou que integrem questões ASG (Ambientais, Sociais e de Governança).
As regras de identificação já eram válidas para fundos de renda fixa e renda variável, mas agora valem para fundos multimercados, FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), FICs (fundos de cotas que investem no mercado local ou no exterior) e ETFs (Exchange Traded Funds). No futuro, tais regras ainda serão aplicadas aos FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário) e FIPs (Fundo de Investimento em Participações).
Para que um fundo receba esse tipo de classificação, precisa cumprir uma série de requisitos, que são monitorados periodicamente, além de passarem por um minucioso processo de avaliação (due diligence). Tudo isso para inibir a prática de greenwashing, que consiste na disseminação de informações inverídicas ou exageros sobre o perfil ASG do gestor de um fundo ou de um ativo, mesmo quando realizada de forma involuntária.
Atualmente, 48 Fundos em operação estão classificados como Investimento Sustentável, além de outros 19 que integram as questões ASG no processo de investimento.
No mercado segurador as entidades que levem em consideração aspectos relacionados à sustentabilidade ambiental, social e de governança na gestão de seus investimentos, agora contam com a classificação da Anbima para facilitar a seleção dos investimentos que estejam aderentes à sua política.
As questões ASG, inclusive, foram muito debatidas no Anbima Summit, realizado em 16 e 17 de agosto no Rio de Janeiro. A ex-ministra do Meio Ambiente Isabella Teixeira, por exemplo, apresentou a palestra “Sustentabilidade: o Brasil consegue virar o jogo e se tornar protagonista?”, enquanto a diretora-executiva de Diversidade, Equidade e Inclusão da UBS, Mariana Betzios, discorreu sobre o tema “Diversidade e inclusão: case da UBS sobre interseccionalidade de marcadores identitários”.
Também presente na plateia do evento, o Especialista Técnico da CNseg Leandro Santos disse notar que tem crescido a abordagem de aspectos ASG em eventos de investimentos. Boa parte dos painéis do evento da Anbima abordaram essas questões. Na ocasião, inclusive, foi apresentado o IDIVERSA B3, que é o primeiro índice de diversidade com foco em gênero e raça da América Latina, apresentando o desempenho médio das ações de empresas listadas que se destacam no critério de diversidade, baseado no Score de Diversidade, desenvolvido pela própria B3.
Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui para ler o Manual de Regras e Procedimentos Para Investimentos em Ativos Sustentáveis da Anbima
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