Carro falhando? Entenda 5 dos principais motivos

Um carro bem cuidado se mantém valorizado e oferece confiança para quem o tem, que se traduz na tão desejada liberdade de ir para qualquer lugar a qualquer hora, sem o medo de ficar pelo caminho. Resolver os problemas assim que notados também ajuda a economizar dinheiro, pois evita o comprometimento de outras peças.

Quer saber quais são as principais causas para falhas em motores? Selecionamos os 5 problemas mais comuns em carros e as formas de solucioná-los. Confira!

1. Velas e cabos antigos

Os motores à combustão funcionam com base na transformação da energia química da queima da mistura de combustível com oxigênio em energia mecânica, o que faz com que o motor se movimente. Para isso, o sistema conta com distribuidor, cabos e velas, que são responsáveis por gerarem a faísca que desencadeia esse processo.

Essa centelha é gerada pela energia elétrica, que chega ao motor com cerca de 25 mil volts. Quando os cabos e as velas de ignição apresentam problemas, há uma significativa perda da eficiência em um ou mais cilindros, provocando falhas no motor e o deixando mais fraco.

Isso é sentido principalmente em ladeiras, em que se evidencia a falta de força do motor com esse tipo de problema. O diagnóstico definitivo é feito por um profissional devidamente qualificado, que, ao colocar o carro em funcionamento, desconecta o cabo da vela com a ajuda de um alicate isolado.

Quando desconectados os cabos e velas bons, o motor tem seu funcionamento prejudicado. Já quando é encontrada a peça ruim, ele se mantém da mesma forma, pois o veículo já está operando sem aquele cilindro.

Por fim, para saber onde está o problema, basta ver se o cabo está enviando eletricidade ou então trocar uma vela boa para a posição em que foi encontrado o problema e ver se há oscilação no funcionamento.

Se o problema for na vela, o que recebeu o item possivelmente defeituoso vai denunciar a situação, que será verificada pela ausência de prejuízos ao funcionamento. Se o problema for no cabo, ele permanecerá no mesmo cilindro. O mesmo teste também é feito mudando os cabos de posição.

De qualquer forma, os testes acima só devem ser realizados por um profissional, pois a voltagem do sistema é capaz de gerar um choque capaz de causar sérios danos à saúde e à integridade física, chegando até mesmo a ser fatal.

2. Combustível adulterado

A composição da gasolina foi alterada recentemente, o que tem o objetivo de gerar maior eficiência e inibir fraudes. Ainda assim, dificilmente o país se verá livre do combustível adulterado, ação utilizada por donos de postos desprovidos de valores éticos para aumentarem seus lucros.

No momento em que o combustível “batizado” entra no sistema, já é possível verificar a perda de potência, o que denuncia a sua falta de qualidade. O proprietário que insistir em andar com o carro abastecido com o etanol ou gasolina adulterada também perceberá que o carro ficará bem menos econômico, dada a ineficiência desse tipo de produto.

Quando isso acontecer com você, esvazie o tanque para em seguida lavá-lo, cuidado que servirá para deixar seu carro completamente livre desse combustível. Concluído esse processo, abasteça com o combustível de um posto confiável e denuncie o estabelecimento que vendeu o ruim aos órgãos competentes.

3. Filtro e bicos injetores sujos

O combustível adulterado provoca algumas sequelas, como obstruções no filtro de combustível e nos bicos injetores, o que leva a falhas mesmo depois que seu carro estiver livre dele. Isso também acontece de forma natural, pela simples passagem do tempo, em razão do acúmulo de carvão e outras impurezas.

Em relação ao filtro, troque-o sempre que atingida a quilometragem recomendada pelo fabricante para a realização da revisão, que usualmente se dá aos 10 mil quilômetros. A limpeza de bicos, por sua vez, geralmente é feita a cada 40 mil quilômetros rodados ou quando verificada a necessidade.

Normalmente, as oficinas mecânicas contam com uma máquina própria para essa limpeza, que também faz alguns testes e diagnostica falhas na vazão e na estanqueidade. Esse tipo de manutenção também contribui com a economia de combustível.

4. Falta de compressão

Outro problema que gera falhas no motor é a perda de compressão nos cilindros, que causa falhas e reduz a potência. Geralmente, é diagnosticada em motores com a quilometragem mais avançada, mas é amenizada com a troca de óleo do motor por um mais grosso.

A solução definitiva se dá com a intervenção no cabeçote e nas respectivas válvulas e com a troca dos anéis. Em alguns casos, será necessário retificar o motor, o que, apesar de caro, tende a garantir que o carro ande ainda por dezenas e até mesmo centenas de milhares de quilômetros, se forem feitas revisões regulares.

5. Problemas na parte elétrica

Com o advento da injeção eletrônica, diversos sistemas foram embarcados nos veículos, como novos cabos e chicotes. Quanto ao último mencionado, citamos aquele que é conectado aos bicos injetores e faz com que eles cumpram o seu papel — despejar a mistura de combustível com oxigênio dentro do motor.

Como qualquer outro fio elétrico, estão sujeitos a problemas, como rupturas e dificuldades para se conectarem aos terminais. Se eles não funcionam, um ou mais bicos podem parar de funcionar, deixando de abastecer seus respectivos cilindros, o que causará falhas ou mesmo impedirá o funcionamento, o que deixará o seu carro parado.

Todos esses problemas que deixam o seu carro falhando são evitáveis e solucionáveis. Para isso, você deve se atentar à revisão do carro e a manutenções corretivas, que servem para preservar a mecânica e ajudar a economizar dinheiro.