CCS-SP debate com associados momento atual da corretagem de seguros
Primeiro encontro do ano contou com apresentação do Sincor-SP sobre questões que estão afetando a categoria.
Exclusivo para associados, o primeiro encontro do ano do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), no dia 7 de fevereiro, foi precedido por assembleia para a aprovação de contas, realizada na nova sede da entidade, na Praça da República. Em seguida, o almoço foi realizado no Circolo Italiano, em novo espaço, mais amplo e arejado. Além da apresentação de Boris Ber, presidente do Sincor-SP, o evento contou com as presenças do vice-presidente da Fenacor, Manuel Matos, e do ex-superintendente da Susep, Alexandre Camillo.
O mentor do CCS-SP, Álvaro Fonseca, expôs, tanto na assembleia como no almoço, um dos pontos principais da sua agenda de gestão, que inclui ações para trazer mais jovens ao quadro associativo e para aumentar a participação feminina. “Queremos garantir a continuidade do Clube pelos próximos cem anos, renovado, representativo, mas sem perder a sua essência, o seu ideal de fundação de defender os interesses da categoria”, disse.
Muitas demandas
O Sincor-SP, que tradicionalmente abre os eventos do CCS-SP no ano, foi representado por seu presidente Boris Ber, que trouxe ao debate questões que estão afetando a categoria. Uma delas é a dificuldade para a colocação de riscos. “Recebemos contatos de corretores desesperados, pedindo ajuda para a colocação de risco”, disse. Ele entende que o resseguro global enfrenta alta sinistralidade, mas espera que a situação melhore.
Também preocupa o presidente do Sincor-SP algumas mudanças recentes no mercado, como o aumento da sinistralidade na área de property, causada por vendavais, danos elétricos e outros, e a consequente subida de preços, nas taxas e franquias. “É difícil dizer para um segurado, que tem seguro há dez, 20 ou 30 anos, que agora não consigo fazer o seguro de sua fábrica”, disse.
O aumento nos prêmios do seguro de automóvel e a concorrência desleal com as associações de proteção veicular são outras situações que afetam os corretores. Para piorar, o problema com as assistências voltou. Boris Ber lembrou a máxima de que “não existe seguro inaceitável, mas produto mal taxado”.
O dirigente reconheceu que as demandas são muitas, mas observou que a luta não é apenas do Sincor-SP. Ele pediu o engajamento de todos os corretores e de entidades. “Temos de achar soluções, como, por exemplo, reativar o cosseguro. Se tiverem ideias, tragam”, disse.
Renovação
Em breve pronunciamento, o vice-presidente da Fenacor, Manuel Matos, enalteceu a trajetória de 50 anos do CCS-SP e falou sobre as iniciativas da federação para resgatar a importância do corretor no cenário nacional. “Uma delas é a liderança da ENS em São Paulo, que, hoje, é exercida por um corretor do estado. Outra, é o protagonismo do corretor no open Insurance”, disse. Segundo ele, agora, a Sociedade Processadora de Ordem do Cliente (SPOC) só poderá ser conduzida por corretor de seguro.
Em visita ao evento, o ex-superintendente da Susep, Alexandre Camillo, aproveitou a ocasião apenas para agradecer o apoio dos corretores à sua carreira. “Se pude, ao longo de tantos anos, contribuir com o Clube, o Sincor, a Fenacor e a Susep, só o fiz porque vocês assim quiseram, confiaram a mim essa missão”, disse. Na parte final do almoço, houve a apresentação de novos associados do CCS-SP.
O mentor Álvaro Fonseca reafirmou a importância da renovação no quadro associativo do CCS-SP, com a adesão de jovens corretores. “Entrei no Clube há 20 anos, quando era mais jovem, e cheguei à liderança. Então, os novos associados são muito bem-vindos, temos muito trabalho pela frente”, disse. Em seguida, ele comunicou que o próximo encontro do Clube será no dia 7 de março, ocasião em que também haverá uma homenagem às mulheres corretoras de seguros.
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