Covid-19 acelera o processo de robotização das empresas
Vivaldo José Breternitz
Os robôs destruirão 85 milhões de empregos em empresas de médio e grande porte nos próximos cinco anos, à medida que a pandemia de covid-19 acelera mudanças no ambiente empresarial, conforme concluiu pesquisa conduzida pelo Fórum Econômico Mundial (WEF).
Foram estudadas cerca de 300 empresas de todo o mundo; 80% delas afirmaram planejar a digitalização de suas operações e implantar novas tecnologias, o que levará a perda dos empregos ganhos a partir do final da crise financeira de 2008.
De modo geral, a criação de empregos está diminuindo e a destruição de empregos está aumentando, à medida que empresas em todo o mundo trocam pessoas por tecnologia em seus escritórios e fábricas.
Contrariando essa tendência, há uma boa notícia: talvez sejam criados cerca de 97 milhões de empregos, especialmente nas áreas de serviços pessoais, tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos e criação de conteúdo, disse o WEF.
A notícia é boa, mas provavelmente poucos dos 85 milhões de desempregados conseguirão alguns desses 97 milhões de novos empregos, que exigirão conhecimentos e habilidades mais sofisticados do que os possuídos pelos que serão substituídos pelos robôs.
As tarefas em que os humanos deverão predominar são as de caráter verdadeiramente intelectual, como gestão, assessoria e comunicação, a despeito do avanço de tecnologias como inteligência artificial.
Quanto aos trabalhadores que provavelmente permanecerão em seus empregos nos próximos cinco anos, quase metade precisará aprender novas habilidades.
De forma global, 43% das empresas pesquisadas acreditam que poderão diminuir o número de trabalhadores, contra 34% que dizem que irão aumentar esse número. Já 41% pretendem aumentar o uso de terceirizados.
Tudo isso tende a aumentar as desigualdades, gerando problemas que a sociedade como um todo deve se preparar para enfrentar em breve.
Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.
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