Covid-19: Lloyd’s pagará US$ 3,1 bi em indenizações
O Lloyd’s de Londres vai pagar 2,4 bilhões de libras (US$ 3,12 bilhões) em indenizações relacionadas à pandemia nos primeiros seis meses, segundo informou em comunicado, ao registrar prejuízo no primeiro semestre. A perda total por COVID-19 pode chegar na casa de 3 bilhões de libras.
Seguradoras de todo o mundo pagaram indenizações por cancelamento de eventos, viagens, crédito comercial e políticas de interrupção de negócios devido ao vírus. As que tinham resseguro com o Lloyd’s já estao acionando seus pedidos e expectativa é de uma fatura global de mais de US$ 100 bilhões este ano proveniente das seguradoras que atuam com seguros de bens e responsabilidades, classificadas em “não vida”.
À Reuters, o presidente Bruce Carnegie-Brown disse que as perdas devido à pandemia podem se estender pelos próximos anos. “Ninguém sabe quando começou, certamente não sabemos quando vai acabar.”
O Lloyd’s, cujos resultados são um agregado de seus mais de 90 membros conhecidos como sindicatos, informou que os pagamentos relacionados ao COVID-19 foram líquidos de resseguro. O mercado registrou uma perda antes dos impostos no primeiro semestre de 438 milhões de libras, em comparação com um lucro de 2,3 bilhões de libras um ano antes. Os prêmios emitidos brutos aumentaram 1,7%, para 20 bilhões de libras.
O índice combinado, uma medida de lucratividade de subscrição, deteriorou-se de 98,8% um ano antes para 110,4%. Um nível acima de 100% indica uma perda de subscrição. Excluindo os sinistros COVID-19, no entanto, seu índice combinado aumentou para 91,7%.
O Lloyd’s exigiu que seus membros abandonassem suas linhas de negócios de pior desempenho nos últimos anos e alguns saíram do mercado. Carnegie-Brown disse que seguros marine e Aviation estavam entre as linhas de negócios deficitárias e ele esperava que mais sindicatos deixassem o Lloyd’s, acrescentando que o mercado também tinha um “forte fluxo de novos candidatos”.
O Lloyd’s reabriu seu piso de subscrição na semana passada, após quase seis meses de fechamento devido à pandemia. O piso pode operar com até 45% de sua capacidade anterior. Carnegie-Brown disse que até agora os números que chegavam a cada dia estavam na casa das centenas, e não nos milhares anteriormente.
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